Blog da Suzane Carvalho

Categoria : TESTES

Superbike Series recomeça como o maior campeonato de motovelocidade que já existiu no Brasil
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Suzane Carvalho

Público hoje em Interlagos foi próximo de 30.000 pessoas

Arquibancadas lotadas, todos os boxs tomados de motos, muitas empresas envolvidas, 162 pilotos competindo, seis categorias, show de acrobacias e escola de pilotagem para a formação dos futuros pilotos. É uma nova era para o motociclismo brasileiro, que além de exportar pilotos, agora também importa. É a profissionalização do motociclismo, que assim como está acontecendo no automobilismo, gera mão de obra, entretém o público e dá retorno às empresas envolvidas.

Para atrair e deixar satisfeitas as quase 30.000 pessoas que estiveram presentes hoje em Interlagos, é preciso não somente ser um apaixonado pelo esporte ou um empresário de visão. É preciso a união desses com empresas e imprensa, ser condescendente e trabalhar muito para que o resultado final seja um espetáculo satisfatório para o público, pilotos e empresas envolvidas.

E o empresário/piloto Bruno Corano é que está à frente desse campeonato que já foi apontado pela FIM (Federação Internacional de Motociclismo) como o quinto mais importante do mundo. Bruno se envolveu com o motociclismo em 2004, e não satisfeito com a organização dos campeonatos dos quais participava, resolveu idealizar o próprio.
“Me propus a fazer um negócio, e se é para fazer, vamos fazer direito. O resultado é fruto de um desenho estratégico eficiente, pessoas competentes envolvidas e transpiração. A minha contribuição é com a visão e injeção de dinheiro, mas quem faz o evento é um time, junto com as empresas que aceitaram se unir a um trabalho sério. Mostramos para eles que essa é uma arena importante para dar retorno e o resultado é o sucesso. A gente está só no começo. Já somos o terceiro maior evento nacional, atrás de futebol e vôlei, mas a gente tem muito para galgar. Como produto, Motovelocidade é atraente, tem plasticidade e emoção, Temos muito para progredir.“, declarou.

foto: Nivaldo Querino

As empresas que estão apostando no projeto de Bruno, são: Desodorante Gillette, Honda, Kawasaki, Pirelli, Mobil, Diafrag, Laquila, Brembo, Akrapovic, Öhlins, Alpine Star, Shark, Tutto Moto, Dainese e AGV.

Luiz Carlos Cerciari, que estreou na motovelocidade em 1978, e hoje ganhou na categoria Máster da SuperBike Pro, enfatizou que a única vez que tinha visto um público como o de hoje, foi em 1987, quando a Copa Yamaha Marlboro RD 350 chegou a reunir 90 pilotos e tinha premiação e televisionamento da Globo após o Fantástico. “Estou feliz por ter passado por todas as fases de altos e baixos do motociclismo tanto como piloto quanto como equipe, mas nunca vi um evento grande como esse.”

Pilotos com experiência no exterior também estão correndo em nosso campeonato. Sebastiano Zerbo, italiano que tem em seu currículum mais de 600 vitórias e já foi campeão de SuperBike, veio ao Brasil para correr as 500 Milhas e gostou. Corre com uma Bimota, que está ajudando a desenvolver, já que a moto correrá o Mundial de SuperBike a partir do ano que vem. Largou e chegou em 9°. Nicolas Ferreira, que correu por muitos anos na Espanha, largou em 14° e chegou em 10°.

Permitam-me abrir espaço para falar das mulheres que participaram do evento.
Dos 162 pilotos, apenas 4 são mulheres, que competiram em 5 categorias. É pouco, muito pouco, mas com certeza, com o rendimento que tiveram, outras se encorajarão a desafiar preconceitos para vir competir de moto.
É, na cabeça da maioria das pessoas, só homem anda de moto. Todas as vezes que paro em um posto de gasolina com uma moto pequena, me chamam de “brother”, e se eu estiver com uma moto grande, me chamam de “doutor”.

 

 

 

Das quatro, a mais experiente é exatamente a mais nova. Com apenas 17 anos, a paulista Sabrina Paiuta já compete há 10. De 2002 a 2008 correu de Motocross onde ganhou títulos, e desde 2009 compete de Supermoto, onde foi Campeã Paulista em 2010, e vice-campeã em 2009 e 2011. Sua estreia na motovelocidade, hoje, foi com podium: chegou em 3° entre os 30 pilotos que se inscreveram na categoria Light da Copa Ninja 250. Seu objetivo é correr fora do Brasil. Vamos torcer por uma brasileira no Mundial de Motovelocidade.

 

 

Cristiane Trentim, 33, anda de moto há 10 anos, e há dois começou a andar nas pistas. É de São Paulo e ano passado fez seu primeiro campeonato completo, correndo na Superbike Series, com uma Suzuki GSX-R 750 quando terminou o campeonato em 10°. Participou das 500 Milhas de Moto de Interlagos e esse ano vai continuar correndo no Superbike Series Light com a 750 até que possa comprar uma 1.000 cc, e para ganhar “hora de vôo”, se inscreveu também para correr na Copa CB 300R, mas disse ter estranhado bastante a moto mais leve. Na SBK Light, largou em 31° e chegou em 29°.

Bárbara Paz, a “Babi” Paz, 28, é carioca e começou a andar de moto em passeios de final de semana, na garupa do marido. Não demorou em querer ter sua própria moto. Para ganhar mais técnica, em fevereiro do ano passado foi fazer um curso de pilotagem, onde ganhou gosto pela aceleração forte. Montou equipe própria, a Babi & Shad Racing Team, e estreou competindo há três semanas, nas “200 Milhas do Rio de Janeiro”. Hoje fez sua primeira corrida sozinha. Dentre os 33 pilotos, largou em 30° com sua CBR 1000RR e chegou em 25°.

 

Erika Cunha, 27, é paulista, mas mora em Teixeira de Freitas, na Bahia, onde é gerente de uma concessionária Yamaha. Em junho do ano passado, percorreu 900 quilômetros até o Rio de Janeiro com uma R1 na caçamba do carro para fazer o curso de pilotagem do Luís Cerciari, e em outubro já começou a correr com uma Yamaha R6. Além de instrutor, Cerciari se tornou também seu chefe de equipe e noivo. Erika vai competir todo o campeonato na 600 SuperSport e hoje também foi para o podium, já que chegou na 5ª colocação dentre os 15 pilotos da categoria amadora da 600 cc.

Aqui, os primeiros de cada categoria da 1ª Etapa do Mobil Pirelli SBK:

COPA NINJA 250
* resultado sub-júdice

COPA CB 300R
1 – Igor Aquyama
2 – Rubens Pacheco “Rubão”
3 – Hélio Leandro Lopes
4 –Maurício Saguio
5 – Pedro Sampaio

CBR 600F
1 – Alberto Ricieri
2 – Marcos Câmara
3 – Rafael Goyos
4 – Jefferson Henrique
5 – André Luís Paiato

600cc SUPERSPORT
1 – Fábui Brandt
2 – Sergio Laurentys
3 – IvesMoraes
4 – Fabiano Carazzai “Daninha”
5 – Matt Matheus Oliveira

SUPERBIKE LIGHT
1 – Júlio César “Cesinha”
2 – Mike James
3 – Rodrigo Kabeça
4 – Gustavo Cicarelli
5 – Piui Willians

SUPERBIKE
1 – Diego Faustino
2 – Bruno Silva
3 – Bruno Corano
4 – Alecsandre Doca
5 – José Teixeira “Cachorrão”


Fábricas investem mais em campeonatos brasileiros e patrocínios a pilotos
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Suzane Carvalho

Sabrina Paiuta compete na Supermoto com uma Kawasaki KX 450F

Em 2011 foram emplacadas no Brasil 1.940.564 motocicletas, o que representa 42,28% dos veículos para passageiros.  Isso porque não estão computadas aí, as motos com motor até 50 cm³ e as de trilha e de competição, que representam grande fatia para fábricas como Yamaha, KTM, Kawasaki e Honda.  50% do total dos 22 modelos vendidos pela Yamaha no Brasil, é on-off road, e 100% do que a espanhola Gas Gas traz para cá, é de trilha ou de competição off-road.

Em época em que os campeonatos de moto, tanto regionais quanto nacionais, estão ganhando força no asfalto e na terra, essas fábricas estão aumentando o investimento no esporte, já que visualizam aí, um grande retorno com a exposição de seus modelos, apoiando categorias, campeonatos e pilotos, a maior parte deles, no Motocross.

A abertura das transmissões das competições pelos canais de TV por assinatura e pela internet aumentou o televisionamento e consequentemente, a audiência.  Com mais mídia, o público local também aumentou.

Além de investir diretamente nos pilotos, o “budget” das fábricas inclui o apoio com assessoria de imprensa, hospitality centers e ações de marketing para otimizar o aparecimento de seus pilotos para que público e câmeras visualizem suas marcas e produtos enquanto envolvidos emocionalmente com os eventos.

As fábricas e equipes contam também com co-patrocinadores que vão desde pneus, passando por peças, combustível, lubrificantes, equipamentos dos pilotos, até energéticos.  O apoio em dinheiro é importante, já que as despesas com deslocamentos e salários são grandes.

Além de apostar em pilotos brasileiros, a Yamaha está apostando também em pilotos estrangeiros que trouxe para correr nos campeonatos brasileiros.  No total, são 9 pilotos que competirão no Arena Cross, na Super Liga e no Campeonato Brasileiro.  Todos na terra, e nenhum no asfalto.  O investimento é um pouco acima de 1 milhão de reais, com 18 motocicletas, peças e equipamentos, e ações de marketing envolvendo os campeonatos e os pilotos.

A KTM apoia Felipe Zanol tanto em competições de Motocross quanto em Rally, como no Rally Dakar deste ano, em que terminou na 10ª colocação geral entre as motos, e no Rally dos Sertões.

Na motovelocidade, quem mais está apoiando pilotos é a Kawasaki. Serão seis correndo os campeonatos com a ZX-10R, mas ao todo, conta com uma equipe de 22 pilotos para difundir sua marca e fazer os expectadores desejarem suas motos.

A Honda aumentou seus “patrocinados” e tem agora 34 pilotos. Trouxe o francês Pascal Leuret para sua equipe de Motocross e apoia outros três na motovelocidade.  Além dos pilotos que correm com suas motos, a Honda organiza também duas categorias monomarca, a CB300R e a CBR 600F, que correrão junto com o campeonato brasileiro Superbike Series.

E até a Gas Gas aumentou seu time com dois novos patrocinados que se juntarão a Rômulo Bottrel, o Oncinha, que compete na classe Elite das competições de enduro da FIM: Mário Vignate, que fará enduro de regularidade e Pélmio Simões que andará na categoria E3 do enduro FIM.  Ambos pilotarão a Gas Gas EC 250 Six Days 4T.

Aqui, os pilotos que começaram a temporada 2012 com apoio oficial de fábricas:

YAMAHA
Carlos Campano (ESP) – YZ 450F – MX1
Marcos Trossero (ARG) – YZ 450F – MX1
Jorge Bujanda (MEX) – YZ 450F – MX1
João Paulino “Marronzinho” – YZ 450F – MX1
Roosevelt Assunção – YZ 450F – MX1
Gabriel Gentil – YZ 250F – MX2
João Pedro – YZ 250F – MX2
Cesar Popinhac – YZ 250F – MX2
Rafael Faria – YZ 250F – MX2

Equipe da Yamaha para as categorias MX1 e MX2

KTM
Felipe Zanol – KTM 450 Rally Replica – Rally e Enduro

Felipe Zanol completou o Rally Dakar 2012 em 10° na geral

KAWASAKI
MOTOCROSS
Marcello “Ratinho” Lima – KX450F – MX1
Antônio Jorge Balbi Júnior – KX 450F – MX1
Eduardo “Dudu” Lima – KX250F – MX2
Gustavo Henrique Henn – KX 250F – MX2
Kaio Miranda – KX250F –  MX2
Mariana Nápoles Balbi – KX 450F – MX3
Djalma “Djalmnha” Brito – KX 100
Guilherme da Costa – KX 65
Lucas da Costa – KX 65
Monique Camargo- KX 65
Marcio Henrique Chagas da Silva – KX 65
Diogo Moreira – KX 65

ENDURO
Ramón Sacilotti – KX 450F – MX1
Moara Sacilotti – KLX 450R – MX1
Cauê Aguiar – KX 250F – MX2

SUPERMOTO
Sabrina Paiuta – KX 450F

MOTOVELOCIDADE
Bruno Corano – ZX-10R
Ivan Gouvêa – ZX-10R
Pierre Chofard – ZX-10R
Alan Douglas – ZX-10R
Danilo Lewis – ZX-10R
Murilo Colatreli – ZX-10R

Equipe Kawasaki estreou na Superliga Brasil de Motocross

HONDA
RALLY
Dário Júlio

MOTOVELOCIDADE
José Luiz Teixeira “Cachorrão” – CBR 1000RR
Maico Teixeira – CBR 1000RR
Matheus Piva – CBR 1000RR

MOTOCROSS
Leandro Silva – MX1
Wellington Garcia – MX1
Pascal Leuret (Fra) – MX1
Adam Chatfield – MX1
Ito Masanori – MX1
João Pedro Tresse – MX1
Humberto Martin – MX1
Rodrigo Selhorst – MX1
Murilo Tomazelli – CRF-230
Marcos Moraes – CRF-230
Mauriti Humberto Júnior – CRF-230F
Gabriel Montagna – CRF-230F
Ismael Rojas – CRF-230F
Victor Feltz – MX2
Everett Holcomb – MX2
Endrews Armstrong – MX2
Hugo Amaral – MX2
Diego Henning – MX2
Leonardo Lizott – MX2
Pedro Bueno – MX2
Thales Vilardi – Motocross MX2
Hector Assunção – Motocross MX2
Cristiano Lopes – MX3
Stefani Serrão – Júnior
Leandro Araújo – Júnior
Gustavo Pessoa- Júnior
Fábio dos Santos – Júnior

ENDURO
Sandro Hoffmann – Enduro de Regularidade
Sabrina Katana – Enduro de Regularidade
Nielsen Bueno – Enduro FIM e Cross-Country

Superliga Brasil de Motocross 2012 - 1ª etapa - Indaiatuba (SP)

GAS GAS
Rômulo Bottrel ”Oncinha” – Enduro FIM
Pélmio Simões – EC 250 Six Days 4T – E3 – enduro FIM
Mário Vignate – EC 250 Six Days 4T – Enduro de Regularidade

Mário Vignate no Enduro dos Pampas


Teste da Yamaha XT 660Z Ténéré
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Suzane Carvalho

 Fotos: Carsten Horst – Hyset

A trail de média cilindrada, Ténéré 660, é fabricada em Manaus e chegou para completar a “Família Ténéré”.

Com isso, o Brasil se tornou o único país do mundo a ter os três modelos de motocicleta da linha aventureira da Yamaha, com as motos de 250 cc, 660 cc e 1200 cc, que podemos chamar de Ténérézinha, Ténéré e Super Ténéré, todas agora na tradicional cor azul.  E elas foram concebidas para enfrentar qualquer situação em qualquer tipo de piso.  As principais características da linha são a robustez e a aventura.

A primeira Ténéré foi lançada no início da década de 80 e já obteve vitória no rally Paris-Dakar, competição off-road mais difícil do mundo.  Sua venda havia sido descontinuada, mas o mercado a trouxe de volta, e em dose tripla.

O nome Ténéré vem da linguagem tuaregue, significando “deserto” e, tal como o Sahara, a palavra árabe para “deserto”, a palavra é usada para se referir à região desértica no centro sul do Deserto do Saara. É uma vasta planície de areia e ocupa uma área de 400.000 km².

Peguei a Ténéré e ela estava com apenas 106 quilômetros rodados.  O design é moderno, bonito e estiloso. Não houve um sinal que eu parasse que não me perguntassem sobre ela.  É esguia e tem linhas angulares com cantos arredondados.  Tem uma semi-carenagem com funções aerodinâmicas, um para-brisas eficiente, imensas manetes, duplo escapamento traseiro que se integra com a lanterna.  O painel fica em uma posição bem à frente, como se fosse uma planilha ou um navegador, então é bem fácil de ler.  Tem o conta-giros analógico com todas as outras informações em digital.  São dois marcadores de quilometragem parcial e mais o que avisa quando entra na reserva, que é praticamente 1/3 do tanque, e eu acho muito grande. O odômetro parcial marcou um pouco mais do que a velocidade real percorrida.  O que não gostei foi da luz vermelha.

 

Vem preparada para receber três maletas, mas se você for viajar com malas, como eu, lugar para amarrar a bagagem não falta. Tem bastantes opções para fixar os elásticos com diferentes tensões para diferentes tamanhos de malas.

Tem protetor do motor, protetor de cárter em alumínio com 3 mm de espessura  e também um gancho para reboque em situações de atoleiro instalado na mesa inferior.  E cavalete central.

O farol é composto por dois multirefletores, lente em policarbonato e duas parábolas com lâmpadas halógenas de 55 Watts.  Achei a parte de baixo do tanque de combustível um pouco bojudo demais, não dando para andar com a perna bem grudada ao tanque na estrada.

 

CICLÍSTICA
Driblar o trânsito com ela é fácil e gostoso, mas parar em vias esburacadas, muito côncavas nas laterais ou ladeiras, complica se você for baixo e utiliza a moto só na cidade.  Não apenas pela altura do banco, mas o centro de gravidade dela é alto, e se a moto inclinar quando parada, pode tombar com facilidade.  Ela é bastante alta.  O banco da sua irmã, a XT 660R fica 3,1 cm mais próximo do chão.  Aliás, a “XT”, como é conhecida, é 5 cm mais próxima do solo, 5,5 cm mais estreita, 0,6 cm menor e 24,7 cm mais baixa.  Isso também porque originalmente, não tem para-brisas. E também 21 kgs mais magra.

Fazer curvas com ela em estradas é fácil, e andar em terrenos rurais também.  Em se levando carona, o banco é bastante confortável e as alças para que ele se segure são bastante grandes.  Se bem que indico que o carona sempre esteja com o peito o mais próximo possível das costas do piloto, para a concentração da massa total, e melhor manobrabiidade.  O ideal é andar abraçado mesmo.

MOTOR E CÂMBIO
Os 660 cc estão em apenas um cilindro.  A combustão é feita em quatro tempos, tem refrigeração líquida, comando simples no cabeçote SOHC, injeção eletrônica e quatro válvulas.  O cilindro tem revestimento de cerâmica e o pistão é forjado.  A taxa de compressão de 10:1, relação diâmetro x curso do pistão 100 mm x 84 mm, torque máximo de 5,95 kgf.m a 5.500 rpm e 48 cv de potência a 6000 rpm.  Isso é bem alto, já que ela corta em 7.500 rpm.  Mas grande parte da potência já é descarregada por volta dos 3500 rpm fazendo com que você a utilize a maior parte do tempo.

Diversos sensores estão espalhados pela moto, e são gerenciados pela Unidade de Controle Eletrônico (ECU), que monitora e analisa, por exemplo, o ângulo de inclinação, a altitude, a temperatura do ar e de admissão, para melhor mistura do combustível.

Motor, relação de marchas e diâmetro de pneus são os mesmos da XT 660, mas devido ao mapeamento diferente dos motores, “XT” tem um pouco mais de torque e chega mais fácil a velocidades mais elevadas.  São cinco marchas, e em 4ª marcha, a 7.500 rpm, chegou aos 169 Km.  Em 5ª, a 6.800 rpm, 178 Km.  Em descida chegou a 187 Km/h.

CHASSI E SUSPENSÃO
O chassi é em duplo berço de estrutura tubular em aço.  A suspensão dianteira é garfo telescópico tradicional, com 210 mm de curso. A traseira é com braço oscilante fabricado em alumínio e monoamortecida, com curso de 200 mm e cinco ajustes de pré-carga da mola.  Como peguei a moto ainda “zero”, depois de alguns quilômetros rodados, a oscilação da mola mudou deixando a moto mais mole, e a endureci.  Mas essa não é uma tarefa fácil.  Como é uma moto feita para andar em “todo tipo de terreno”, poderia ter um ajuste de pré-carga da mola traseira com melhor acesso.  Já os ajustes dianteiros, são mais fáceis e realizados  no guidão.

Os freios são eficientes, com dois discos de 298 mm de diâmetro, com pinça de duplo pistão na dianteira.  Na traseira, disco simples de 245 mm.

AUTONOMIA E CONSUMO
Um dos pontos fortes desta moto é a autonomia, devido ao grande tanque de combustível capaz de carregar até 23 litros.  Pegando a Rodovia Presidente Dutra para São Paulo com o tanque cheio, fiz mais de 100 Km até baixar o primeiro tracinho do marcador de combustível.  Depois que estava no último tracinho, também demorou outros 100 km.  Entrou na reserva com 335 km rodados, mas como tem 7 litros de reserva, ainda deu para andar mais 100 quilômetros, sem me preocupar.  Na cidade, onde a moto comigo consome menos, deu uma autonomia de 490 quilômetros.  Isso é bastante cômodo, pois acho muito chato parar para abastecer.

 

O consumo variou bastante.  Na cidade fez 26 Km/l enquanto na estrada fez 18,7.  No uso combinado ficou em 20,1 Km/l.  Se você ainda está em dúvida entre qual das duas 660 da Yamaha comprar, um fator pode ser decisivo: o tamanho do tanque de combustível, já que a XT 660R tem tanque para 15 litros.

 

Km rodados

litragem

$

Consumo Km/l

106

595

489

18,84

58,32

25,95

864

269

14,36

43,07

18,70

1273

409

21,61

64,83

18,92

1714

441

21,94

57,02

20,10

 

Como acessórios oficiais, tem as malas laterais e top case, protetores de mão, protetores de motor, protetor do farol e defletores para as mãos, que ajudam na aerodinâmica.  Os baús, no entanto, tem formato quadrado, e não ajudam em nada a aerodinâmica.

Uma coisa que gosto nas motos da Yamaha, é a tranca do guidão para os dois lados.  Todas as motos deveriam ser assim.

Por enquanto, a única cor da Ténéré 660 é esse azul tradicional, que eu considero perfeito, e o preço base é R$ 31.110,00 com um ano de garantia sem limite de quilometragem.

Se gostei da moto? Não há como não gostar de uma moto dessas!

 


Monovolume com teto panorâmico será o próximo lançamento da Ford
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Suzane Carvalho

A Ford lança, depois do New Fiesta e do anúncio oficial da nova geração do EcoSport, mais um importante produto na sua estratégia de carros compactos de volume: o B-MAX, veículo multiuso que estreia este ano na Europa. O modelo usa a nova plataforma global do segmento B da marca – compartilhada com o New Fiesta e futuramente com o novo EcoSport -, que deve atingir uma produção de 2 milhões de unidades até meados da década.

Com cerca de 4 metros de comprimento, o B-MAX chama a atenção pelo design inovador, pela qualidade dos materiais e acabamento, além de ter o menor consumo de combustível e nível de emissões da categoria. Suas portas traseiras corrediças e dianteiras com pilar B integrado criam um vão livre de 1,5 metro que facilita o acesso dos passageiros e da bagagem. Com o banco traseiro e o banco do passageiro rebatidos, é capaz de transportar volumes com até 2,35 metros de comprimento.

O B-MAX terá uma versão com motor a gasolina Ford EcoBoost 1.0 de três cilindros, com potência de 120 cv e consumo na faixa de 20 km/l. No modelo diesel com motor 1.6 TDCi o rendimento é de 25 km/l.

“Nosso objetivo com o B-MAX foi redefinir o segmento de compactos multiuso, por meio da criatividade e da tecnologia, o que inclui oferecer a melhor economia de combustível”, diz Barb Samardzich, vice-presidente de Desenvolvimento do Produto da Ford Europa.

O B-MAX traz também outras tecnologias que ajudam a reduzir o consumo de combustível e as emissões. Elas incluem: o Auto-Start-Stop, que desliga automaticamente o motor em ponto morto; o sistema de informação Ford Eco Mode, que ajuda o motorista a dirigir de modo mais econômico; a transmissão automática Ford PowerShift com seis velocidades e dupla embreagem; o indicador de marcha engatada, que mostra os pontos de troca mais eficientes; e o carregamento regenerativo inteligente, que recarrega a bateria de forma mais econômica durante a rodagem.

A carroceria feita com o uso de aço de ultra-alta resistência reforçado com boro em pontos críticos faz parte do seu conjunto avançado de segurança.

Texto e fotos: Assessoria de Imprensa da Ford


Teste do SUV Premium Land Rover Discovery 4
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Suzane Carvalho

Eu gosto de sempre falar a quilometragem dos carros e motos que testo porque há diferença entre um carro zero, e um já rodado em diversos testes, e com isso, quem me lê pode ter exata noção das condições do carro.  Peguei o Land Rover Discovery 4 para testar e ele já estava com 7.541 Km rodados.  Com luxo inegável, carpete impecável para todos os lados, inclusive na tampa do porta-malas, e todos os equipamentos funcionando perfeitamente, mais parecia um “zero quilômetro” mesmo tendo passado pela mão de diversos jornalistas que o testaram antes de mim. Andei com ele até a quilometragem final de 8.294, totalizando 753 Km.

Com sete lugares, a lista de itens de conforto é imensa, a começar pelo triplo teto solar.  As luzes internas são todas muito boas, tem controle do ar condicionado individual para as 2ª e 3ª fileiras, luz ambiente na frente e atrás (sem controle de intensidade), porta-trecos generosos para todos os lados.

Os retrovisores são grandes e com excelente ângulo de curvatura.  Dá para ver tudo e mais um pouco do que está próximo ao carro, e se recolhem automaticamente ao trancá-lo com o controle remoto. A câmera de ré vicia.  Tem também desembaçador nos vidros laterais traseiros.  O som é de primeiríssima qualidade, com até 480 Watts de potência e 14 alto-falantes incluindo subwoofer, entrada para iPod, USB e auxiliar. Para a 2ª fileira, telas de DVD independentes nos encostos de cabeça dos bancos da frente, com entradas para áudio e vídeo também independentes.  O software do sistema multimídia do painel central é bem interativo.  A tela é touchscreen de 7”, com bluetooth e GPS integrado.

Para o motorista, computador de bordo em tela de 5″ com informações da tração que está sendo usada, controle de funções no volante, acionamento por comandos de voz, e controle eletrônico das 4 janelas que abrem 100% com apenas um toque.  Acerto de distância e profundidade do volante e memória para 3 posições do banco, que quase se molda ao corpo com as tantas configurações.  Não precisar pegar chave nem chaveiro para abrir as portas e ligar o motor é outra comodidade.  Basta estar com o sensor com você.

Existe ainda um transmissor programável para abertura de portas de garagem ou portões, chamado de “Homelink”.  Com os faróis ligados, os fachos de luz mudam de direção juntamente com o volante.  Mas não tem regulagem de altura.  E as lanternas dianteiras e traseiras são em led.  Na hora de entrar e sair do carro, ele abaixa a suspensão em 5 cm para que você faça menos esforço.

Quem viaja na 3ª fileira tem todo o conforto com espaço para esticar as pernas praticamente igual ao da segunda fileira, encosto para a cabeça, que é retrátil, porta-trecos, porta-copos, luz de leitura, ar condicionado e teto solar!  Mas se o espaço for utilizado para bagagem, é fácil abaixar os bancos.  Só não é possível retirá-los. A capacidade da carga chega a 1.124 litros.  O carro pesa 3.240 Kgs e tem estrutura para carregar até 3,5 toneladas e pode vir com até 10 airbags frontais e laterais.  Para abaixar o estepe, que fica embaixo do porta-malas, é por dentro dele, então não precisa se abaixar debaixo do carro para tal, o acesso é bem fácil.

FALANDO DO MOTOR
O Discovery 4 está vindo para o Brasil com 3 motorizações.  Eu testei a versão com motor TDV6 bi-turbo diesel de 3.0 litros com 24 válvulas colocado de forma longitudinal.  São 245 cavalos com torque de 61,18 Kgf.m.  As duas turbinas trabalham de forma sequencial, sendo que a segunda turbina é menor, o que faz a aceleração ser gradativa e economizar combustível em baixa rotação.

No tanque de combustível cabem 82,3 litros e o consumo, como sempre, vai depender em muito da maneira como você dirige.  Andando com o giro baixo e constante até 2.000 rpm, dá para fazer até 13 Km com um litro de diesel.  Mas quando você mete o pé no fundo do acelerador para ultrapassar, sobe para 2,7 Km por litro.  No teste de arrancada gastou 1,25 Km/l.  Mas o torque está a apenas 2.000 rpm, então nem é necessário acelerar tudo para ultrapassar.  Só mesmo se você quiser sentir o empurrão.  A potência máxima está a 4.000 rpm.  Ele faz de 0 a 100 Km/h em 9,6 segundos.  Não tive a oportunidade de levá-lo para a pista de testes, mas a velocidade máxima declarada é 180 Km/h.  Eu tenho a impressão que vai mais.  A taxa de compressão é de 16:1.

Ele vem com um Sistema de Gerenciamento de Energia Inteligente que tem um Carregamento Inteligente Renovador de forma que o alternador carrega a bateria quando você tira o pé do acelerador.

Vieram para o Brasil duas outras versões: uma com motor V6 2.7 diesel com 190 cavalos e 44.86 Kgf.m de torque e outra com motor V8 5.0 aspirado, a gasolina, com 375 cavalos e torque de 52 Kgf.m.  Existe ainda uma versão com motor V6 4.0 a gasolina com  216 cavalos e torque de 36,7 kgf.m.

O câmbio ZFHP28 de seis velocidades sequenciais pode ser usado no modo automático ou manual, com trocas no trambulador. A embreagem foi desenvolvida de forma que fique ativada o menor tempo possível para que o engate e as respostas sejam rápidas, caindo entre 1.000 e 1.200 giros nas trocas.

Lembrando que o Discovery 4 tem DNA off road, a tração é sempre integral, mas com controle eletrônico e é possível escolher entre 5 modos: areia, terra, lama, neve ou asfalto. Tem Controle de Aceleração Gradual e Assistência às Partidas em Ladeira que é integrada ao carro e fica ligada sempre sem nem luz indicadora no painel.

SUSPENSÃO
A suspensão do Discovery 4 é complexa.  É a ar, eletrônica, independente nas 4 rodas, com o sistema Terrain Response, da própria Land Rover.  Feita para aguentar trancos, lama, terra e pedras, e ser resistente, tem vários ajustes.  O carro pode ser elevado em até 12,5 cm em velocidade limitada, para andar em situação extrema de off road.  Em velocidade, tem Controle de Estabilidade de Rolagem da carroceria.  Até minha mãe elogiou.

O carro foi feito para aguentar subidas e terrenos difíceis, mas fique atento aos pneus se você for para terrenos mais radicais, pois ele vem com pneus próprios para o asfalto. Testei algumas calibragens diferentes, e a que senti melhor, sem perder conforto, foi 32/38 de calibragem para estrada.

FREIOS
São gigantescos os discos ventilados dos freios: 360 mm na frente e 350 mm atrás.  Além de ABS, tem EBA, EBD, HDC, ETC, CBC e DSC. E ainda um freio hidráulico traseiro auxiliar.

Ah!  Quer saber o preço? Veja de acordo com os modelos:
TDV6 2.7 S – R$ 191.500,00
TDV6 3.0 SE – R$ 218.000,00
TDV6 3.0 HSE – R$ 262.900,00
LR-V8 5.0 HSE – R$ 248.900,00


Lançando a pequena esportiva Roadwin 250R, a Dafra quer dividir mercado com a Kawasaki e com a Kasinski
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Suzane Carvalho

O novo lançamento da Dafra, a esportiva Roadwin 250R, já está disponível nas concessionárias. Na verdade, não é uma típica esportiva, mas sim uma street com design esportivo principalmente por causa da carenagem.    A posição de pilotar é mais ereta, o banco é confortável e o ruído do motor, baixo.

A potência é de 24 cavalos que está na faixa dos 9.000 rpm e o torque é de 1,92 kgf.m nos 7.000. Dei umas voltas com ela no autódromo Capuava Racing, no interior de São Paulo.  A moto é bem leve, muda fácil de direção e tem bons freios, com imensos discos duplos de 290 mm na frente, e disco simples de 220 mm na traseira!  A suspensão visa mais o conforto.  A dianteira é telescópica com curso de 128 mm e a traseira, braço oscilante monoamortecido com curso de 26 mm.

O motor corta em 11.800 rpm e a velocidade máxima que atingiu na reta foi de 127 Km/h no velocímetro.  A máxima declarada é de 130. É 4 tempos movido a gasolina, monocilíndrico OHC de 247 cm³ e refrigerado a água.  A injeção eletrônica é da Kefico, que faz parte de uma joint venture com a Hyundai e Bosh.  No tanque de combustível cabem 15 litros.

Tem contrapeso no guidão, rodas de liga-leve, partida elétrica, lanternas traseiras em led, cavalete central e descanso lateral.  O painel tem conta-giros analógico com as outras informações digitais, vem calçada com pneus Pirelli Sport montadas no aro 17” e pesa 150 Kg.  A altura mínima do solo é de 13,9 cm, mas não é possível deitar muito nas curvas com ela devido ao cavalete central, que é possível retirar.  Alguns acessórios estarão disponíveis para personalização da moto.  Tem nas cores vermelha ou branca, e a garantia é de 1 ano.

Segundo Creso Franco, presidente da Dafra Motos, o lançamento visa dar a oportunidade para quem tem poder aquisitivo mais baixo, de ter uma moto com visual esportivo, pois ela pode ser comprada por R$ 12.490,00.  É a pequena esportiva com preço mais acessível, do mercado.

Esse é o primeiro lançamento da Dafra com motor de 250 cilindradas, e veio em parceria com a coreana Daelim.  A moto é praticamente a mesma fabricada e vendida na Coreia e na Europa, com algumas modificações.

Alexandre Gaspar, gerente de desenvolvimento de produto da empresa, disse que foi investido um ano de trabalho para chegar às modificações da moto para o Brasil.  No design, a rabeta foi redesenhada e as lanternas são em led.  O banco do carona é outro.  Na mecânica, bomba de combustível, sistema de injeção, suspensão e freios sofreram alterações.  O chassi do tipo berço duplo também foi enrijecido para aguentar os trancos de nossa buraqueira.  Alguns itens foram nacionalizados, como rolamentos do motor, pneus, pastilhas de freio e relação.

As pretensões de Creso Franco são arrojadas: abocanhar 1/3 do mercado das esportivas de pequena cilindrada, que está bem concorrido.  As concorrentes são a Ninja 250 da Kawasaki que tem 33 cv, 2,24 kgf.m de torque e custa R$ 15.540,00.  A Kasinski Comet GT 250R tem 32,1 cv, 2,31 kgf.m de torque e custa R$ 14.990,00.  Em dezembro, a pequena esportiva da Kasinski vendeu 383 unidades, contra 380 da Kawasaki.  Mas em breve chegará também a Honda CBR 250R.  Para quem não sabe, esse “R” após a cilindrada, quer dizer “Racing”.

A Dafra já conta com 12 modelos em seu portfólio, e tem modelos de sucesso como o scooter Citycom 300i e a street Apache 150.  Em 2011 emplacou mais motocicletas que a Suzuki e a Kasinski, ficando com 2,27% do mercado atrás da Honda (78,82%) e da Yamaha (11,85%).  Sua custom Kansas 150 é líder de mercado no seguimento, com uma fatia de 25,06%. O próximo lançamento será a NEXT 250, uma street para brigar com a Yamaha Fazer 250 e a Honda CB 300R. Essa semana entrou no ar a campanha ‘Teste a Dafra’, convidando os clientes a testarem não somente seus produtos, mas também seus serviços, atendimento e preços.

Dê uma volta virtual comigo, à bordo da nova Dafra Roadwin 250R:

Veja aqui como foi a participação da Dafra no Salão Duas Rodas em setembro do ano passado: salao_duas_rodas_2011_dafra.shtml


A Honda CBR 1000RR passa dos 200 Km/h em 2ª marcha!
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Suzane Carvalho

     Peguei a superesportiva da Honda, a CBR 1000RR em São Paulo e segui direto para a Rodovia Régis Bittencourt para fazer mais um curso de pilotagem, dessa vez da Rio Racing com o Tinho, no Autódromo de Curitiba.  De lá, voltei para São Paulo, fui ao Rio de Janeiro pelas Rodovias Carvalho Pinto e Presidente Dutra e voltei para São Paulo, andando um total de 2.284 quilômetros.

A moto é confortável, o câmbio muito macio e rápido, sem pulo nenhum entre as marchas.  O ronco é suave em baixa rotação e afinado e super gostoso em alta.  Se você quiser andar devagar, passeando pela praia por exemplo, ela te permite, pois a aceleração em baixa rotação é bastante gradativa.  A moto é relativamente baixa, ficando a 13,5 cm do solo, e o banco está a 82 cm do chão.  Se for pegar estrada, é possível amarrar uma malinha na traseira, já que não recomendo andar de superesportiva com mochila nas costas.  Quando fiz isso, ela abriu e perdi vários documentos e pendrives.

O painel tem um grande conta-giros analógico, e um mostrador digital com todas as outras informações, inclusive shift-light ajustável e pisca-alerta.  Mas não tem marcador de combustível, e isso me deixa um tanto apreensiva na estrada.  Quando entra na reserva, ela começa a te mostrar um número crescente que corresponde a quanto você já gastou dos 3,2 litros.  Isso é melhor que mostrar a quilometragem que você já fez usando a reserva, que é variável sempre, mas se o número fosse decrescente seria ainda melhor, assim saberíamos exatamente quanto resta no tanque.  Os retrovisores são grandes, e como são fixados na carenagem dianteira, dá para olhar sem ter que levantar muito o pescoço.

O motor é o DOHC 4 tempos de 4 cilindros com 999,8 cm³ e injeção eletrônica PGM-DSFI, dois bicos injetores por cilindro, que despejam 178,1 cavalos a 12.000 rpm e tem torque de 11,4 Kgf.m a 8.500 rpm.  É limitado em 13.250 rpm e em 1ª marcha chega a 158 Km/h e em 2ª, a 204 Km/h!  No final da reta do Autódromo de Curitiba, chegou a 273, mas ela vai mais, pois após poucas voltas começou a chover e tive que aliviar a mão.  Falando em chuva, voltei para São Paulo debaixo d’água, mas a moto me transmitiu bastante segurança mesmo na serra à noite.  Nas retas, nem parecia que estava na chuva.  O farol é composto por duas lâmpadas de 55 w com refletores multifocais.  As lanternas são em led, ajudando a chamar atenção.

Uma coisa que melhora muito a performance do motor, é o mapeamento, que define a maneira como os injetores jogam o combustível na câmara de combustão, e a mistura exata dele com o ar.  Isso varia de acordo com temperatura, umidade relativa do ar, altitude, octanagem da gasolina, e também da sua maneira de acelerar, que a eletrônica analisa para fazer uma mistura ideal para sua maneira de pilotar.  Se você acelerar devagar, será dessa maneira que a CBR 1000RR te dará a potência.  Mas se você abrir o acelerador todo de uma vez, também será dessa forma que ela vai se oferecer para você.  A grande maioria dos compradores de motocicletas superesportivas nunca acelerou dentro de um autódromo, mas utiliza a moto em viagens curtas e para passear na praia.

A embreagem deslizante otimiza o aproveitamento da potência do motor e evita o travamento da roda traseira em reduzidas fortes.  Para mim que estou acostumada a, nas pistas, frear dentro da curva utilizando freio motor, é uma mão na roda.

É muito fácil fazer curva com ela.  O chassi é em forma de “U”, em alumínio, do tipo Diamond Frame e funciona como elemento de ancoragem da balança traseira.  Tem amortecedor eletrônico de direção, e as suspensões dianteira e traseira são totalmente ajustáveis nas molas e amortecedores, em compressão e retorno.  A suspensão dianteira é garfo telescópico com 120 mm de curso e montado de forma upside-down.  A traseira é pro-link com 129 mm de curso e a mola tem 10 ajustes.  O entre-eixos é de 137,5 cm e pesa 179 Kg.

Os freios são da Tokico com dois discos  flutuantes de 277 mm, pinças de fixação radial e pistões de alumínio na dianteira, e um disco de 186 mm na traseira.  Tem opção de freios com Combined-ABS, que além de evitar o travamento das rodas em frenagens descontroladas, distribui adequadamente a intensidade do freio entre as rodas.  Os pneus são de medida 120/70/17 na dianteira e 190/50/17 na traseira.

O escapamento é curto e fica na parte de baixo da moto.  O projeto é assim para abaixar ao máximo o centro de gravidade e concentrar o peso no centro.  Ele tem um controle de fluxo da saída dos gases que também otimiza o desempenho.  A teoria é essa: quanto mais ar sair, mais vai entrar.

No tanque cabem 17,7 litros e o consumo ficou entre 15,45 Km/l e 18,40 dependendo da maneira de acelerar.  Se você andar “calminho”, dá para rodar 325 quilômetros sem abastecer.

Tem em três cores: a azul com carenagem branca e detalhes vermelhos da HRC que testei, a com pintura da Repsol, e também toda preta.  Mas com C-ABS, só a preta.  Está valendo R$ 56.000,00 sem C-ABS e R$ 58.000,00 com.

Dica: aproveite as regulagens de altura dos pedais de freio e câmbio para deixá-los justos ao tamanho de seu pé.  Isso não somente é mais cômodo, como também mais seguro, já que vai diminuir o tempo entre a sua reação e a ação da moto.

Outra dica: fique MAIS atento nas saídas de túnel para não ser pego de surpresa, já que as condições climáticas são diferentes de quando entramos, podendo ter mais vento e chuva.

 

 


Em seu segundo ano, ‘Salão Bike Show’ já se tornou o mais importante do setor, no Rio de Janeiro
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Suzane Carvalho

Ano passado o carioca ganhou um Salão especializado em duas rodas, que está se repetindo este ano.  O evento começou ontem no Riocentro, e irá até domingo.

São mais de 80 expositores entre fábricas e lojas com produtos e acessórios para rua e pista.  Tem dois shows de bandas de rock por dia, teste drive de modelos da Honda, palestras, simuladores, shows diários da Equipe Força & Ação, encontro de Clubes e encontro de pilotos veteranos do motociclismo.

CBR 600RR 2012

Honda expõe a CBR 600RR 2012 pela primeira vez
O stand da Honda ocupa 550m², e tem todos os seus modelos 2012 expostos, incluindo os quadriciclos, e com destaque para a primeira exposição da CBR 600RR. A GL 1800 Gold Wing é um show à parte.

Além de estar comercializando seus produtos no Salão, a Honda trouxe também os instrutores do Centro Educacional de Trânsito Honda (CETH) que farão palestras sobre direção defensiva e educação no trânsito.  Os visitantes terão ainda oportunidade de testar alguns modelos, e os testes drives acontecem mesmo com chuva, já que está em uma área coberta do Riocentro.  Na tenda montada pela Honda na área externa, proprietários de motos de qualquer marca poderão fazer um check up com troca de óleo em suas motos.

A Suzuki também colocou toda a sua linha em exposição em dois stands totalizando 577 m2 e está aproveitando para comercializar seus produtos. Kasinski, Kawasaki, BMW, Cam-Am e Traxx também estão representadas.

Scooter Bee da Allan Motors

Como as grandes fábricas não fazem lançamentos nesse Salão, as pequenas se aproveitam dele para fazer seus novos produtos aparecerem. A Allan Motors apresentou o primeiro produto que leva a própria marca, já que há 11 anos é revendedora de outras fábricas. É a scooter “BEE”, que tem um design retrô e foi desenvolvida por eles pensando em uma identidade com o carioca.  Tem motor 4 tempos de 50cc, tanque de 5 litros e atinge 50 Km/h. A fabricação é chinesa e tem diversos acessórios como para-brisas, bauleto e tapete. Com o slogan “BEE COMBEENA COMIGO” seu preço é de R$ 6.900,00. No Salão, a Allan Motors está expondo também outros produtos como a bonita Piaggio Beverly 300.

A SR 150 da Auguri

A Auguri, outra empresa carioca, e que tem Rodrigo Aragão, ex-representante da Garini, em seu comando, também apresentou um novo produto.  É a scooter SS 50 que tem design e cores modernas, cavalete central e lateral.  A Auguri entrou no mercado em 2008 e seus produtos são  de boa origem chinesa e com apelo visual,  Além das três lojas na cidade do Rio de Janeiro, tem outras em Cabo Frio, Macaé, Niterói e Três Rios.  Além da SS 50, em seu portfolio tem ainda a scooter SS 150 que tem estilo retrô mas com freios a disco, aro 14″ e lanternas e piscas em led, a scooter SR 150, a CUB 49 que tem um imenso freio a disco, uma moto off-road de 110 cc e um ATV 110.  A Auguri está vendendo uma média de 200 unidades por mês.

Zeta Bike é dobrável

Como um produto que está ganhando cada vez mais espaço, a bicicleta elétrica também está presente, e a Zetabike foi apresentada como uma bicicleta elétrica inovadora por ser dobrável e de fácil manuseio.  Ela foi desenhada pelo designer de Fórmula 1 Derek Gardner, pesa 17 Kgs, tem autonomia para 30 Km, alcança 25 Km/h, tem suspensão dianteira, freios a disco na frente e atrás (!!!) e custa R$ 2.500,00.

PETROBRAS investirá 158 milhões na fábrica de lubrificantes
A Petrobras, que é um dos patrocinadores do Salão, disse que o mercado de lubrificantes para motocicletas está crescendo muito e estão no mercado com três produtos para motocicletas, sendo dois para motos de motores 2 tempos, e um para motores 4 tempos.

A planta da empresa em Duque de Caxias, no RJ, atualmente produz 27 milhões de litros de lubrificantes por mês, mas até o final do ano que vem já estará produzindo 42 milhões de litros, com o investimento que está sendo feito de 158 milhões de reais até 2015, para ampliação da unidade. Os lubrificantes para motocicletas já representam 9% do total vendido, incluindo aí os produtos para navios, caminhão, carro, etc…

É importante ressaltar que, o óleo de motor para carros não é o mesmo do óleo de motor para motocicletas, mesmo que seja 4 tempos, pois além de lubrificar o motor, nas motos o óleo lubrifica também o câmbio e a embreagem.

Commander II dura mais de 40.000 Km

Michelin lança pneu que dura mais de 40.000 Km.
A fábrica de pneus que tem sede na cidade do Rio de Janeiro, Michelin, aproveitou o Salão em sua cidade para lançar um produto inovador.

Gabriel Caldas, gerente de Marketing da Michelin para a América do Sul, apresentou os pneus especiais para motocicletas custom, Commander II, e disse que o objetivo foi fazer um pneu que faça uma maior quilometragem sem perder a qualidade, e garante que o pneu traseiro roda mais de 40.000 Km, e que o dianteiro roda ainda mais.

A durabilidade da nova linha foi comprovada por  testes independentes realizados pela frota de teste do Texas.
A carcaça de alta densidade desse novo pneu radial é associada com a Silica Rain Technology (SRT), desenvolvida pelos engenheiros do Centro de Tecnologia Michelin, em Ladoux (França), e incorpora a sílica na banda de rodagem, projetada para evitar desgaste irregular.

Os cabos de aramida no topo da banda de rodagem dos pneus traseiros aumentam a resistência e leveza para uma melhor dirigibilidade e estabilidade, mesmo em altas velocidades. O Cammander II tem numerosos sulcos longitudinais para melhorar a dispersão de água em piso molhado. Foi dada especial atenção também ao design, para que os pneus ficassem com um visual mais bonito. Os pneus estarão disponíveis a partir de fevereiro, em 11 dimensões, aros 15, 16 e 17 para a roda traseira, e 16, 17, 19 e 21 para a dianteira.

Na área externa, a Michelin colocou à disposição um caminhão com dinamômetro para medir a potência dos motores das motocicletas dos visitantes.

O Salão Bike Show é realizado pela Índigo Brasil. Vai até domingo, das 14 às 22 horas,  e o estacionamento para motocicletas não está sendo cobrado.  Ano passado, o público foi de 28.000 pessoas, e este ano espera-se mais de 40.000.