Blog da Suzane Carvalho

Arquivo : março 2012

Suzuki abaixa o preço de suas motos 2012
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Suzane Carvalho

Em uma estratégia de marketing agressiva, a Suzuki Motos do Brasil, representante da fábrica japonesa de motos, resolveu abaixar os preços de suas motos de grande cilindrada.

Com quedas que variam de 2,5 a quase 9%, algumas motos ficaram até R$ 4.000,00 mais baratas, que foi o caso da Boulevard M1500 e da esportiva SRAD GSX-R 750.

A super-esportiva SRAD GSX-R1000 ficou R$ 2.000,00 mais barata: 56.500,00

Sem enrolar, a empresa divulgou simplesmente que a ação é para “alinhar seus preços com os praticados pela concorrência, por causa da invasão de novas e aventureiras montadoras/importadoras no setor motociclístico“.

Nos dois primeiros meses deste ano, a Suzuki aumentou sua participação no mercado, com 2,36% das motos emplacadas contra 2,12% acumulado em 2011.

Na verdade, o que assustou a fábrica japonesa que está há 20 anos no Brasil e tem fábrica em Manaus, foram as vendas de dezembro, quando ficou com 1,79% das motos emplacadas, contra 1,70% da Dafra e 1,55% da Kasinski.

Bandit 650: R$ 3.000,00 mais barata, custará 28.900,00

Com preços mais competitivos e tornando suas motos mais acessíveis, a Suzuki espera se afastar da Dafra, que nos dois primeiros meses deste ano ficou com 1.95% das motos emplacadas, e da Kasinski, que teve 1,6%.

Com 35 unidades vendidas nos dois primeiros meses de 2012, a Hayabusa GSX-R1300 foi a única “Big Bike” que não teve seu preço alterado.

Os novos preços entrarão em vigor no próximo dia 02 de abril   Presente do Coelhinho da Páscoa.

A Hayabusa GSX1300R foi a única maxi que não barateou: 56.000,00

 


Teste da super poderosa da “Família Ténéré”, a Yamaha XT 1200Z Super Ténéré 2012
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Suzane Carvalho

fotos: Suzane Carvalho e Stephan Solon

Para fechar o teste com a “Família Ténéré”, peguei a Yamaha XT 1200Z Super Ténéré já em um final de tarde. O prazer e a segurança em pilotá-la até em casa, foi tão grande, que não esperei a manhã chegar para pegar a estrada, pois a Lua cheia nos convidava para um passeio.  E foram 3.042 quilômetros com ela.  Não na mesma noite, claro.  Ela já estava com 4.466 Km rodados e a deixei com 7.508.

Ela simplesmente deslizava pela Via Dutra.  Fácil de fazer curva, confortável e segura.  Os faróis, de duas lâmpadas halógenas de 55 W parecem dois olhos mascarados.  Quando você acende o farol alto, o facho de luz do baixo não apaga para acender outro, mas acende-se um adicional.  Na frente tem ainda duas “lampadinhas“ laterais auxiliares de 5 W (a mesma intensidade da iluminação da placa traseira).  Se elas fossem em led ficariam mais charmosas, já que a lanterna traseira e a luz do freio o são.  Pena que ainda não existe farol direcional em motos.  Quer dizer, na maioria das motos é, já que estão fixados ao garfo da suspensão ou ao guidão, e acompanham o movimento.  Mas seria interessante se tivesse um que virasse conforme a inclinação da moto, e compensando a angulação.

PAINEL
O painel é completo: conta-giros analógico e as outras informações em digital.  A iluminação dele é laranja e os super indicadores dos piscas jamais te deixarão esquecê-los ligados.  Tem ainda outras oito luzes de advertência.

O computador de bordo mostra a temperatura exata que o motor está trabalhando, com alertas de HIGH ou LOW para te avisar se estiver fora da faixa ideal.  Abaixo de 39° c ou acima de 121° c. E ela trabalha sempre em temperatura de uma super esportiva: entre 80 e 100 °c.  Tem opção também de mostrar a temperatura ambiente.

Você pode ver o consumo de combustível instantâneo, ou a média dele por trecho.  O único problema é que ele me disse que em determinado trecho a moto fez 17 Km/l enquanto minha calculadora marcou 15,63.  Quando o computador marcou 15,8, minha calculadora apontou 14,03.  E o consumo ficou assim: entre 14 e 18 Km/l.  Se você quiser, em vez de te mostrar em Km/l, ele pode te mostrar em l/100 Km.  Além do odômetro total e dois parciais, te mostra também o “Fuel Trip”, ou seja, quanto você já rodou depois que começou a se utilizar da reserva.  Indicação essa que me deixa sempre desesperada, principalmente, na estrada, e à noite, pois dependendo da qualidade de gasolina que você coloca, a variação da autonomia pode ser bem grande.  O tanque tem capacidade para 23 litros.  Desses, 3,9 são da reserva, ou seja, aproximadamente 60 Km para encontrar um posto de gasolina.

Na carenagem dianteira tem espaço para acomodar um GPS.  Na verdade, a Super Ténéré é completa.  Além do freio com ABS, tem controle de tração em dois níveis, e opção de desligar.  Dois modos de mapeamento do motor, tomada auxiliar DC 12 V, cavalete central, protetores para as mãos, ajustes de suspensão, sistema imobilizador, relógio.
Ela vem pronta para receber três baús.  Como eu não os tinha, minhas “malinhas” ficaram muito bem acomodadas devido ao mesmo nível do banco do carona com o  bagageiro.

Ergometricamente, é perfeita para mim.  A altura do banco é regulável e pode ficar a apenas 84,5 cm do chão na posição mais baixa ou subi-lo para 87 cm.  Minhas pernas não ficaram muito dobradas, a posição do guidão está confortável, mas a distância das manetes e dos comandos não é para quem tem mão pequena.  A embreagem é um pouco dura quando se fica muito tempo andando no trânsito pesado.  O para-brisa te livra totalmente o vento do peito e da cabeça, mas em alta velocidade ele é desviado para os braços.


MOTOR
Os 1.199 cc estão distribuídos em dois cilindros posicionados paralelamente.  É 4 tempos, refrigerado a água, 4 válvulas por cilindro, duplo comando no cabeçote e dupla ignição.  A potência é de 110 cv a 7.250 rpm e o torque de 11.6 kgf.m a 6.000 giros.  O motor corta a 7.750 rpm.  A taxa de compressão é de 11:1 e o diâmetro do pistão é maior do que o curso:  98 x 79.5 mm.
A lubrificação é feita por cárter seco.

O despejo da potência do motor é controlado eletronicamente e é possível escolher entre dois modos de mapeamento de motor, chamado de D-Mode: T de “Touring” e S de “Sport”.   O acelerador é eletrônico: Yamaha Chip Controlled Throttle, YCC-T, que em conjunto com o virabrequim de 270° tem por objetivo deixar a aceleração mais linear e a tração mais forte.
Atenção: a Yamaha recomenda amaciar o motor durante 1.600 Km.

São 6 marchas e a transmissão final é por eixo cardan.   As velocidades máximas que a moto apresentou no velocímetro foram:
1ª – 86 Km/h / 2ª – 116 Km/h / 3ª – 151 Km/h / 4ª – 188 Km/h – 5ª – 219 Km/h – 6ª – 217 Km/h

SUSPENSÃO
A Super Ténéré mede 2 metros 25 cm e a distância entre eixos é de 1 metro e 54 cm.  Equilíbrio garantido.  Pesa 261 kgs e a distância mínima do solo é de 20,5 cm, suficiente para trilhas leves e lombadas.  Para suportar melhor os impactos, o quadro é backbone em aço.
O curso das duas rodas é o mesmo: 190 mm.

A suspensão dianteira é composta por dois garfos telescópicos com mola helicoidal e amortecedor hidráulico.  Tem ajuste de compressão e retorno dos amortecedores, mais ajuste da pré-carga das molas.  E bem fácil mexer nos ajustes.  A mola e o retorno do amortecedor se ajustam na parte de cima do garfo, enquanto que a  compressão do amortecedor se ajusta na parte de baixo do garfo, perto do freio.


A suspensão traseira é em alumínio, do tipo balança com link, com mola helicoidal e amortecedor a gás/óleo. Tem regulagem da mola e do retorno do amortecedor.  São 20 cliques para você achar o acerto ideal para seu bumbum não ficar pulando, de acordo com o piso e peso.

Com a mola endurecida, dá a impressão de que moto fica bem compacta e ela fica rápida de fazer curvas em asfalto.  Muito gostosa mesmo.  O ajuste é bem fácil.  Então, não hesite: quando mudar de tipo de terreno ou colocar carga, incluindo alguém, mude a suspensão.  Se for entrar em estradas de piso irregular, pare e amoleça a mola, o que levará apenas alguns segundos, e você se divertirá mais com ela, pois absorverá melhor os solavancos.

Ela tem também controle de tração TCS  com dois níveis que pode ser desligado ou mudado enquanto estamos andando.  O controle de tração ajuda para andar, principalmente na lama.

A roda é DID japonesa, raiada, e sem câmara.  Vem com pneus Metzeler Tourance Exp C 110 x 80 x 19 na dianteira e 150 x 70 x 17 na traseira.  Estranhei que os pneus estavam perdendo pressão muito rápido.  Talvez algum problema na válvula.  Quando peguei, ela estava com calibragem 23/29 e estava bastante pesada para o asfalto e trânsito.  Fui subindo até a pressão 42 nas duas rodas.  Ficou show!


FREIOS
Os freios vêm com ABS linear, um sistema em que a pressão hidráulica varia de acordo com a variação do piso.

A Yamaha chama de ABS Unified Brake System a equalização dos freios entre as duas rodas, que a Honda chama de C-ABS (Combined ABS).  Mas caso você queira controlar a moto em baixa velocidade, segurando só no freio traseiro, isso é possível, pois o sistema só entra em ação a partir de certa velocidade. Se mostraram bastante eficazes em todos os testes que fiz, mas achei que o ABS traseiro entra em ação cedo demais. Os discos dianteiros têm 310 mm de diâmetro, e o traseiro, 282 mm.

Ela tem duas coisas que eu acho que todas as motos deveriam ter: tranca o guidão para os dois lados e  pisca-alerta.  Só achei curioso que ela não tenha tranca porta-capacete.

A cor, por enquanto só o azul, que é tradicional e perfeita.  Talvez uma cor de terra com detalhes em amarelo também fique legal, já que lembra o deserto.   Custa R$ 61.000,00 e está em uma das 550 concessionárias para você ir vê-la de perto e, quem sabe, comprá-la.

MOTÃO !  =)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Harley-Davidson inaugura nova fábrica em Manaus
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Suzane Carvalho

Fotos: Suzane Carvalho

O Brasil é, para a Harley-Davidson, o maior mercado da América Latina e está entre os 10 principais do mundo.  E tem espaço para crescer mais do que em qualquer outro país.  Foi na década de 20 que as primeiras HD desembarcaram no Brasil, e desde 1999 alguns modelos vinham sendo montados na primeira planta de Manaus, que se adaptava conforme a demanda crescia.

Há exatamente 12 meses, quando a Harley-Davidson Inc retomou as operações no Brasil, tinha apenas três concessionárias para atender todo o país.  Prometeu fazer uma rede forte, de forma que seus produtos pudessem chegar mais facilmente aos clientes, fazer um trabalho de pós-vendas para que não faltasse peças para as motos, oferecer um novo “line-up”, oferecer aos clientes a experiência do espírito “harleyro” e modernizar a fábrica.  E conseguiu cumprir o prometido.  Além disso, a montadora está investindo em um Centro de Formação de Técnicos, em São Paulo, para que todas as concessionárias possam ter garantia de boa mão de obra.

Dois meses após a retomada já foi inaugurada a primeira concessionária própria, em São Paulo, e em dezembro, já eram 10 lojas.  Hoje, dia 27, a 11ª loja da marca está sendo inaugurada no bairro da Barra Funda, em São Paulo.

A cerimônia do "corte da corrente" para a abertura da fábrica

A fábrica que hoje foi inaugurada em Manaus tem 10.000 m² e fabrica 19 dos 20 modelos oferecidos aos brasileiros.  Somente a “top” CVO Ultra Classic Electra Glide já vem montada dos Estados Unidos.  Na verdade, outros dois modelos, de uso exclusivo da polícia, também são montados aqui.  Esses modelos têm pequenas diferenças como embreagem mais resistente, duas baterias, luzes de alerta integradas, entre outras coisas.

As motos fabricadas em Manaus são exclusivas para o mercado interno e montadas no sistema CKD (montagem das peças que vem prontas de outro país). É a única fábrica no mundo que tem todas as plataformas da Harley-Davidson.  No final da linha de produção, todas as motos passam pelo “roll test”, em que técnicos especialistas analisam cada detalhe com a moto em movimento, dentro de uma caixa de vidro.

Nesses dois primeiros meses do ano, a nova fábrica, que entrou em operação em janeiro, montou 500 motos/mês e a meta é montar até 30 motos/dia.  Se for o caso de a demanda aumentar, estão preparados para também aumentar o tamanho da fábrica, já que foi construída em módulos, ou até mesmo, abrir outro turno de trabalho.  Os motores também são montados aqui, e com os componentes já prontos, atualmente, uma moto demora entre 14 e 35 minutos para ficar pronta, dependendo do modelo.  O controle do tempo é feito por um timer que é disparado quando o motor entra na linha de produção para ser encaixado no chassi, e tem o objetivo de chegar ao final da linha com o cronômetro zerado.

Os motores já prontos para serem colocados no chassi

Estiveram presentes os principais executivos da empresa, e Keith Wandell, presidente e CEO da Harley-Davidson Inc. afirmou: “Nossa marca é um ícone, e nosso trabalho é nos certificar de que nossa empresa será tão importante nos próximos 100 anos como foi nos 100 anos que se passaram.  Se queremos ser globais, temos que pensar globalmente, e estamos modernizando todas as fábricas HD no mundo.”

Mark Van Genderen, vice-presidente para a América Latina, disse que o investimento no Brasil está sendo grande para que recuperem o espaço que não foi ocupado por eles nos últimos anos, e que investirão quanto mais for preciso para atender e satisfazer os clientes, pois uma vez conquistados, eles não deixam mais a marca. Além disso, a HD quer deixar a imagem de moto de “tiozão”.  Para tal, trabalha na conquista de novos grupos como os de mulheres, jovens e novos entrantes no mundo das duas rodas.

Longino Morawski, Diretor Superintendente Comercial no Brasil, afirmou que “a Harley é muito mais que uma moto, é um estilo de vida”, e garantiu que em caso de quebra, as peças de reposição chegam às concessionárias em no máximo 48 horas, pois são mais de 15.000 itens em estoque.”

Celso Ganeko, Diretor Superintendente Industrial da HD do Brasil, disse que a fábrica que hoje foi inaugurada, veio para substituir a que foi construída em 1999, na época, a primeira linha de montagem da HD fora dos Estados Unidos, e a terceira fábrica de motos a se instalar em Manaus.  Hoje trabalha com 110 colaboradores e que o fato de a fábrica estar em um só piso plano, aumenta a produtividade.

No "roll test", técnicos avaliam a moto dentro de uma caixa de vidro

Em 2012 a HD do Brasil vendeu 7% mais motos que em 2010.  Mais precisamente, 4.322 unidades foram emplacadas.  O mercado de motos Premium como um todo, cresceu 20%, e a Harley tem 10% desse mercado.

Para os fãs da marca, a empresa está organizando a segunda edição do Rio Harley Days evento aberto ao público que gosta de motocicleta e rock’n roll, que acontecerá em setembro no Rio de janeiro.  E em novembro acontecerá o National Hog, exclusivo para proprietários da marca.

Outra novidade anunciada foi a parceria com o Banco Bradesco.  Para quem sonha ter uma Harley-Davidson, o ‘HD Financial Service’ será um programa de financiamento em até 60 meses.  Além disso, será também lançado o cartão de crédito com a marca da Harley-Davidson.

A empresa está também pensando em realizar cursos de pilotagem para preparar os novos entrantes no mundo das duas rodas que comprarem suas motocicletas, programa esse que já é realizado ao redor do mundo pela Harley-Davidson.

Dos 19 modelos vendidos no Brasil, 18 são montados em Manaus

INFORMAÇÕES:
– em 2011, o modelo mais vendido da marca, no Brasil, foi a Super Glide, com 750 unidades.
– os modelos da Harley-Davidson são separados em 5 famílias: Touring, V-Rod, Sportster, Softail e Dyna.
– a moto mais barata é a Sportster 883 Roadster que custa R$ 27.700 e a mais cara é a CVO Ultra Classic Electra Glide, a única importada montada para o Brasil, que custa R$ 104.900,00.
– um “harleyro” não compra só a moto.  Compra também roupas e acessórios que o identificam ainda mais com a marca.
– até o final do ano, outras 7 concessionárias H-D serão abertas no Brasil.
– a motocicleta que originou toda a história, foi construída em 1903 por William S. Harley e os irmãos Arthur e Walter Davidson.


24 Horas com o novíssimo J5, o sedã médio da JAC Motors
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Suzane Carvalho

foto: Claudio Larangeira

Quando completa 1 ano no mercado brasileiro, a JAC Motors lança seu 4° modelo: o sedã médio J5.
Nesses 12 meses, foram 30.000 carros vendidos, o que representou 0,83% de todos os carros emplacados no país.  É bastante, principalmente se considerarmos que significou 13% dos carros importados.

Da mesma forma que o J3 e o J6, o J5 teve seu design desenvolvido em Milão, na Itália.  No Brasil, foi testado durante 2 anos, rodando mais de um milhão de quilômetros em todo tipo de piso.  Juntamente com os brasileiros, os engenheiros chineses trabalharam para as mais de 160 alterações e aperfeiçoamentos que o carro sofreu.
Ele é completo.  Com freio a disco nas quatro rodas, ABS com EBD 8.3 de última geração da Bosch, air bag, direção hidráulica, trio elétrico, ar-condicionado.

Peguei o carro no aeroporto de Salvador e ele estava com 55 km rodados.  Andei por 137 quilômetros, fechando o teste com 192.
Quando abri a porta traseira para colocar minha mochila, achei-a super leve.  Mas o carro, nem tanto.  Apesar de ter um motor também leve, o chassi pesa, e o carro tem 1.315 kg.  Estando este peso na parte baixa do carro, não compromete sua estabilidade.
O porta-malas abre através da alavanca junto ao banco do motorista, ou com a chave.  Não tem maçaneta.  Tem sensor de estacionamento na traseira, break light, luz de neblina que fica no centro do para-choque traseiro, lanternas em led.  No porta-malas cabem 460 litros.  É um bom volume, mas lamentei que o encosto do banco traseiro não abaixe para aumentá-lo, caso você queira carregar coisas compridas.

O interior do J5 é bem espaçoso

Ao volante, acertei os retrovisores, distância e altura do banco, altura do volante (pouca altura, e não tem ajuste de profundidade), altura do cinto de segurança, e reparei nos detalhes: tem espelhinho no para-sol do motorista também, porta óculos acima do retrovisor central, o velocímetro vai até 220 Km/h, as luzes internas são todas muito boas e tem luz para o banco de trás também.  O espaço para quem vai atrás é ótimo, mesmo com os bancos dianteiros colocados no final do trilho.  Os passageiros das laterais  terão cinto de três pontos e alças no teto para se segurarem.  Para o do centro, cinto de dois pontos.  O motorista tem controle elétrico das quatro janelas, que abrem 100%.

Reparando no painel, vi que não tem computador de bordo e tem um odômetro parcial só.  A agulhinha para zerar o odômetro é fininha e comprida, dá impressão de que vai quebrar se uma “mão pesada” mexer nela.
Saí do aeroporto direto para a estrada.  O volante tem um diâmetro grande, é forrado em couro e tem boa pegada.  A direção hidráulica está bem firme em baixa velocidade e passa a impressão de que você tem um bom controle do carro.  Já em alta velocidade, ela fica mais leve.   Parece um efeito contrário ao da progressiva.  Os retrovisores são excelentes, com ângulo de visão bem aberto, o ar-condicionado é forte e tem saída central para o banco de trás.  O som é de muito boa qualidade, com seis auto-falantes.

O espaço para o motorista é ótimo e dá para esticar a perna esquerda.  O apoio central do braço está no tamanho ideal.  Não atrapalha o uso do freio de mão no caso de uma emergência, é funcional tanto para o motorista quanto para o passageiro, e o espaço interno é dividido em dois compartimentos. O apoio do braço nas portas também é largo.

Tem regulagem de altura dos faróis e da luz do painel.  Os faróis desligam sozinhos quando você desliga o carro, mas se você quiser deixá-los ligados, é só virar a chave na ignição.  A caixa de fusíveis está bem à mão, na parte de baixo do painel, no lado esquerdo do motorista.  O alarme do cinto de segurança só soa a partir de 20 Km/h, então dá para manobrar sem cinto e sem ser perturbado.  Se você passar dessa velocidade, ele soa durante 20 segundos e para, te dando a opção de andar sem o cinto.

MOTOR
É um 1.5 litro, DOHC 16 válvulas VVT em alumínio.  Pesa somente 94 Kg.  Tem 125 cavalos a 5.500 rpm e torque de 15,5 Kgf.m a 4.000 rpm.  Ele corta a 6.200 e a taxa de compressão é de 10,5:1.
Só tem opção de câmbio manual de 5 marchas.  No geral, a relação é boa, apenas com um pequeno buraco entre a 2ª e a 3ª Em 4ª, a 80 Km/h está a 3.000 rpm; a 100 Km/h está 3.800 rpm.  Em 5ª, fica a 3.000.  Ela é bem longa (0.837), então dá para economizar combustível quando em velocidade constante em estrada, andando com o giro baixo.

Fiz um “de 0 a 100 Km/h” para ter uma base, sem as condições propostas pelo Inmetro, e o J5 fez em 14.2 segundos.  A retomada de 60 a 100 em 3a marcha, fez em 10.2 s.  A velocidade máxima declarada é de 188 Km/h.
No compartimento onde fica acomodado, sobra espaço, de forma que há refrigeração em todo seu redor, sem prejudicar o espaço interno.


FREIOS
Fiz também “de 100 a 0 Km/h”.  Não cronometrei nem medi a metragem, mas posso afirmar que os freios são fantásticos.  Eu estava com o carro vazio e ele parou em curtíssimo espaço e super equilibrado, sem mudar em nada a trajetória.  O ABS entra em ação na hora certa otimizando a frenagem.  Em muitos carros, o ABS entra muito cedo, fazendo com que não seja utilizada toda a potência do freio.
Na frente, os discos são ventilados, e na traseira, sólidos.  Os bons pneus ajudam na frenagem.  Dá pra sentir o grip e a borracha trabalhando.  São da marca WANLI modelo S1063 de medida 205/55 R16.  Cinco “Vs” fazem o design das rodas que são em liga de alumínio.

SUSPENSÃO
É independente nas 4 rodas.  Com exceção para os veículos de carga, todos os outros deveriam ser assim.  A estabilidade nas curvas está garantida.  Achei-o bastante estável, mesmo fazendo rápido curvas do tipo ferradura; nem tinha que contra-esterçar muito o volante.  E aqui, mais uma vez os pneus Wanli ajudam O peso do carro está concentrado na parte de baixo e o entre-eixos é grande, dois fatores que ajudam a ter boa estabilidade.  Como o ajuste dela está para deixar o carro confortável, em alta velocidade o carro dá a impressão de flutuar um pouco.  Mas comparando com os carros que iam à minha frente, o meu balançava menos nas ondulações da estrada.

Projeto Tamar, na Bahia

Não andei com ele à noite e nem deu para fazer cálculo do consumo, o que farei quando ficar por mais tempo com o carro.  Mas como o tanque tem capacidade para 57 litros, a autonomia deve ser boa.  Não falta nada essencial, e tem todos os itens para um conforto básico.  Aproveitei a proximidade e fui visitar o Projeto Tamar da Praia do Forte.

São 5 cores metálicas e mais o preto clássico.  A JAC diz que sua cor banca é a mais branca entre todos os carros.

O preço do J5 está fixado em R$ 53.800,00 e a JAC Motors manteve a garantia de 6 anos que lançou em seus três modelos anteriores.  De opcional, somente rodas com aro 17”.  E aí o preço sobe para 55.200,00.

O fato de não ter uma versão com câmbio automático faz o J5 perder um pouco de espaço, pois nesta faixa de preço,  representa 25% das vendas.  Mas o presidente da JAC Motors do Brasil, Sergio Habib, visualiza, por enquanto, o consumidor com renda média.

A campanha publicitária do J5 diz que ele é um “Sedã grande com preço de sedã bem menor”, e Sergio Habib dispara: “Ele é do tamanho de um Civic pelo preço de um City, cinco centímetros maior que o Corolla e tem o maior entre-eixos da categoria”.   Habib quer vender pelo menos 700 unidades do J5 por mês.


O J5 ainda é chinês, mas a JAC Motors já é brasileira.  A fábrica a ser construída a poucos metros de onde testamos o carro, em Camaçari, na Bahia, terá um investimento de 900 milhões de reais.  Os chineses entrarão com apenas 20% desse montante, e Sergio Habib, com o restante.  Serão 3.500 empregos diretos e 10.000 indiretos.  Para compensar o investimento, terá que vender 120.000 carros/ano.

A JAC Motors hoje conta com 65 concessionárias e 3.350 funcionários diretos.  Sua meta é alcançar 12% do mercado quando da inauguração de sua fábrica, já em 2014, com o lançamento de dois modelos que estão sendo desenvolvidos exclusivamente para o Brasil, e o primeiro, será um hatch compacto.  Em 2015 lançará outros dois modelos.  A terraplanagem do terreno onde ficará a fábrica começará apenas no segundo semestre deste ano.


Superbike Series recomeça como o maior campeonato de motovelocidade que já existiu no Brasil
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Suzane Carvalho

Público hoje em Interlagos foi próximo de 30.000 pessoas

Arquibancadas lotadas, todos os boxs tomados de motos, muitas empresas envolvidas, 162 pilotos competindo, seis categorias, show de acrobacias e escola de pilotagem para a formação dos futuros pilotos. É uma nova era para o motociclismo brasileiro, que além de exportar pilotos, agora também importa. É a profissionalização do motociclismo, que assim como está acontecendo no automobilismo, gera mão de obra, entretém o público e dá retorno às empresas envolvidas.

Para atrair e deixar satisfeitas as quase 30.000 pessoas que estiveram presentes hoje em Interlagos, é preciso não somente ser um apaixonado pelo esporte ou um empresário de visão. É preciso a união desses com empresas e imprensa, ser condescendente e trabalhar muito para que o resultado final seja um espetáculo satisfatório para o público, pilotos e empresas envolvidas.

E o empresário/piloto Bruno Corano é que está à frente desse campeonato que já foi apontado pela FIM (Federação Internacional de Motociclismo) como o quinto mais importante do mundo. Bruno se envolveu com o motociclismo em 2004, e não satisfeito com a organização dos campeonatos dos quais participava, resolveu idealizar o próprio.
“Me propus a fazer um negócio, e se é para fazer, vamos fazer direito. O resultado é fruto de um desenho estratégico eficiente, pessoas competentes envolvidas e transpiração. A minha contribuição é com a visão e injeção de dinheiro, mas quem faz o evento é um time, junto com as empresas que aceitaram se unir a um trabalho sério. Mostramos para eles que essa é uma arena importante para dar retorno e o resultado é o sucesso. A gente está só no começo. Já somos o terceiro maior evento nacional, atrás de futebol e vôlei, mas a gente tem muito para galgar. Como produto, Motovelocidade é atraente, tem plasticidade e emoção, Temos muito para progredir.“, declarou.

foto: Nivaldo Querino

As empresas que estão apostando no projeto de Bruno, são: Desodorante Gillette, Honda, Kawasaki, Pirelli, Mobil, Diafrag, Laquila, Brembo, Akrapovic, Öhlins, Alpine Star, Shark, Tutto Moto, Dainese e AGV.

Luiz Carlos Cerciari, que estreou na motovelocidade em 1978, e hoje ganhou na categoria Máster da SuperBike Pro, enfatizou que a única vez que tinha visto um público como o de hoje, foi em 1987, quando a Copa Yamaha Marlboro RD 350 chegou a reunir 90 pilotos e tinha premiação e televisionamento da Globo após o Fantástico. “Estou feliz por ter passado por todas as fases de altos e baixos do motociclismo tanto como piloto quanto como equipe, mas nunca vi um evento grande como esse.”

Pilotos com experiência no exterior também estão correndo em nosso campeonato. Sebastiano Zerbo, italiano que tem em seu currículum mais de 600 vitórias e já foi campeão de SuperBike, veio ao Brasil para correr as 500 Milhas e gostou. Corre com uma Bimota, que está ajudando a desenvolver, já que a moto correrá o Mundial de SuperBike a partir do ano que vem. Largou e chegou em 9°. Nicolas Ferreira, que correu por muitos anos na Espanha, largou em 14° e chegou em 10°.

Permitam-me abrir espaço para falar das mulheres que participaram do evento.
Dos 162 pilotos, apenas 4 são mulheres, que competiram em 5 categorias. É pouco, muito pouco, mas com certeza, com o rendimento que tiveram, outras se encorajarão a desafiar preconceitos para vir competir de moto.
É, na cabeça da maioria das pessoas, só homem anda de moto. Todas as vezes que paro em um posto de gasolina com uma moto pequena, me chamam de “brother”, e se eu estiver com uma moto grande, me chamam de “doutor”.

 

 

 

Das quatro, a mais experiente é exatamente a mais nova. Com apenas 17 anos, a paulista Sabrina Paiuta já compete há 10. De 2002 a 2008 correu de Motocross onde ganhou títulos, e desde 2009 compete de Supermoto, onde foi Campeã Paulista em 2010, e vice-campeã em 2009 e 2011. Sua estreia na motovelocidade, hoje, foi com podium: chegou em 3° entre os 30 pilotos que se inscreveram na categoria Light da Copa Ninja 250. Seu objetivo é correr fora do Brasil. Vamos torcer por uma brasileira no Mundial de Motovelocidade.

 

 

Cristiane Trentim, 33, anda de moto há 10 anos, e há dois começou a andar nas pistas. É de São Paulo e ano passado fez seu primeiro campeonato completo, correndo na Superbike Series, com uma Suzuki GSX-R 750 quando terminou o campeonato em 10°. Participou das 500 Milhas de Moto de Interlagos e esse ano vai continuar correndo no Superbike Series Light com a 750 até que possa comprar uma 1.000 cc, e para ganhar “hora de vôo”, se inscreveu também para correr na Copa CB 300R, mas disse ter estranhado bastante a moto mais leve. Na SBK Light, largou em 31° e chegou em 29°.

Bárbara Paz, a “Babi” Paz, 28, é carioca e começou a andar de moto em passeios de final de semana, na garupa do marido. Não demorou em querer ter sua própria moto. Para ganhar mais técnica, em fevereiro do ano passado foi fazer um curso de pilotagem, onde ganhou gosto pela aceleração forte. Montou equipe própria, a Babi & Shad Racing Team, e estreou competindo há três semanas, nas “200 Milhas do Rio de Janeiro”. Hoje fez sua primeira corrida sozinha. Dentre os 33 pilotos, largou em 30° com sua CBR 1000RR e chegou em 25°.

 

Erika Cunha, 27, é paulista, mas mora em Teixeira de Freitas, na Bahia, onde é gerente de uma concessionária Yamaha. Em junho do ano passado, percorreu 900 quilômetros até o Rio de Janeiro com uma R1 na caçamba do carro para fazer o curso de pilotagem do Luís Cerciari, e em outubro já começou a correr com uma Yamaha R6. Além de instrutor, Cerciari se tornou também seu chefe de equipe e noivo. Erika vai competir todo o campeonato na 600 SuperSport e hoje também foi para o podium, já que chegou na 5ª colocação dentre os 15 pilotos da categoria amadora da 600 cc.

Aqui, os primeiros de cada categoria da 1ª Etapa do Mobil Pirelli SBK:

COPA NINJA 250
* resultado sub-júdice

COPA CB 300R
1 – Igor Aquyama
2 – Rubens Pacheco “Rubão”
3 – Hélio Leandro Lopes
4 –Maurício Saguio
5 – Pedro Sampaio

CBR 600F
1 – Alberto Ricieri
2 – Marcos Câmara
3 – Rafael Goyos
4 – Jefferson Henrique
5 – André Luís Paiato

600cc SUPERSPORT
1 – Fábui Brandt
2 – Sergio Laurentys
3 – IvesMoraes
4 – Fabiano Carazzai “Daninha”
5 – Matt Matheus Oliveira

SUPERBIKE LIGHT
1 – Júlio César “Cesinha”
2 – Mike James
3 – Rodrigo Kabeça
4 – Gustavo Cicarelli
5 – Piui Willians

SUPERBIKE
1 – Diego Faustino
2 – Bruno Silva
3 – Bruno Corano
4 – Alecsandre Doca
5 – José Teixeira “Cachorrão”


Fábricas investem mais em campeonatos brasileiros e patrocínios a pilotos
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Suzane Carvalho

Sabrina Paiuta compete na Supermoto com uma Kawasaki KX 450F

Em 2011 foram emplacadas no Brasil 1.940.564 motocicletas, o que representa 42,28% dos veículos para passageiros.  Isso porque não estão computadas aí, as motos com motor até 50 cm³ e as de trilha e de competição, que representam grande fatia para fábricas como Yamaha, KTM, Kawasaki e Honda.  50% do total dos 22 modelos vendidos pela Yamaha no Brasil, é on-off road, e 100% do que a espanhola Gas Gas traz para cá, é de trilha ou de competição off-road.

Em época em que os campeonatos de moto, tanto regionais quanto nacionais, estão ganhando força no asfalto e na terra, essas fábricas estão aumentando o investimento no esporte, já que visualizam aí, um grande retorno com a exposição de seus modelos, apoiando categorias, campeonatos e pilotos, a maior parte deles, no Motocross.

A abertura das transmissões das competições pelos canais de TV por assinatura e pela internet aumentou o televisionamento e consequentemente, a audiência.  Com mais mídia, o público local também aumentou.

Além de investir diretamente nos pilotos, o “budget” das fábricas inclui o apoio com assessoria de imprensa, hospitality centers e ações de marketing para otimizar o aparecimento de seus pilotos para que público e câmeras visualizem suas marcas e produtos enquanto envolvidos emocionalmente com os eventos.

As fábricas e equipes contam também com co-patrocinadores que vão desde pneus, passando por peças, combustível, lubrificantes, equipamentos dos pilotos, até energéticos.  O apoio em dinheiro é importante, já que as despesas com deslocamentos e salários são grandes.

Além de apostar em pilotos brasileiros, a Yamaha está apostando também em pilotos estrangeiros que trouxe para correr nos campeonatos brasileiros.  No total, são 9 pilotos que competirão no Arena Cross, na Super Liga e no Campeonato Brasileiro.  Todos na terra, e nenhum no asfalto.  O investimento é um pouco acima de 1 milhão de reais, com 18 motocicletas, peças e equipamentos, e ações de marketing envolvendo os campeonatos e os pilotos.

A KTM apoia Felipe Zanol tanto em competições de Motocross quanto em Rally, como no Rally Dakar deste ano, em que terminou na 10ª colocação geral entre as motos, e no Rally dos Sertões.

Na motovelocidade, quem mais está apoiando pilotos é a Kawasaki. Serão seis correndo os campeonatos com a ZX-10R, mas ao todo, conta com uma equipe de 22 pilotos para difundir sua marca e fazer os expectadores desejarem suas motos.

A Honda aumentou seus “patrocinados” e tem agora 34 pilotos. Trouxe o francês Pascal Leuret para sua equipe de Motocross e apoia outros três na motovelocidade.  Além dos pilotos que correm com suas motos, a Honda organiza também duas categorias monomarca, a CB300R e a CBR 600F, que correrão junto com o campeonato brasileiro Superbike Series.

E até a Gas Gas aumentou seu time com dois novos patrocinados que se juntarão a Rômulo Bottrel, o Oncinha, que compete na classe Elite das competições de enduro da FIM: Mário Vignate, que fará enduro de regularidade e Pélmio Simões que andará na categoria E3 do enduro FIM.  Ambos pilotarão a Gas Gas EC 250 Six Days 4T.

Aqui, os pilotos que começaram a temporada 2012 com apoio oficial de fábricas:

YAMAHA
Carlos Campano (ESP) – YZ 450F – MX1
Marcos Trossero (ARG) – YZ 450F – MX1
Jorge Bujanda (MEX) – YZ 450F – MX1
João Paulino “Marronzinho” – YZ 450F – MX1
Roosevelt Assunção – YZ 450F – MX1
Gabriel Gentil – YZ 250F – MX2
João Pedro – YZ 250F – MX2
Cesar Popinhac – YZ 250F – MX2
Rafael Faria – YZ 250F – MX2

Equipe da Yamaha para as categorias MX1 e MX2

KTM
Felipe Zanol – KTM 450 Rally Replica – Rally e Enduro

Felipe Zanol completou o Rally Dakar 2012 em 10° na geral

KAWASAKI
MOTOCROSS
Marcello “Ratinho” Lima – KX450F – MX1
Antônio Jorge Balbi Júnior – KX 450F – MX1
Eduardo “Dudu” Lima – KX250F – MX2
Gustavo Henrique Henn – KX 250F – MX2
Kaio Miranda – KX250F –  MX2
Mariana Nápoles Balbi – KX 450F – MX3
Djalma “Djalmnha” Brito – KX 100
Guilherme da Costa – KX 65
Lucas da Costa – KX 65
Monique Camargo- KX 65
Marcio Henrique Chagas da Silva – KX 65
Diogo Moreira – KX 65

ENDURO
Ramón Sacilotti – KX 450F – MX1
Moara Sacilotti – KLX 450R – MX1
Cauê Aguiar – KX 250F – MX2

SUPERMOTO
Sabrina Paiuta – KX 450F

MOTOVELOCIDADE
Bruno Corano – ZX-10R
Ivan Gouvêa – ZX-10R
Pierre Chofard – ZX-10R
Alan Douglas – ZX-10R
Danilo Lewis – ZX-10R
Murilo Colatreli – ZX-10R

Equipe Kawasaki estreou na Superliga Brasil de Motocross

HONDA
RALLY
Dário Júlio

MOTOVELOCIDADE
José Luiz Teixeira “Cachorrão” – CBR 1000RR
Maico Teixeira – CBR 1000RR
Matheus Piva – CBR 1000RR

MOTOCROSS
Leandro Silva – MX1
Wellington Garcia – MX1
Pascal Leuret (Fra) – MX1
Adam Chatfield – MX1
Ito Masanori – MX1
João Pedro Tresse – MX1
Humberto Martin – MX1
Rodrigo Selhorst – MX1
Murilo Tomazelli – CRF-230
Marcos Moraes – CRF-230
Mauriti Humberto Júnior – CRF-230F
Gabriel Montagna – CRF-230F
Ismael Rojas – CRF-230F
Victor Feltz – MX2
Everett Holcomb – MX2
Endrews Armstrong – MX2
Hugo Amaral – MX2
Diego Henning – MX2
Leonardo Lizott – MX2
Pedro Bueno – MX2
Thales Vilardi – Motocross MX2
Hector Assunção – Motocross MX2
Cristiano Lopes – MX3
Stefani Serrão – Júnior
Leandro Araújo – Júnior
Gustavo Pessoa- Júnior
Fábio dos Santos – Júnior

ENDURO
Sandro Hoffmann – Enduro de Regularidade
Sabrina Katana – Enduro de Regularidade
Nielsen Bueno – Enduro FIM e Cross-Country

Superliga Brasil de Motocross 2012 - 1ª etapa - Indaiatuba (SP)

GAS GAS
Rômulo Bottrel ”Oncinha” – Enduro FIM
Pélmio Simões – EC 250 Six Days 4T – E3 – enduro FIM
Mário Vignate – EC 250 Six Days 4T – Enduro de Regularidade

Mário Vignate no Enduro dos Pampas


Teste da Yamaha XT 660Z Ténéré
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Suzane Carvalho

 Fotos: Carsten Horst – Hyset

A trail de média cilindrada, Ténéré 660, é fabricada em Manaus e chegou para completar a “Família Ténéré”.

Com isso, o Brasil se tornou o único país do mundo a ter os três modelos de motocicleta da linha aventureira da Yamaha, com as motos de 250 cc, 660 cc e 1200 cc, que podemos chamar de Ténérézinha, Ténéré e Super Ténéré, todas agora na tradicional cor azul.  E elas foram concebidas para enfrentar qualquer situação em qualquer tipo de piso.  As principais características da linha são a robustez e a aventura.

A primeira Ténéré foi lançada no início da década de 80 e já obteve vitória no rally Paris-Dakar, competição off-road mais difícil do mundo.  Sua venda havia sido descontinuada, mas o mercado a trouxe de volta, e em dose tripla.

O nome Ténéré vem da linguagem tuaregue, significando “deserto” e, tal como o Sahara, a palavra árabe para “deserto”, a palavra é usada para se referir à região desértica no centro sul do Deserto do Saara. É uma vasta planície de areia e ocupa uma área de 400.000 km².

Peguei a Ténéré e ela estava com apenas 106 quilômetros rodados.  O design é moderno, bonito e estiloso. Não houve um sinal que eu parasse que não me perguntassem sobre ela.  É esguia e tem linhas angulares com cantos arredondados.  Tem uma semi-carenagem com funções aerodinâmicas, um para-brisas eficiente, imensas manetes, duplo escapamento traseiro que se integra com a lanterna.  O painel fica em uma posição bem à frente, como se fosse uma planilha ou um navegador, então é bem fácil de ler.  Tem o conta-giros analógico com todas as outras informações em digital.  São dois marcadores de quilometragem parcial e mais o que avisa quando entra na reserva, que é praticamente 1/3 do tanque, e eu acho muito grande. O odômetro parcial marcou um pouco mais do que a velocidade real percorrida.  O que não gostei foi da luz vermelha.

 

Vem preparada para receber três maletas, mas se você for viajar com malas, como eu, lugar para amarrar a bagagem não falta. Tem bastantes opções para fixar os elásticos com diferentes tensões para diferentes tamanhos de malas.

Tem protetor do motor, protetor de cárter em alumínio com 3 mm de espessura  e também um gancho para reboque em situações de atoleiro instalado na mesa inferior.  E cavalete central.

O farol é composto por dois multirefletores, lente em policarbonato e duas parábolas com lâmpadas halógenas de 55 Watts.  Achei a parte de baixo do tanque de combustível um pouco bojudo demais, não dando para andar com a perna bem grudada ao tanque na estrada.

 

CICLÍSTICA
Driblar o trânsito com ela é fácil e gostoso, mas parar em vias esburacadas, muito côncavas nas laterais ou ladeiras, complica se você for baixo e utiliza a moto só na cidade.  Não apenas pela altura do banco, mas o centro de gravidade dela é alto, e se a moto inclinar quando parada, pode tombar com facilidade.  Ela é bastante alta.  O banco da sua irmã, a XT 660R fica 3,1 cm mais próximo do chão.  Aliás, a “XT”, como é conhecida, é 5 cm mais próxima do solo, 5,5 cm mais estreita, 0,6 cm menor e 24,7 cm mais baixa.  Isso também porque originalmente, não tem para-brisas. E também 21 kgs mais magra.

Fazer curvas com ela em estradas é fácil, e andar em terrenos rurais também.  Em se levando carona, o banco é bastante confortável e as alças para que ele se segure são bastante grandes.  Se bem que indico que o carona sempre esteja com o peito o mais próximo possível das costas do piloto, para a concentração da massa total, e melhor manobrabiidade.  O ideal é andar abraçado mesmo.

MOTOR E CÂMBIO
Os 660 cc estão em apenas um cilindro.  A combustão é feita em quatro tempos, tem refrigeração líquida, comando simples no cabeçote SOHC, injeção eletrônica e quatro válvulas.  O cilindro tem revestimento de cerâmica e o pistão é forjado.  A taxa de compressão de 10:1, relação diâmetro x curso do pistão 100 mm x 84 mm, torque máximo de 5,95 kgf.m a 5.500 rpm e 48 cv de potência a 6000 rpm.  Isso é bem alto, já que ela corta em 7.500 rpm.  Mas grande parte da potência já é descarregada por volta dos 3500 rpm fazendo com que você a utilize a maior parte do tempo.

Diversos sensores estão espalhados pela moto, e são gerenciados pela Unidade de Controle Eletrônico (ECU), que monitora e analisa, por exemplo, o ângulo de inclinação, a altitude, a temperatura do ar e de admissão, para melhor mistura do combustível.

Motor, relação de marchas e diâmetro de pneus são os mesmos da XT 660, mas devido ao mapeamento diferente dos motores, “XT” tem um pouco mais de torque e chega mais fácil a velocidades mais elevadas.  São cinco marchas, e em 4ª marcha, a 7.500 rpm, chegou aos 169 Km.  Em 5ª, a 6.800 rpm, 178 Km.  Em descida chegou a 187 Km/h.

CHASSI E SUSPENSÃO
O chassi é em duplo berço de estrutura tubular em aço.  A suspensão dianteira é garfo telescópico tradicional, com 210 mm de curso. A traseira é com braço oscilante fabricado em alumínio e monoamortecida, com curso de 200 mm e cinco ajustes de pré-carga da mola.  Como peguei a moto ainda “zero”, depois de alguns quilômetros rodados, a oscilação da mola mudou deixando a moto mais mole, e a endureci.  Mas essa não é uma tarefa fácil.  Como é uma moto feita para andar em “todo tipo de terreno”, poderia ter um ajuste de pré-carga da mola traseira com melhor acesso.  Já os ajustes dianteiros, são mais fáceis e realizados  no guidão.

Os freios são eficientes, com dois discos de 298 mm de diâmetro, com pinça de duplo pistão na dianteira.  Na traseira, disco simples de 245 mm.

AUTONOMIA E CONSUMO
Um dos pontos fortes desta moto é a autonomia, devido ao grande tanque de combustível capaz de carregar até 23 litros.  Pegando a Rodovia Presidente Dutra para São Paulo com o tanque cheio, fiz mais de 100 Km até baixar o primeiro tracinho do marcador de combustível.  Depois que estava no último tracinho, também demorou outros 100 km.  Entrou na reserva com 335 km rodados, mas como tem 7 litros de reserva, ainda deu para andar mais 100 quilômetros, sem me preocupar.  Na cidade, onde a moto comigo consome menos, deu uma autonomia de 490 quilômetros.  Isso é bastante cômodo, pois acho muito chato parar para abastecer.

 

O consumo variou bastante.  Na cidade fez 26 Km/l enquanto na estrada fez 18,7.  No uso combinado ficou em 20,1 Km/l.  Se você ainda está em dúvida entre qual das duas 660 da Yamaha comprar, um fator pode ser decisivo: o tamanho do tanque de combustível, já que a XT 660R tem tanque para 15 litros.

 

Km rodados

litragem

$

Consumo Km/l

106

595

489

18,84

58,32

25,95

864

269

14,36

43,07

18,70

1273

409

21,61

64,83

18,92

1714

441

21,94

57,02

20,10

 

Como acessórios oficiais, tem as malas laterais e top case, protetores de mão, protetores de motor, protetor do farol e defletores para as mãos, que ajudam na aerodinâmica.  Os baús, no entanto, tem formato quadrado, e não ajudam em nada a aerodinâmica.

Uma coisa que gosto nas motos da Yamaha, é a tranca do guidão para os dois lados.  Todas as motos deveriam ser assim.

Por enquanto, a única cor da Ténéré 660 é esse azul tradicional, que eu considero perfeito, e o preço base é R$ 31.110,00 com um ano de garantia sem limite de quilometragem.

Se gostei da moto? Não há como não gostar de uma moto dessas!

 


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