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Categoria : Geral

Suzuki coloca mais uma popular no mercado: é a GS 120
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Suzane Carvalho

Com potência de 8,42 hp a 8.000 rpm e torque de 0,88 kgf.m a 5500 rpm no motor de 113 cm³, chegará às lojas na segunda semana de maio, a GS120, da Suzuki.  O preço é bastante competitivo: R$ R$ 3.990,00 que o consórcio da Suzuki fará em 60 parcelas de R$ 85,29, ou seja, em 5 anos.

O motor de 4 tempos tem comando de válvulas no cabeçote e a Suzuki garante que o ele não vibra e não faz ruído, sendo confortável para o passeio, mesmo em altas rotações.  Tem sistema DC-CDI digital (Ignição de Descarga Capacitiva), que regula o ponto de ignição dependendo da condição em que está sendo usado (combustível, temperatura, altitude, maneira de acelerar). O carburador é do tipo BS com venturi operado a vácuo e o filtro de ar, de grande capacidade.

O câmbio tem 4 marchas e a partida é a pedal.  Os freios dianteiro e traseiro são a tambor.

No escapamento tem um catalisador para diminuir a emissão de monóxido de carbono (CO) e hidrocarbonetos (HC), mas que atende somente ao Euro 3.

O chassi é do tipo “Diamond”.  O ângulo de cáster é de 27° e o trail é de 80mm.  O banco está a 76,6 cm do chão.  Pesa apenas 107 kg e no tanque cabem 9,2 litros de combustível.
A precarga das molas traseiras são ajustáveis em 5 níveis e é possível regular também o guidão.

O aro, tanto na frente quando atrás, é de 17″e apesar das rodas serem raiadas, os pneus não tem câmaras.
O painel tem indicador de marchas e um hodômetro parcial, além do total.
O banco é quase que reto e tem versão cargo.
Tem nas cores vermelha, azul, preta, cinza e branca e o preço sugerido de R$ 3.990,00.

Outras pequenas populares da Suzuki são a Yes 125, a Intruder 125, a GSR 125 e a GSR 150 i, além da scooter Burgman i.

Motor ——————- 4 tempos, 1 cilindro, arrefecido a ar, SOHC
Cilindradas —————————————————– 113 cm³
Diâmetro X Curso ————————————- 51,0 x 55,2mm
Taxa de compressão ———————————————– 9,5:1
Sistema de lubrificação ———————————- Cárter úmido
Sistema de Partida ———————————————— Pedal
Alimentação ————————————————- Carburador
Tipo de ignição —————————– Eletrônica transistorizada
Potência máxima ——————————– 8,43 Hp a 8.000 rpm
Torque máximo —————————— 0,88 Kgf.m a 5.500 rpm
Suspensão Dianteira – Telescópica de amortecimento hidráulico, mola helicoidal
Suspensão Traseira – Balança articulada, com amortecedores hidráulicos, mola helicoidal, com ajuste de pré-carga da mola
Freios Dianteiro e Traseiro  ———————————— Tambor
Transmissão ———————————————– 4 Velocidades
Sistema de transmissão —————————————– Corrente
Comprimento Total ——————————————- 1.900 mm
Largura Total —————————————————- 750 mm
Altura Total —————————————————- 1.050 mm
Distancia Mínima entre Eixos ——————————– 1.215 mm
Distancia do Solo ———————————————— 140 mm
Altura do Assento ———————————————– 766 mm
*MVOM ———————————————————— 107 kg
Pneu Dianteiro ——————————- 2.50-17 (38P), sem câmara
Pneu Traseiro ——————————– 2.75-17 (47P), sem câmara
Tanque de Combustível —————————————– 9,2 litros
Óleo do Motor ————————– 1,100 litros (com troca de filtro)
dB(A) ——————————————————————- 79,6
rpm ——————————————————————- 4.000
Marcha Lenta ———————————————— 1.600  ± 100


Já pensou em ter um cartão de crédito da Harley-Davidson?
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Suzane Carvalho

Em parceria com o Banco Bradesco e com uma estratégia de marketing agressiva, a Harley-Davidson Financial Service, braço financeiro da H-D, lança no Brasil o cartão de crédito da marca.

Nos Estados Unidos ele existe há 20 anos, e até então, somente lá.  O Brasil será o segundo país do mundo a tê-lo.  Em solo americano, 500 mil clientes possuem o cartão, sendo que metade deles possui também uma motocicleta Harley-Davidson.   28% do faturamento da empresa nos Estados Unidos vem do H-D Financial Service, o que significa, aproximadamente um bilhão de dólares.

E você já pensou na possibilidade de trocar seus pontos acumulados no cartão de crédito, por desconto na compra de uma motocicleta?  O programa de recompensas permitirá que o proprietário do cartão troque seus pontos por roupas na loja da marca, acessórios para sua moto, peças de reposição e até mesmo por desconto na compra de uma moto nova!  E se o cliente usar o cartão em uma das lojas H-D, acumulará pontos em dobro.

O cartão oferecerá ainda serviços de concierge pessoal, de seguro em viagens e aluguel de carros, além dos serviços habituais de um cartão de crédito.

O objetivo é claro: fidelizar ainda mais o fã da marca, proprietário ou não de uma motocicleta Harley-Davidson, fazendo com que ele carregue no bolso o logo da H-D.  A intenção do Bradesco é de conquistar 20.000 novos clientes.

No Brasil, a Harley-Davidson Financial Service já atua como financeira das motocicletas da marca e a experiência é boa: 80% dos pedidos de financiamento são aprovados; e em seis anos de operação e mais de doze mil motos financiadas,  só houve um caso de devolução.   O índice de inadimplência para eles é zero.

Além dos dois modelos de cartão acima, na festa de comemoração dos 110 anos da marca, marcada para o dia 01° de junho, em São Paulo, será lançada uma edição especial em comemoração aos 110 anos da marca, com o logo que está sendo utilizado em todo o mundo.  Mas este estará disponível somente para quem já tiver o cartão, e será exclusivo para os brasileiros.

A partir de 15 de abril você poderá solicitar o seu nas concessionárias e a partir de 15 de maio, em qualquer  agência do banco.

Com a bandeira Visa, serão duas categorias: Gold e Platinum.  Mas carregar o nome “Harley-Davidson” na carteira terá seu preço: a anuidade do cartão Gold será de R$ 324 e a do Platinum, R$ 450,00.  A taxa de juros será de 6,9% ao mês.

Mês que vem, uma nova concessionária Harley-Davidson será inaugurada em Salvador, na Bahia.

 


Novo Range Rover Vogue: além de luxo, muitos mimos.
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Suzane Carvalho

Apenas três meses após ser lançado na Inglaterra, o Novo Range Rover Vogue já coleciona 10 prêmios.

Listar seus atributos seria o suficiente para preencher algumas páginas de revista; e por isso, o que parece ser uma tarefa fácil, acaba tornando-se difícil, pois escrever sobre ele sem cair no comum, é um desafio.

Vou começar pelo que mais mexe comigo: o motor da versão a gasolina, V8SC (SC de Super Charged), é um V8 com exatos 4.999 cc, que despeja 510 cv de potência logo nas 3.500 rpm, e 64 kgf.m de torque que estão logo nas 2.500 rpm e se mantém até 5.500.  Ou seja, você utiliza o torque total praticamente o tempo todo.  A compressão é de 9,5:1.  O resultado disso é que, mesmo pesando mais de duas toneladas (2.360 kg), faz de 0 a 100 km/h em 5,4 segundos!  Tem a mesma potência do Indy Lights com que corri, que tinha quase o mesmo torque: 61 kgf.m ; mas pesava somente 650 kg.

Escrever sobre o motor é uma coisa.  Senti-lo, é outra.  Fiz com ele uma expedição na Chapada dos Veadeiros, em Goiás, e passei por rios, pedras, terra e asfalto.  Seu desempenho se aproxima a de alguns esportivos.  Além de ser um motor que aguenta subidas íngremes com o carro cheio, ele também te dá prazer e satisfação, quando você o chama pelo acelerador.  E impressionante é que, mesmo rodando a 180 km/h, ele é tão macio e silencioso que parece que você está a 80.  A velocidade máxima declarada é de 250 km/h.  O câmbio ZF 8HP70 automático de oito velocidades com opção para trocas sequenciais no volante é preciso e rápido.

A versão com motorização a diesel, SDV8, tem “só” 339 cv no V8 de 3.999 cc, em uma faixa de giro um pouco mais alta, entre os 6.000 e 6.500 rpm, 71 kgf.m entre 1.750 e 3.500 rpm com compressão de 16.1:1. Faz de 0 a 100 km/h em 6,9 segundos!  É 30 kg mais leve que a versão a gasolina.

A estrutura do Novo Range Rover é em monobloco 100% construído em alumínio e por isso perdeu 420 kg em relação à versão anterior.   É o primeiro SUV com a carroceria construída inteiramente em alumínio.

A suspensão é pneumática independente e os amortecedores leem o movimento do carro nada menos que 500 vezes por segundo.  As barras estabilizadoras  são eletro-hidráulicas e enrijecem quando há transferência de peso lateral, ou seja, nas curvas, fazendo com que o carro dobre menos, com consequente maior segurança e conforto.  A caixa de direção dele é bem justa, o que o torna mais rápido para mudança de trajetória.  Tem assistência de direção elétrica e outros dois controles que aprimoram seu desempenho em curvas: controle dinâmico de estabilidade (DSC) e controle de estabilidade antirrolagem (RSC); além do controle eletrônico de tração (ETC), assistente de descidas (HDC),  e até controle de estabilidade do reboque.

Passar com o carro por dentro de rios, por cima de pedras, em uma aventura ou expedição, com emoção e conforto, é o que o carro te permite.Como um bom 4×4, tem caixa de redução de diferencial.

Para desenvolvê-lo, a Land Rover rodou 8.000 km em autódromos, além, claro, dos trechos off-road.

SEGURANÇA
O piloto automático é adaptativo com o sistema automático de frenagem que funciona de acordo com a leitura de um radar frontal.  Isso significa que, se o carro se aproximar muito rápido de um obstáculo à frente, ele freia sozinho.  ABS com EBD, freio de estacionamento elétrico,  e discos dianteiros  ventilados, de 380 mm completam o pacote de frenagem.

São oito air bags e tem alarme volumétrico regulável (dá para deixar o cachorro dentro do carro, por exemplo).

Tem lavadores nos faróis, sensor de chuva, sensor de estacionamento, sistema de monitoramento da pressão dos pneus, Tem ainda um dispositivo de proteção contra abastecimento errado.

OS MIMOS
Disposto a enfrentar qualquer tipo de terreno, a 4ª geração do novo Range Rover Vogue não quer nem saber da concorrência.  A Land Rover falou que escutou as sugestões de seus clientes para montar o pacote de “mimos”.

São 10 opções de luz ambiente interna, massagem nas costas do motorista e do passageiro, aquecimento do volante e dos bancos,  geladeira no console central (que gela de verdade!).  A temperatura ambiente é controlada eletricamente e é bi-partida.  Tem também duas zonas para distribuição traseira.

A suspensão pneumática eletrônica abaixa para as pessoas entrarem e saírem do carro.  Aliás, para carregar o porta-malas também.

Você não precisa bater a porta.  É só encostar, que o carro fecha as portas sozinho.  Inclusive a do porta-malas.
Aqui vai minha sugestão para a próxima versão: massagem também na cabeça.  =)

QUER SABER MAIS?
Mesmo com design modernizado e teto solar panorâmico, que por sinal, deixa o interior muito agradável, ele foi desenvolvido de forma a não perder sua personalidade, fazendo com que ele seja reconhecido sem que alguém precise ver a logomarca, e por isso, foram mantidas as mesmas linhas principais, da cintura e do teto, que acompanham o modelo desde seu primeiro lançamento, em 1970, sempre pensando em não perder o ar de “elegância britânica”.

Em relação ao modelo anterior, suas dimensões mudaram um pouco: ele está 2,7 cm maior no comprimento, o entre-eixos está 4,2 cm maior, perdeu 8,5 cm na largura e 3,9 cm na altura.  Na verdade, ele abaixa mais e sobe um pouco mais que o anterior.

Os faróis são bi-xenon e o design imita a lente de uma câmera fotográfica.   A regulagem das luzes alta e baixa é autométrica, ou seja, uma câmera lê exatamente quantos metros à frente estão sendo iluminados e modifica a altura do farol.   Ela também identifica carros que estejam à sua frente ou que venham em direção contrária.

Os vidros são laminados, com proteção SUV e proteção acústica.

As cinco câmeras de vídeo que fazem parte do Park Assist e projetam a área externa, estão instaladas de forma que você pode ver 360° ao redor do carro.  A dianteira, inclusive, permite ver até debaixo d’água!  Os sensores de ré tem sensibilidade em raio de 90°.

Os retrovisores têm monitores de ponto cego em dois níveis: no primeiro, acende uma luz para chamar a atenção do motorista no caso de um objeto naquele ponto.  No segundo, pisca uma luz igual a um flash, se o motorista virar o volante naquela direção, ou se o carro que se aproxima, estiver muito rápido.  Tem também aquecimento, memória e rebatimento automático.

O sistema Terrain Response, que seleciona o modo de tração, está em sua segunda geração e aparece em todos os carros da Land Rover.  Ele tem também um modo automático de reconhecimento do piso.

Ele agora pode enfrentar enchentes mais pesadas, pois pode ficar até 90 cm submerso.

O sistema de som é Meridien Surround e tem 16 canais e 19 autofalantes com 825 W Rms de potência!  Com filtro digital de ruídos, sub-woofer Dual Channel.  Os fones de ouvido com isolamento acústico acompanham o carro.

Se você for colocar algo no porta-malas de 909 litros e ainda precisar de mais espaço, a regulagem dos bancos traseiros pode ser ajustada eletricamente pelo acesso da porta traseira mesmo, rebatendo os bancos de forma que o espaço aumente para 2002 litros.

O tanque de gasolina das duas versões de motorização comporta 105 litros.

Para ter uma ideia, só de cores da carroceria, são quinze.  Mais as nove opções de cor interna, outras duas para os acabamentos (madeira ou alumínio) e outras três para o acabamento do teto solar, multiplicado pelas duas rodas, que pode ter aro 20 ou 21″, temos 1.620 combinações originais!

Com tudo isso, a Land Rover quer que o Range Rover tenha um conceito único, vinculando sua imagem à aventura, tecnologia, força e potência que são as palavras utilizadas pela Land Rover para definir seus carros.

Sugiro que você vá até uma concessionária para conhecê-lo de perto.

MERCADO
De 2009 A 2012, a Land Rover Brasil, que atua no mercado de Utilitários Esportivos Premium, cresceu 158%.  Neste tempo, sua participação no segmento cresceu 57,3%, subindo de 16,4 para 25,8%. Ano passado, enquanto as outras marcas perderam mercado, a Land Rover se manteve estável, vendendo um total de 5.438 carros.

Seu produto de ponta, o Range Rover Vogue, que vendeu 64 unidades em 2009, subiu para 77 em 2010, 121 em 2011, e, em 2012, caiu novamente para 64, o que segundo a fábrica, foi devido à crise, ao incentivo aos carros fabricados no Brasil e ao lançamento do Range Rover Evoque, que vendeu um total de 4.149 unidades.

Eles acreditam que, em 2013, com o Novo Range Rover Vogue, baterão record vendendo mais de 200 unidades.

“ABOVE AND BEYOND”.  Tá certo.

Leia AQUI um pouco da história de 42 anos do Range Rover, que surgiu no mercado em 1970.

Veja a galeria completa de fotos CLICANDO AQUI!


Valentino Rossi no Brasil: leia entrevista na íntegra
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Suzane Carvalho

O simpático e bem humorado piloto 9 vezes Campeão Mundial de Motovelocidade está de passagem pelo Brasil  para promover o lançamento da 2ª geração da moto Yamaha Factor 125, da fábrica que voltará a defender pelos próximos dois anos.

Ontem à noite, Rossi deu uma entrevista coletiva no Hotel Intercontinental de São Paulo, com a presença do presidente da Yamaha Brasil, Sr. Shigeo Hayakawa, que declarou: “A Yamaha está investindo no Moto GP e queremos ganhar o campeonato com dois pilotos muito bons como Lorenzo e Valentino.  Especialmente Valentino com quem já trabalhamos e tem fama de ter uma boa interação com os engenheiros, afinal, uma máquina não é somente feita por eles.  E isso será importante para melhorar nossa M1.  Com isso a Yamaha Japão está esperando ser campeã novamente, mas desta vez sendo o número 1 e o número 2.  Este é nosso desejo.”

Valentino deixou a equipe Yamaha pela qual correu durante 7 anos conquistando 4 títulos mundiais, em busca de novos desafios e defendeu a Ducati pelos dois últimos anos.  Seu companheiro de equipe, Jorge Lorenzo, foi o campeão com a própria Yamaha em 2010 e 2012.

Rossi foi Campeão com a Aprilia nas categorias 125 e 250 cc e com a Honda tanto nas 500 cc quanto na Moto GP, fábrica que defendeu de 2000 a 2003, ganhando três campeonatos e um vice.  Em 2004 se transferiu para a Yamaha onde ganhou outros 4 títulos.

No Rio de Janeiro correu oito vezes entre 1996 e 2004, nas categorias 125, 250 e 500 cc e obteve 6 vitórias e 2 abandonos.  Rossi começou a entrevista falando da lembrança que tem de suas vitórias no Rio e elogiou a pista, falou de sua volta à Yamaha e do quanto é ruim “andar atrás” em uma corrida.

Leia a íntegra da entrevista que foi comandada pela assessora de imprensa da Yamaha, Antoniela Silva, que fez perguntas enviadas por diversos meios de comunicação.  Ele respondeu em um inglês “italianado” e a tradução foi feita por mim.

Apesar da ausência do Moto GP no Brasil e considerando que hoje o mundial não é transmitido em TV aberta, como você enxerga o fato de que o motociclista brasileiro de todas as idades e classes sociais usam a inscrição “Valentino Rossi” e o número “46” em suas motos?  Qual a importância desse símbolo cultural para você?
Rossi: A primeira coisa, é que é uma grande pena que não há corrida da Moto GP no Brasil.  Todos temos uma grande memória de quando corri no Rio de Janeiro onde a pista era muito divertida e ficava no Rio por alguns dias.  Era muito divertido para todos.  Espero que no futuro nós voltemos a correr aqui.  Sobre os símbolos para os motociclistas, por esta razão vou tentar continuar correndo com o número 46.

O que você espera da temporada 2013 da Moto GP?
Rossi: Será uma temporada importante porque eu vim de duas temporadas difíceis com a Ducati e os resultados não foram como eu esperava.  Estou muito orgulhoso e feliz por ter outra chance com a Yamaha e ter a minha moto de volta que é uma moto que me deu muito sucesso e grandes lembranças.  Claro que a expectativa dos outros pilotos que competem pelas outras marcas, meu companheiro de equipe, o Jorge Lorenzo, os pilotos da Honda, que são muito fortes e rápidos e nós sabemos exatamente o que devemos fazer.  O foco será ir ao podium o maior número de vezes possível e tentar ganhar algumas corridas e tentar brigar pelo campeonato.

Você tem feito testes com a nova Yamaha.  Quais as principais diferenças que você encontrou da motocicleta que você vai usar, a M1, da Ducati?
Rossi: A Yamaha é uma moto muito bem balanceada.  É possível dar um bom grip na frente e atrás, é mais fácil guiá-la porque tem características mais suaves e é bem diferente da Ducati que pilotei nos últimos dois anos.

Ainda é muito cedo para perguntar isso, mas quantos  anos você acha que ainda vai correr no Moto GP?
Rossi: Neste momento tenho um contrato de dois anos com a Yamaha e vou decidir sobre meu futuro dependendo dos resultados.  Se daqui há dois anos eu estiver competitivo e puder lutar pelo podium então eu decidirei sobre outra temporada.  Verei o nível de competitividade em que estarei neste ponto, e então decidirei se continuo por mais uma ou duas temporadas.

É a segunda vez que você tem o Lorenzo como parceiro.  Como está a relação entre vocês?
Rossi: É boa.  No início foi mais difícil porque nós éramos mais jovens, eu era o “número 1” da Yamaha e nas três primeiras corridas ele foi muito rápido e quando você tem um companheiro de equipe forte é difícil de ter um bom relacionamento, mas agora ele tem um bom respeito por mim.  Nós queremos ganhar o campeonato para a Yamaha.  Juntos seremos uma dupla forte e temos que ser assim por toda a temporada, pois isso será decisivo para ganhar o campeonato.

Você apontou o  espanhol Marc Márquez (atual campeão da Moto 2 e que liderou os treinos da pré-temporada da semana passada) como um jovem piloto que lembra seu estilo de pilotagem.  Quais características assemelham você a ele?
Rossi: Marquez é muito impressionante.  É uma surpresa porque ele é muito rápido.  Veio da Moto2 onde foi campeão.  Ele é o único piloto de 20 anos que ganhou como eu ganhei.  Acho que ele será um grande problema para todos este ano.  Lembro quando comecei a correr na Moto GP.  Acho que será uma boa briga com ele.

Quem você considera o principal adversário de 2013?
Rossi: Para mim, certamente que Lorenzo e Pedrosa, que está buscando ganhar o campeonato mundial (foi campeão na 125 e bi na 250).  E já que você perguntou sobre Marc, estou certo de que ele será muito muito forte e rápido, e acredito que a briga pelo título será bem apertada.  Mas ainda coloco Lorenzo e Pedrosa como os principais.

Nós sabemos que na temporada de 2013 você tem uma nova equipe.  O que você espera desta equipe de apoio da Yamaha?
Rossi: A Equipe Yamaha é sempre muito boa.  Tem uma muito boa atmosfera e é bom estar ali.  Tenho os mesmos mecânicos que tinha na Ducati que são os mesmos que tinha na própria Yamaha em de 2004 a 2010.  Nós estamos juntos desde 2000 e são mais de 12 anos e conhecemos muito bem uns aos outros e por isso sei que poderemos fazer um bom trabalho e uma boa temporada.

Você acha que as duas temporadas ruins na Ducati marcaram de alguma forma a sua imagem junto aos fãs italianos e do mundo todo?
Rossi: Foi um grande desafio defender a Ducati.  Principalmente porque nenhum piloto na história do Moto GP ganhou o campeonato com três diferentes fábricas.  Eu tinha que tentar.  Eu e minha equipe perdemos o desafio de vencer, mas são coisas que podem acontecer na carreira de um esportista.   Poderíamos ter tido um grande sucesso, mas infelizmente perdi tempo em que poderia estar vencendo, mas acontece.

Sobre os treinos dos Estados Unidos (Austin) desta semana, você disse que teve problemas nas entradas de curva com sua M1.  Você acha que poderá ter o mesmo problema em outras pistas?
Rossi: Em Sepang eu fui rápido e o teste não foi tão ruim. O maior problema para mim é o freio.  Eu uso o freio dianteiro de forma diferente do Lorenzo.  É uma questão de desenvolver o acerto e a melhor forma de frear e parar a moto, e a equipe vai trabalhar nisso para o próximo final de semana em Jerez onde teremos outros 3 dias de treino que serão muito importantes, pois serão os últimos antes da 1ª corrida.  Se você conseguir ser competitivo em Jerez você será também competitivo nas outras pistas.

A sua volta à equipe Yamaha foi puramente  uma questão técnica, para ter chances de lutar pelo título ou a sua história passada com a marca também teve um peso importante para a decisão?
Rossi: Ambos.  A primeira razão é que eles têm uma moto muito competitiva que me dará condições de lutar por podium, por vitórias e suponho que pelo campeonato.  Foi uma difícil decisão de sair da Yamaha em 2010, mas na Ducati infelizmente não tivemos oportunidade de ter um bom resultado e tivemos a chance de voltar à Yamaha e onde conheço todo mundo desde 2004 e com certeza na Yamaha tive as melhores corridas e os melhores momentos de toda minha carreira.

O que você achou do Autódromo de Austin, no Texas?
Rossi: A pista é ótima.  Toda a estrutura em volta é fantástica.  No Texas a temperatura também é excelente para o motociclismo.  O Sol, uma boa temperatura do asfalto, e não estava muito quente.  O traçado é bom e muito parecido com outras pistas do Tilke (Hermann Tilke , projetista que está desenhando também o Autódromo Internacional Beto Carrero World, em Santa Catarina) como Shangai, Turquia, Malásia, e até as curvas são parecidas.  É bom porque são divertidas, rápidas e ao mesmo tempo, com um difícil “hairpin”, retas longas, são bastante largas, então as corridas podem ser atraentes.

Após tanto sucesso na categoria, o que te motiva a continuar?
Rossi: Eu gosto desta vida.  Especialmente desenvolver uma moto, tentar levar uma Moto GP ao limite, o trabalho com a equipe, com a Yamaha, com a fábrica, para melhorar a moto.  Estou em boa forma, e especialmente com uma boa motivação.  Por estas razões eu quero continuar.

Desde o momento que você chegou a São Paulo, não deve ter tido muito tempo, mas o que você tem achado desta sua visita ao Brasil?
Rossi: É a primeira vez que venho a São Paulo.  Todas as outras vezes que vim ao Brasil foi sempre para o Rio de Janeiro.  Infelizmente não pude ver nada porque tenho estado muito ocupado.  Talvez esta noite tenhamos mais tempo para dar uma volta.  Estar no Brasil é sempre bom porque as pessoas em geral são alegres e gentis. Acho que é um lugar legal.

Nós sabemos que você faz treinos de Motocross no intervalo da temporada.  Você já pensou em realizar o Backflip (manobra acrobática do Motocross)?
Rossi: Não, não.  Há uns 5 ou 6 anos eu quis tentar porque os pilotos caem no chão macio. (risos).  Mas agora não mais…

O que você diria para os novos pilotos brasileiros que estão começando na Motovelocidade?
Rossi: Os brasileiros em geral têm uma grande paixão pelo motociclismo mesmo sem ter um piloto de ponta, porque depois do Alex Barros a situação ficou um pouco pior.  Agora vocês têm um piloto na Moto 2 (Eric Granado). O que tenho a dizer é: TENTE!  Tente guiar a moto, e especialmente começar quando você ainda é muito jovem porque quando se é jovem sua cabeça é livre para entender a melhor maneira de ser rápido com a moto.  Espero ver novamente no futuro algum bom piloto do Brasil.

O piloto Piquet disse que a pior coisa para um vencedor é andar atrás do grid.  Como você encarou estes dois últimos anos?
Rossi: Nelson?  (risos…)  É verdade.  Quando você está acostumado a estar na primeira fila ou no máximo na segunda, e passa a estar no máximo na segunda e normalmente na terceira, é muito mais difícil.  Você descobre outro ponto de vista (literalmente).  Prefiro não descobrir mais nada! (risos…) Mas tudo isso é experiência.

O que você achou do trânsito de São Paulo?  Chegou a ver as motos na rua?  Qual a sua impressão?
Rossi:  Nos últimos dias, algumas pessoas aqui de São Paulo me falaram que é impossível andar de carro.  Então você tem que ir de helicóptero ou motocicleta.  Com o tráfego pesado é uma boa forma de economizar tempo, mas é importante ter atenção principalmente com as portas dos carros que podem ser abertas, e quando se anda pela lateral (no corredor) é preciso ir devagar porque alguém pode abrir a porta.

Sua volta à equipe também trará produtos da linha Valentino Rossi para a Yamaha?
Rossi: Sim, penso que sim e estamos trabalhando nesse sentido.  Estamos desenvolvendo  todo o novo equipamento com o logo e o diapasão da Yamaha.  Minha cor é o amarelo e a deles é o azul, e amarelo com azul dá uma boa combinação.

Quando você escuta falar do Brasil, qual a primeira coisa que vem à sua cabeça?
Rossi: O time de futebol, certamente!  E também as mulheres.

Nesta manhã você pode testar a nova Factor.  Gostaríamos de saber qual a sua impressão sobre o novo produto?
Rossi: Eu já havia testado antes.  Este tipo de produto é muito importante para a fábrica porque as motos pequenas são muito vendidas em todo o mundo.  Ela é muito leve para o tráfego.  Mas tem um pouco menos de potência ao que estou acostumado. (risos).


De Mulher para Mulheres, o curso de moto promovido pela Honda
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Suzane Carvalho

Fotos: Suzane Carvalho

Jaqueline Poltronieri mostra os exercícios para as alunas

Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, a Moto Honda da Amazônia promoveu no Centro Educacional de Trânsito Honda, em Indaiatuba, interior de São Paulo, duas turmas do Curso de Pilotagem de Motos, exclusivas para mulheres.

O curso, ministrado pela instrutora Jaqueline Poltronieri, foi gratuito e direcionado para mulheres já habilitadas.  Além de técnicas de pilotagem e segurança no trânsito, foram abordados diversos temas não ensinados pelas motoescolas, como por exemplo, verificação do nível do óleo do motor, da tensão da corrente, calibragem, e até como transportar corretamente uma bolsa.

Verificação do nível do óleo do motor

Verificação da tensão da corrente

 

 

 

 

 

Foram duas turmas de 27 motociclistas recém habilitadas.  A maioria tirou a carteira na própria cidade de Indaiatuba, onde  50% dos novos habilitados para pilotar uma motocicleta nas ruas são mulheres.

Eu fui convidada a mostrar às novas motociclistas, um pouco do que foi minha recente aventura sobre duas rodas entre Manaus e o Mar do Caribe, em que percorri quase 5.000 km em uma Honda NC 700X, cruzando toda a Venezuela em 12 dias e sozinha.  Assim, pude passar a elas um pouco do tanto prazer que uma motocicleta pode nos dar.

A Honda está disponibilizando através do site Harmonia No Trânsito as apostilas dos diversos cursos de pilotagem além de muitas animações em 3D com dicas para um convivência pacífica entre os diferentes meios de transporte.


Nova versão da Kawasaki Ninja ZX-6R está mais potente
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Suzane Carvalho

A nova ZX-6R 636 virá também na cor branca

A ZX-6R mudou e passou a se chamar ZX-6R 636, número que indica a cilindrada total do motor.

Apesar de vir com motor de maior cilindrada e mais potente, a Kawasaki desenvolveu o novo modelo para atender principalmente aos clientes que a utilizam para o lazer e para o uso urbano, que é onde  90% dos compradores e usuários da ZX-6R a utilizam.  O resultado foi uma moto mais dócil de pilotar sem ter deixado de lado a esportividade.

Outra coisa que a Kawasaki visionou, é que esta é uma moto adquirida também pelos clientes “top”, que optam por ela ao invés da  ZX-10R por ser mais fácil pilotar.  Então investiu mais em tecnologia e este passou a ser o modelo da marca que tem o maior índice de itens tecnológicos.

Ergonomicamente falando, o tanque ficou mais estreito para facilitar o encaixe das pernas, mas manteve o mesmo tamanho, comportando 17 litros de combustível.  Ela perdeu 5 mm no comprimento e no entre-eixos, ficando com 2.085 e 1.395 mm respectivamente.  O banco ficou 1,5 cm mais alto, a 83 cm do chão.  A altura e a largura se mantiveram as mesmas.

Como não deixou de ser uma esportiva, ganhou alguns toques da ZX-10R como a entrada de ar frontal.  O desenho de dois “Zs” opostos na lanterna traseira é o mesmo que está nos novos modelos da Kawasaki.

Tem embreagem deslizante (que deixa as trocas de marcha mais suaves), controle de tração em 3 diferentes níveis, além da opção de desligá-lo, novos amortecedores e ABS, e dois níveis de despejo de potência do motor, que só se diferenciam a partir de 5.000 rpm.  Em baixa rotação, em qualquer modo a potência é a mesma.

A suspensão dianteira é garfo invertido da Showa utilizando a tecnologia SFF-BP, que significa Separate Function Fork – Big Piston, que, como o nome diz, separa a função dos ajustes da suspensão pelas duas bengalas do garfo: enquanto no  lado direito se ajusta compressão e retorno, no lado esquerdo se ajusta a pré-carga.  O curso é de 120 mm.

Na suspensão traseira, o comprimento da mola aumentou de 190 para 215 mm.  O raio de alavanca do suporte dela aumentou, e com isso ela comprime mais facilmente.  O curso é de 134 mm.

O escapamento ganhou uma ligação a mais, entre os 2° e 3° tubos.  Outra modificação grande foi no desenho da ponteira do escapamento, que ficou menos bruto.

Visualmente, outra mudança foi na cor do motor, que deixou de ser preto.  Os retrovisores ficaram ligeiramente mais largos nas extremidades e os pneus ganharam novo desenho, mas mantiveram a mesma borracha.

O QUE MUDOU NO MOTOR
A cilindrada aumentou de 599 para 636 cc.  Para chegar a este número, foi aumentado o curso  do pistão, que aumentou 2,6 mm.  Como consequência, diversas adaptações tiveram que ser feitas: as bielas que tinham 14 mm  passaram a ter 16; o virabrequim ficou com o curso mais longo, o eixo-comando também teve que ser ligeiramente aumentado e o pistão, que mudou o desenho para que as válvulas não batam nele, está mais resistente.

Como resultado, maior torque, que foi de 6,8 kgf.m a 11.800 rpm para 7,2 kgf.m a 11.500 rpm.  A potência aumentou de 128 cv a 14.000 rpm para 131 cv a 13.500 rpm.  Com o RAM Air foi para 137 cv.  A ZX-6R fica com 134. A taxa de compressão, no entanto, diminuiu de 13,3 para 12.9:1.

O quadro perimetral em alumínio prensado também teve que ser adaptado  e o ângulo de cáster diminuiu de 24 para 23.5°.  Consequentemente, o trail diminuiu de 103 para 101 mm.  Ficou mais rápida de reação.

Apesar de estar mais confortável, a 1ª marcha ficou mais curta, para ganhar em esportividade nas arrancadas.

Ela ficou mais rápida, claro.  O tempo de sair da inércia e percorrer 400 metros baixou 0.2 s, conseguindo fazê-lo em 10,4 s.  Para quem acha pouco, isso equivale a 12,51 metros, ou 6 motos.

Os discos do freio dianteiro ganharam 10 mm passando para 310.  É uma pinça dupla de fixação radial com 4 pistões opostos.  Na traseira, o disco simples manteve os 220 mm e a pinça tem pistão simples de alumínio. As pinças, da Nissin, passaram a ser monobloco e mais leves.  Com isso o calor é dissipado mais rápido, deixando-o mais sensível mesmo quando muito exigido.

O sistema anti-bloqueio, chamado de KIBS (Kawasaki Inteligent Anti-lock Brake System), recebe informação de sensores espalhados pela moto para aplicar a pressão hidráulica correta.  O intervalo da liberação do travamento das rodas também está menor além de considerar o freio motor para calcular a pressão  exata.

O painel é dos mais completos.  O conta-giros se manteve analógico e tem também indicador de pilotagem econômica.

No final, a ZX-6R 636 ficou somente 1 kg mais pesada que a ZX-6R:  192 kg em ordem de marcha.  Com KIBS, ganha dois quilos.

Já está sendo distribuída para os concessionários.  Sem KIBS, tem nas cores verde e branca e custa R$ 49.990,00.  Com KIBS, só a verde e sai por 52.990,00.

A ZX-6R 2012 está custando R$ 43.990,00 e continuará à venda até acabarem os estoques, o que deverá abastecer o mercado até o final do ano que vem.

Tem como opcionais o amortecedor de direção, os sliders e o monoposto, ou seja, a pequena carenagem que fica no lugar do banco do carona.

 


Produção e venda de motocicletas continuam em queda
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Suzane Carvalho

Apesar de esforços junto aos bancos, para que haja uma ampliação de crédito para o consumidor e da manutenção de preços de modelos já existentes no mercado, a queda das vendas de motocicletas no mercado nacional continua.  Se fevereiro de 2012 foi ruim para os fabricantes, com queda de 9,8% em relação a 2011, a situação piorou, pois a queda agora foi de 18,6%, em relação ao ano passado.

fev   2011165.248 
fev   2012149.029– 9,8%
fev   2013121.236– 18,6%

De janeiro para fevereiro deste ano, até houve uma recuperação de 8% nas vendas para o atacado (121.236 unidades), mas a produção caiu 3% (123.338).

No acumulado de janeiro e fevereiro, foram produzidas 250.547 motocicletas, correspondendo a uma retração de 24,1% sobre os dois primeiros meses de 2012. As vendas aos concessionários apresentaram redução de 23,2% no total do período, caindo de 303.805 no ano passado para 233.275 unidades, neste ano.  É bastante.

As quedas da produção e da venda no atacado refletem o ritmo das vendas no varejo. Os emplacamentos de fevereiro também sofreram redução, quando comparados os anos de 2012 e 2013. No mês de fevereiro do ano passado, foram licenciadas 134.616 motocicletas ante 101.890 deste ano, o que representa um volume 24,3% menor.

Com relação ao acumulado do ano, os licenciamentos retraíram 17,5%, passando de 276.835 unidades, em 2012, para 228.313 unidades, em 2013.

Até nas exportações os números são decrescentes: 8.521 motocicletas, o que representa uma queda de 2,5% em relação ao mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano a retração foi de 8,3%, totalizando 14.208 unidades em 2013.


Manaus e “Veredicto Final” sobre a Expedição e a Honda NC 700X
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Suzane Carvalho

Para finalizar, um passeio por Manaus antes de entregar a “NC”.

Fui ver as obras do Vivaldão, o principal estádio de futebol de lá e onde serão realizados quatro jogos da 1ª fase da Copa do Mundo de 2014.  O Sambódromo, que eu ainda não conhecia, fica ali ao lado.

Revi o Teatro Amazonas, dei uma volta pelo porto e fui até o Encontro das Águas.

A VIAGEM
Foi a mais longa viagem de moto que fiz.  Já rodei toda a Itália sobre duas rodas, mas nunca tinha ficado 12 dias seguidos na estrada.  Nos dias em que rodei, fiz uma média de 500 km, dando um total de 4.586 km.  Perdi um dia devido aos entraves burocráticos.

O percurso escolhido, de Manaus até o Mar do Caribe, no norte da Venezuela, foi perfeito.  Passei por florestas, planícies, praias, rios, cachoeiras.  Conforme eu disse antes, é um passeio perfeito para ser feito de moto para sentir bem a natureza variada dos lugares e a sensação de liberdade.

Não tive problemas com os índios nem com a polícia venezuelana.  Os sustos que tomei durante toda a viagem foram todos por conta das rajadas de vento.  Por algumas vezes ventava muito e eu andava com a moto inclinada por longo trecho.  Volta e meia eu entrava em um canal, um túnel ou um rodamoinho de vento, e esses me assustavam, pois eu não esperava.  Quando vou cruzar um caminhão que vem em direção contrária, já me preparo para o movimento que a moto vai fazer por conta do vácuo, mas da outra forma, eu não podia ver ou prever quando iria cruzá-los.

Uma das coisas que me espantou a viagem inteira, é que a pista é em mão dupla praticamente os 2.200 km de estrada, e muito raramente eu via alguém com os faróis ligados.

Os percalços pelos quais passei serviram todos para dar mais emoção à aventura: acabar gasolina no meio da reserva indígena, ser parada em uma blitz em um momento em que eu estava sem nenhum documento e descobrir que eu estava ilegal na Venezuela!

Foi, sem dúvida, uma das melhores e maiores aventuras que já fiz.

A MOTO
A Honda NC 700X foi simplesmente perfeita para este tipo de viagem.  Em nenhum momento senti cansaço ou algum tipo de dor física, e isso se deve muito à posição e facilidade de pilotagem dela.  É possível ajustar a posição do guidão e dos retrovisores para que a ergonomia fique de acordo com a estrutura e estatura do piloto.  Os retrovisores têm um ângulo de visão muito bom e como dá para jogá-los para frente, ajuda muito a diminuir a largura total da moto para andar no meio de tráfego.

O porta-objetos da frente é tudo! Lá eu carregava, além de câmera fotográfica, água, paninhos, ferramentas, biscoitos, capa de chuva, bonés, e ainda sobrava espaço!

Por inúmeras vezes tive que manobrar a moto e em nenhuma pedi auxílio.  A distribuição de peso faz com que ela seja muito fácil tanto de pilotar quanto de manobrar, mesmo com minhas malas em cima.  Ela pesa 206 kg e minhas malas pesavam aproxiadamente 50 kg mais.  O banco está a 83,1 cm do chão.

O para-brisa é supereficiente.  Há uma passagem de vento por baixo dele, amenizando o vento que bate no peito.

Com posição confortável e boa autonomia, fiz tiros de até 300 km sem parar.

O motor de 700 cmª com 52,5 cv e 6,4 kgf.m me deu força e torque suficientes para qualquer ultrapassagem em qualquer situação.  Em nenhum momento senti falta de motor.

Nos trechos em que peguei terra batida ela também foi bem.  Obviamente que em chão com muitas pedras soltas, ela escorrega, já que vem com rodas e pneus para serem utilizados em asfalto.

A suspensão respondeu muito bem, e mesmo sendo confortável, ela é firme.  Eu colocava a moto onde queria e da maneira que queria.  A dianteira é garfo telescópico, com 153,5 mm de curso e a traseira, mono-amortecida pro link, com 150 mm de curso.

Mas mais importante que o curso da suspensão, é o acerto do amortecedor.  Calibragem, tipo de óleo, acerto das válvulas.  Pude testar a suspensão também sem bagagem e nas ruas bastante onduladas de Manaus, e aprovei.

A média geral do consumo ficou em 25 km/l.  Lembro que eu estava sempre andando carregada, com um arrasto aerodinâmico maior que o habitual por causa das malas, subindo e descendo serra sempre e andando com o giro alto.  É uma excelente média para um motor de 700 cm³. Na minha mão, na cidade, faz 30-32 km/l.

A posição e consequente visibilidade do painel são ótimas, já que está bem na frente e você não precisa abaixar a cabeça para controlar velocidade, giro, etc…  A iluminação dele também é perfeita, do jeito que gosto: preto no branco.  Mesmo em uma serra muito fechada, desconhecida e à noite, vi todas as informações que queria, quando queria.

Da mesma forma, o farol foi eficiente, e já estava regulado para andar com mais peso.

Antes da viagem a Honda me avisou que esses pneus são projetados para durarem 5.000 km, mas eles chegaram inteiros.  Só um pouco quadrado devido a eu ter feito quase que a totalidade da viagem em retas.

A regulagem dos manetes, assim como as pastilhas de freio, praticamente não saíram do lugar.  O modelo que usei veio equipado com C-ABS e o pouco que gastei das pastilhas foi andando no trânsito pesado de Manaus.

Andei quase sempre por volta das 4.000 rpm, o que, na NC 700X, significa 130 km/h. E, para meu espanto, a relação chegou intacta.

O óleo de motor chegou limpo e completo.

Em nenhum momento o tirar das bagagens para abastecer, me incomodou.  Ao contrário, eu aproveitei estes momentos para mexer com o corpo depois de longos trechos na mesma posição, e para conversar com os curiosos à minha volta.  Foi melhor do que ficar me alongando sozinha em um canto.

Eu, particularmente, só senti falta de um marcador de temperatura.  Ela tem luz de alerta, mas não marcador.  Segundo a Honda, por ser um motor com a mesma tecnologia de um motor de carro, a temperatura se mantém constante sempre.  Ou ele aquece, e a luz espia acende, ou ele se mantém na temperatura ideal.  Mas em nenhum momento senti aquecimento do motor em minhas pernas.

O marcador de combustível  é que me pareceu instável.  São apenas 5 sistemas (tracinhos) que não são precisos quanto ao gasto do combustível.

Km final: 4846 km.

Veja aqui a apresentação e os detalhes técnicos da NC 700X.

Ah! Essa cor preta da NC 700X foi preparada exclusivamente para essa minha expedição e não está à venda.  As cores disponíveis são a branca e a vermelha.  =)

 

fonte: Google Maps


Dia 12: 20/02/2013. Rorainópolis – Manaus
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Suzane Carvalho

Na Linha do Equador

 Sim, 12° dia, pois na verdade eu saí de Manaus no dia 09 e não no dia 10.

Meu amigo Roberto Pupo Moreno me ensinara: “Em uma corrida, jamais pense que está na última volta.”  A mesma coisa em uma viagem: jamais pense que está no último trecho.  Para não relaxar e não abrir mão da segurança.  Assim como uma corrida só termina na bandeirada, uma viagem só termina quando você entra na garagem de casa.  Então, checar água do radiador, óleo do motor, folga e lubrificação da corrente, calibragem e luzes.  Colocar todo o equipamento pessoal, amarrar bem o capacete, botas, luvas grossas, e pé na estrada.  Sem descuidar da maneira de pilotar.

Estou feliz, emocionada e ansiosa, como em um último pit stop de uma corrida.

Antes de sair fui abastecer e entraram 11,83 litros de Supra.  Como rodei 303,2 km de Boa Vista a Rorainópolis, deu média de 25,62 km/l.

Uma coisa que me impressionou em Rorainópolis é que 100% dos motociclistas que vi estavam de capacete fechado.  E não são poucos.  Dá até a impressão de que lá tem mais motocicletas que carros.  A cidade é toda plana e a população é de aproximadamente 25.000 habitantes.

112 km depois de Rorainópolis em direção a Manaus tem um marco onde passa a Linha do Equador que divide a Terra nos hemisférios Norte e Sul.  Aqui a Latitude é 00.00°.  Sequer vi o marco na ida e o local está bem abandonado.  Não posso nem pensar em comparar com o marco do Meridiano de Greenwich, nos arredores de Londres, que marca a Longitude 00.00° dividindo a Terra em Ocidente e Oriente.  Lá é um local totalmente turístico.  Mas fica na cidade e não no meio da floresta, em terras indígenas, como nesse ponto da Linha do Equador.

São 13:30 e cheguei à entrada da Reserva Indígena Waimiri Atroari.  Dessa vez abasteci antes de passar por lá.  Deu 142,3 km até aqui.

Veja aqui um vídeo com a passagem por um trecho da reserva.

Até Presidente Figueiredo andei  mais 227,4 km e este será o último abastecimento da NC 700X.  Estou emocionada e conversei batente com a frentista.  Entraram 9,17 litros de Supra a R$ 3,22!  Média de 24,79 km/l.  Nesse trecho dei uma acelerada a mais e senti que com a nossa gasolina, devido ao etanol adicionado, a moto rendeu melhor.

De Presidente Figueiredo até Manaus deu 134.8 km.  De Rorainópolis a Manaus, 502.4 km.

Cheguei a Manaus e fui recebida pelo pessoal da Honda.  A moto estava com 4.777 km.

Comemoração e festa!  Tudo deu certo!  A viagem foi perfeita, a moto foi perfeita, não aconteceu nenhum imprevisto e os pequenos percalços do caminho serviram para dar mais emoção à aventura de ir de Manaus ao Mar do Caribe de motocicleta, e sozinha!  Sensação de corrida ganha. \o/

No próximo post, as conclusões e impressões finais.


Dia 10: 19/02/2013. Santa Elena de Uairén – Rorainópolis
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Suzane Carvalho

Pegando o caminho de volta

Os mosquitos daqui são mudos!  Você não os escuta, só sente.  Repelente, pra quê te quero!

De todas as coisas que eu trouxe, as únicas que não usei até agora foram as peças de reposição da NC 700X e os reparadores de pneus.  Que bom!

O café da manhã do Hotel Gran Sabana é pago.  Tenho ainda cereais e whey protein comigo, então pedi um suco, um pão com queijo e um café.

Estátua de Simon Bolívar no centro de Santa Elena de Uairén

De manhã cedo fui abastecer e aproveitei para dar uma última volta em Santa Elena de Uairén.  Tão logo saí me ofereceram para comprar 9 Bolívares por cada 1 Real.  Quando cheguei cambiei a 8.  O Bolívar já desvalorizou. Ou o real valorizou, já que agora a cidade está vazia e a oferta está menor.  E aqui na fronteira tudo é mais caro.  Em Puerto Ordaz troquei a 10.

Descobri mais a cidade que tem um comércio local bem forte.  A quantidade de lojas é tão grande que  me perguntei para quem eles vendem tanto, já que a população local é de apenas pouco mais de 30.000 habitantes.  Para os brasileiros, claro.  Como aqui tudo é muito mais barato, os brasileiros vêm de Manaus, de Boa Vista, de Rondônia e arredores para comprar roupas e revendê-las em suas cidades.  Acabei comprando uma vitamina  e incenso para mim.  Mais nada.

Tentei abastecer, mas nas bombas de abastecimento de gasolina sempre tem o pessoal do exército tomando conta.  Fui nos dois postos da cidade, mas não consegui.  E nas ruas as pessoas oferecem gasolina.  Desta vez resolvi não ir até Pacaraima para abastecer.

PEGANDO O CAMINHO DE VOLTA
Saí do hotel às 11:10 e cruzei a fronteira novamente sem ninguém me parar.  Mas eu parei para perguntar onde trocar meus bolívares por reais e me indicaram trocar na rua mesmo.  Desconfiada, vi um banco e fui até lá.  Eles disseram que eu tinha que trocar ou em frente ao posto de combustível ou em frente à rodoviária.  Ou seja: na rua.  Comprei os reais por 9,5 bolívares cada.  Perdi dinheiro, claro.  A gente perde quando compra e perde quando vende.  Faz parte.

Placa que indica a fronteira: no chão.

A placa que indica a fronteira do Brasil com a Venezuela fica assim mesmo: no chão.  Não é à toa que não vi quando passei a primeira vez.

12:25 min: tomando uma água de côco em Pacaraima e saindo para Rorainópolis.

Saindo de Pacaraima, é uma descida de serra e o asfalto ali está bem remendado.  Depois de aproximadamente 50 km começam as retas e o asfalto passa a ficar bom.

14:00 – parada na Oásis Lanchonete e Mercearia, aproximadamente 40 km antes de Boa Vista e comendo bolo de macaxeira e paçoca de castanha de caju que a moça do bar me deu.  Bom demais.

Cheguei a Boa Vista 14:45.  Rodei  231,3 km, 227,4 da fronteira onde abasteci.   Coloquei Supra e me assustei com o preço: R$ 3,03 o litro!  Na Venezuela era R$ 0,01.

As placas dos nossos índios são bem diferentes das dos índios venezuelanos.

Passei por Mucajaí e por Caracaraí.  Cheguei a Rorainópolis 18:16. 301,6 km do último abastecimento em Boa Vista.  De viagem deu 529.  Vim bem devagar neste último trecho, já que o por do sol estava lindo e aproveitei para fazer umas filmagens.

A cachoeira da piscina do Hotel Amazônia Palace me foi convidativa para uma hidromassagem.  Muito bom para relaxar.  O fato de, tudo até aqui, ter dado certo, e faltar apenas um trecho de 500 km estava me deixando ansiosa para chegar.