Blog da Suzane Carvalho

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Nova versão da Kawasaki Ninja ZX-6R está mais potente
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Suzane Carvalho

A nova ZX-6R 636 virá também na cor branca

A ZX-6R mudou e passou a se chamar ZX-6R 636, número que indica a cilindrada total do motor.

Apesar de vir com motor de maior cilindrada e mais potente, a Kawasaki desenvolveu o novo modelo para atender principalmente aos clientes que a utilizam para o lazer e para o uso urbano, que é onde  90% dos compradores e usuários da ZX-6R a utilizam.  O resultado foi uma moto mais dócil de pilotar sem ter deixado de lado a esportividade.

Outra coisa que a Kawasaki visionou, é que esta é uma moto adquirida também pelos clientes “top”, que optam por ela ao invés da  ZX-10R por ser mais fácil pilotar.  Então investiu mais em tecnologia e este passou a ser o modelo da marca que tem o maior índice de itens tecnológicos.

Ergonomicamente falando, o tanque ficou mais estreito para facilitar o encaixe das pernas, mas manteve o mesmo tamanho, comportando 17 litros de combustível.  Ela perdeu 5 mm no comprimento e no entre-eixos, ficando com 2.085 e 1.395 mm respectivamente.  O banco ficou 1,5 cm mais alto, a 83 cm do chão.  A altura e a largura se mantiveram as mesmas.

Como não deixou de ser uma esportiva, ganhou alguns toques da ZX-10R como a entrada de ar frontal.  O desenho de dois “Zs” opostos na lanterna traseira é o mesmo que está nos novos modelos da Kawasaki.

Tem embreagem deslizante (que deixa as trocas de marcha mais suaves), controle de tração em 3 diferentes níveis, além da opção de desligá-lo, novos amortecedores e ABS, e dois níveis de despejo de potência do motor, que só se diferenciam a partir de 5.000 rpm.  Em baixa rotação, em qualquer modo a potência é a mesma.

A suspensão dianteira é garfo invertido da Showa utilizando a tecnologia SFF-BP, que significa Separate Function Fork – Big Piston, que, como o nome diz, separa a função dos ajustes da suspensão pelas duas bengalas do garfo: enquanto no  lado direito se ajusta compressão e retorno, no lado esquerdo se ajusta a pré-carga.  O curso é de 120 mm.

Na suspensão traseira, o comprimento da mola aumentou de 190 para 215 mm.  O raio de alavanca do suporte dela aumentou, e com isso ela comprime mais facilmente.  O curso é de 134 mm.

O escapamento ganhou uma ligação a mais, entre os 2° e 3° tubos.  Outra modificação grande foi no desenho da ponteira do escapamento, que ficou menos bruto.

Visualmente, outra mudança foi na cor do motor, que deixou de ser preto.  Os retrovisores ficaram ligeiramente mais largos nas extremidades e os pneus ganharam novo desenho, mas mantiveram a mesma borracha.

O QUE MUDOU NO MOTOR
A cilindrada aumentou de 599 para 636 cc.  Para chegar a este número, foi aumentado o curso  do pistão, que aumentou 2,6 mm.  Como consequência, diversas adaptações tiveram que ser feitas: as bielas que tinham 14 mm  passaram a ter 16; o virabrequim ficou com o curso mais longo, o eixo-comando também teve que ser ligeiramente aumentado e o pistão, que mudou o desenho para que as válvulas não batam nele, está mais resistente.

Como resultado, maior torque, que foi de 6,8 kgf.m a 11.800 rpm para 7,2 kgf.m a 11.500 rpm.  A potência aumentou de 128 cv a 14.000 rpm para 131 cv a 13.500 rpm.  Com o RAM Air foi para 137 cv.  A ZX-6R fica com 134. A taxa de compressão, no entanto, diminuiu de 13,3 para 12.9:1.

O quadro perimetral em alumínio prensado também teve que ser adaptado  e o ângulo de cáster diminuiu de 24 para 23.5°.  Consequentemente, o trail diminuiu de 103 para 101 mm.  Ficou mais rápida de reação.

Apesar de estar mais confortável, a 1ª marcha ficou mais curta, para ganhar em esportividade nas arrancadas.

Ela ficou mais rápida, claro.  O tempo de sair da inércia e percorrer 400 metros baixou 0.2 s, conseguindo fazê-lo em 10,4 s.  Para quem acha pouco, isso equivale a 12,51 metros, ou 6 motos.

Os discos do freio dianteiro ganharam 10 mm passando para 310.  É uma pinça dupla de fixação radial com 4 pistões opostos.  Na traseira, o disco simples manteve os 220 mm e a pinça tem pistão simples de alumínio. As pinças, da Nissin, passaram a ser monobloco e mais leves.  Com isso o calor é dissipado mais rápido, deixando-o mais sensível mesmo quando muito exigido.

O sistema anti-bloqueio, chamado de KIBS (Kawasaki Inteligent Anti-lock Brake System), recebe informação de sensores espalhados pela moto para aplicar a pressão hidráulica correta.  O intervalo da liberação do travamento das rodas também está menor além de considerar o freio motor para calcular a pressão  exata.

O painel é dos mais completos.  O conta-giros se manteve analógico e tem também indicador de pilotagem econômica.

No final, a ZX-6R 636 ficou somente 1 kg mais pesada que a ZX-6R:  192 kg em ordem de marcha.  Com KIBS, ganha dois quilos.

Já está sendo distribuída para os concessionários.  Sem KIBS, tem nas cores verde e branca e custa R$ 49.990,00.  Com KIBS, só a verde e sai por 52.990,00.

A ZX-6R 2012 está custando R$ 43.990,00 e continuará à venda até acabarem os estoques, o que deverá abastecer o mercado até o final do ano que vem.

Tem como opcionais o amortecedor de direção, os sliders e o monoposto, ou seja, a pequena carenagem que fica no lugar do banco do carona.

 


Yamaha Fazer ganha versão Flex no modelo 2013, mas mantém a mesma potência
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Suzane Carvalho

A FAZER 250 BLUE FLEX 2013

“Blue” de “céu azul, natureza”.  “Flex” de “flexível”.
A Yamaha está lançando uma nova versão da Fazer 250, bicombustível.

O motor é o mesmo da versão a gasolina: monocilíndrico de 249 cc, com comando de válvulas simples no cabeçote, 4 tempos, potência de 21 cavalos a 8.000 rpm e torque de 2,1 kgf.m a 6.500 rpm com compressão de 9.8:1.  Segundo a fábrica, abastecida com álcool, com gasolina ou com qualquer mistura entre os dois, o desempenho é o mesmo.

O que mudou em relação ao modelo para ser abastecido somente a gasolina (mas que também é com injeção eletrônica e tem o mesmo bico injetor), foi o mapeamento do motor e a pressão da bomba de combustível.   Ganhou também um segundo filtro de combustível e uma entrada de ar a mais na carenagem lateral.  Alguns componentes como os da admissão receberam tratamento especial de níquel para proteção contra a corrosão provocada pelo etanol.   O pistão é forjado e o cilindro tem revestimento cerâmico.  Ela tem também o sistema PCV, que reaproveita o vapor gerado pelo aquecimento interno do motor que retorna para um reservatório na caixa do filtro de ar, voltando depois para o cárter por meio da válvula solenoide.

Em temperaturas abaixo de 5° centígrados, recomenda-se manter pelo menos 4 litros de gasolina no tanque.

Mesmo com outro mapeamento de motor, com gasolina, o consumo das duas versões é igual.  Com etanol, o consumo é de 20 a 30% maior.

O tanque de combustível tem capacidade para 19,2 litros (4,5 da reserva) e o consumo com gasolina é em média 26 km/l.  A autonomia da Fazer, com gasolina, é próxima dos 500 quilômetros.
Está sendo lançando também o óleo Yamalube, versão para etanol.

O design continuou o mesmo, com visual “invocadinho”.  Lanterna traseira em led, altura do banco é de 80,5 cm, rodas de liga leve como se fossem cinco raios, com 10 pontos de fixação, pneus Pirelli Sport Demon medidas 100/80/17 na frente e 130/70/17 atrás.  O freio dianteiro tem disco de 282 mm de diâmetro e pinça com dois êmbolos, e o traseiro, também disco de 220 mm de diâmetro.

O painel tem conta-giros analógico e mostrador em cristal líquido com velocímetro, hodômetro total e dois parciais, relógio, marcador de combustível e as luzes espia incluindo a do Blue Flex, que indica que não pode partir com a motocicleta enquanto ela estiver acesa.
O farol é multirefletor com lente em policarbonato facetado e tem lâmpada de 60 watts, um pouco mais potente que a maioria das motos, que costuma vir com lâmpada de 55 watts.
O chassi é do tipo berço duplo. A suspensão dianteira com barras de 37 mm de diâmetro tem protetores, enquanto a traseira é monoamortecida com 120 mm de curso e o link é por rolete.  Ela pesa só 154 kg.

A diferença de preço entre as duas versões é pequena: R$ 11.279,00 a versão somente a gasolina e R$ 11.690,00 a Blue Flex.  Tem nas cores preta e prata.  Na versão a gasolina que continuará a ser produzida e comercializada, tem ainda a vermelha.
A Yamaha quer vender 5.000 unidades da Fazer 250 Blue Flex até o final do ano, além de outras 10.000 da versão somente a gasolina, que até o final de junho, vendeu 13.562 unidades. Em 2011 foram vendidas 33.560 Fazer.

A queda na concessão de crédito dos últimos meses afetou as vendas de motocicletas de baixa cilindrada.  Mário Rocha, Diretor Comercial da fábrica, disse que “apesar do consumo de motocicletas ter caído no primeiro semestre deste ano, a empresa está investindo 50% a mais do que em 2011, e não mudará seus planos.”


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