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As lições que o esporte nos dá – MotoGP
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Suzane Carvalho

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Com pneus duros, Carl Crutchlow saiu da 15ª posição para ganhar a corrida

A capacidade de superar as dificuldades e de adaptação às adversidades engrandece o ser humano.  E melhor ainda é a felicidade de passar por elas com sucesso. Esse é um dos ensinamentos que o esporte nos dá.  Sem falar no desenvolvimento da competitividade e concentração.

Na 11ª etapa da MotoGP realizada hoje em Brno, na República Tcheca, vimos o inglês Carl Crutchlow sair da 15ª posição para ganhar a corrida com uma moto de uma equipe não oficial da Honda, a LCR, ultrapassando os campeões Marc Marquez, Valentino Rossi e as favoritas motos da Ducati.

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Marc Marquez, líder do campeonato, largou na pole com pneus macios, caiu para 5° e terminou em 3°

Para quem anda de moto, assistir a uma corrida da MotoGP é também lição de pilotagem. A largada se deu com piso molhado. As opções de acerto da suspensão das motos por parte de equipes e pilotos e a escolha do tipo de pneus a serem utilizados, faz parte da estratégia.  Se esta foi acertada ou não, só no decorrer da corrida saberão.  E aí que entra a adaptação às diferentes situações.  Conforme a pista vai secando, ou não, é preciso modificar o ponto de frenagem, a aceleração e o estilo de pilotagem, curva a curva, frenagem a frenagem.  É preciso sensibilidade e concentração.  E todos ficam preparados para o caso de uma mudança brusca do clima e da necessidade de se trocar de moto.  Mas para isso, a “nova moto” deverá ser calculadamente mais rápida que a anterior, pois terá que superar o tempo perdido na troca.

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Valentino Rossi largou em 6° e com pneu duro na traseira

Mudanças no regulamento da categoria para 2016, permitiram que as motos da Ducati e até da Suzuki passassem a também protagonizar as disputas pela ponta das corridas.

Valentino Rossi, o mais experiente do grid, largou hoje da segunda fila, na 6ª posição. Mas sua Yamaha, assim como a de seu companheiro Jorge Lorenzo, estava visivelmente com acerto para pista mais seca e na 7ª volta havia caído para a 13ª posição. Foi quando a pista começou a secar e então pode começar sua escalada até o 2° lugar, posição em que terminou a corrida.

Maverick Viñales está em lugar no campeonato, com a Suzuki

Maverick Viñales, que hoje largou em 5° e chegou em 9°,  está em 6° lugar no campeonato, com a Suzuki

Um dos ensinamentos de hoje, para os próprios pilotos como Marc Marquez e Valentino Rossi, que normalmente não admitem chegar em 2°, foi o quanto vale uma luta.  Ambos tiveram que lutar e se adaptar às condições da pista para chegar ao podium.  E foi bonito ver como vibraram absurdamente com as posições alcançadas e até pularam no podium. Segundo o próprio “Doutor” Rossi declarou após a corrida, a concentração foi fundamental para este resultado. Mais uma lição: como é bom conquistar algo pelo próprio mérito!

Há 35 anos um piloto inglês não chegava em primeiro, na Moto GP. Carl Crutchow, que largou em 15° com pneus duros, foi o responsável pela façanha. “Melhor sentimento do mundo é o que estou sentindo com o nascimento da minha primeira filha. Agradeço à equipe que se dedicou a recuperar a moto, que estava perfeita”. Sorte, astral e boa equipe fazem parte dos requisitos para que um piloto se torne campeão. E hoje Crutchlow foi o “sorteado”.

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Andrea Duvizioso, da Ducati, largou em segundo, liderou a corrida, mas não terminou. Está em 5° no campeonato.

O esporte desenvolve nos praticantes a capacidade de superar as dificuldades e melhor ainda: os faz sentir a felicidade por passar por elas com sucesso e entender o quanto é importante se dedicar e focar para alcançar um objetivo.

Confira o resultado da 11ª etapa da MotoGP realizada hoje em Brno, na República Tcheca, e a situação do campeonato.

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Rossi e Marquez, arquirivais na pista, se cumprimentam fora dela.

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Podium de hoje: Rossi, Crutchlow e marquez

Podium de hoje: Rossi, Crutchlow e Marquez


Fique por dentro do regulamento dos pneus na Fórmula 1
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Suzane Carvalho

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Novidades dos pneus da Pirelli para a Fórmula 1 em 2016

Em adição aos 4 tipos de pneus para pista seca que já existiam, sendo eles laranja (duro), branco (médio), amarelo (macio) e vermelho (supermacio) a Pirelli passou produzir também o o de composto ultramacio, de cor roxa.
Em cada corrida as equipes podem optar por três desses tipos de compostos para pista seca.

No final de semana de corrida, a Pirelli leva para cada carro, 20 jogos de pneus, sendo:
– 3 jogos de pneus para pista molhada
– 4 jogos do tipo intermediário
– 13 jogos para pista seca

Todos os pneus recebem um código de barras e a FIA distribui os pneus para as equipes, duas semanas antes de cada corrida.

A Pireli indica dois jogos que deverão obrigatoriamente serem usados por cada carro; sendo um de reserva. E mais um jogo, com um composto mais macio, para ser utilizado no Q3.

As equipes ficam livres para escolherem os outros 10 jogos a serem utilizados.

Cada piloto de uma mesma equipe pode fazer suas próprias escolhas.

Todos os pilotos devem utilizar no mínimo dois jogos de diferentes compostos para pista seca.
O regulamento para pista molhada não muda.

Assista abaixo a animação gráfica que a Pirelli produziu, explicando o regulamento.
Bem legal.  =)


Yamaha R1: tem que ter peito para acelerar!
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Suzane Carvalho

Fotos: Sylvio dos Santos Junior

ABS? Controle de tração?  Piloto que é piloto dispensa essas coisas.   Quer mesmo é  “meter a mão” e sentir a moto empurrar e empinar.

A R1 até tem três modos de mapeamento da injeção de combustível no motor:  forte, fortíssimo e mais forte ainda.  O curto curso do pistão, de 53,6 mm contra 77 mm de diâmetro, já anuncia que o giro do motor sobe rapidamente.
Andar abaixo de 3.000 giros, nem pensar.  Ela nem funciona direito.

A Yamaha YZF R1 foi  a moto Campeã  do Mundial de SuperBike de 2009 com o piloto Ben Spies.  A 2012 que testei  tem 182 cavalos a um giro um pouco alto, 12.500.  Mas é por lá que é bom andar com ela, e o torque de 11.78 kgf.m  está mais embaixo, a 10.000.  Ela corta a 13.500 e a taxa de compressão é de 12,7:1.


São quatro cilindros em linha que totalizam 998 cc, com quatro válvulas por cilindro e duplo comando no cabeçote.  O virabrequim é do tipo “Crossplane” que permite diferentes seqüências de ignição, nos 270º-180º-90º-180º.  A refrigeração é a água

Em 1ª marcha ela chega a 161 Km/h, em 2ª a 198 e em 3ª a 231.  Mas o que conta nessa moto não é a máxima em cada marcha, mas sim, a velocidade com que ela chega em cada uma, pois o giro do motor cresce muito rápido.

No final da reta do Autódromo de Jacarepaguá chegou a “apenas” 193 Km/h, mas em segunda marcha!  Na pista de testes chegou a 290 Km/h. Pena que a reta acabou.

É importante frisar que mesmo fazendo os testes das motos nas mesmas pistas, de forma nenhuma isso pode ser considerado um comparativo, já que ando em condições climáticas e de pista totalmente diferentes (sol, chuva, vento, pista emborrachada, pista suja, pneus diferentes, etc…).

A R1 sempre funciona por volta de 101 graus centígrados tanto na cidade quanto na estrada, e aos 104 a ventoinha arma.  No trânsito chegou a 116.

Ela tem um design bastante agressivo, e os dois escapamentos saindo para o alto reforçam essa imagem.  O rosnado que eles produzem é imponente, porém, como passam perto das pernas, aquecem um pouco se você não andar bem equipado.  Mas de macacão, e rápido na pista, não senti nada.  Há quem não goste do ronco dela e isso se resolve simplesmente trocando a ponteira do escapamento.  Eu gosto.

Sem combustível nem óleo, ela pesa 184 Kg.   De ponta a ponta mede 2 m 07 cm, tem 1 m 13 cm de altura e 71,5 cm de largura.  A distância entre eixos é de 1m 41cm, a altura mínima do solo de 13,5 cm.  A altura do banco é relativamente alta, pois ele fica a 83,5 cm do chão.

 O quadro é do tipo Die-cast Deltabox em alumínio.
A suspensão dianteira é garfo telescópico com forquilha invertida, com barras de 43mm de diâmetro e 120 mm de curso, com sistemas de amortecimento separados.  Na esquerda estão as válvulas de compressão, e à direita estão as válvulas de retorno.  Só na compressão são 34 regulagens.  O ângulo de cáster é de 24 º.  A suspensão traseira é braço oscilante com monoamortecedor, ambos ajustáveis.

Vem com pneus Dunlop Sport Max de medida 120/70/17 na dianteira e 190/55/17 na traseira.
Os freios são da Nissin com dois discos de 310 mm na dianteira e um de 220 mm na traseira.

Como peguei noite na estrada, pude testar os faróis, que são bons.  Tem duas luzes auxiliares laterais que se fossem em led ficariam mais charmosas.   A luz do painel é ótima e os retrovisores também.  São detalhes, mas são detalhes importantes, já que mesmo que você saia só para dar uma volta com a moto na estrada, pode pegar noite, como aconteceu comigo logo de cara.

 O painel é bem completo: tem a média do consumo instantânea ou geral, que pode ser em Km/l ou l/100km; temperatura do ar que entra e do ar que sai, ou seja, temperatura ambiente e a do motor que pode ser em Celsius ou Fahrenheit, relógio, dois odômetros parciais, 10 luzes espia e shift light.  Mas… marcador de combustível pra quê?

Como o consumo na estrada, segundo o computador de bordo, foi em média 10,5 Km/l, com os 18 litros de capacidade do tanque dá para rodar 180 quilômetros tranquilamente.  Mas como abastecer em posto de estrada é “loteria”…  Mais uma vez tive que empurrar a moto, e dessa vez, debaixo de chuva.   O pior é que eles estão sumindo de todas as motos.   Andando devagar, ela fez 12,74 Km/l.

Debaixo do banquinho do carona tem 4 tiras que ajudam a fixar qualquer coisa que você queira amarrar em cima dele (que não seja a namorada, claro).

Não esqueça de sempre conferir a calibragem quando sair com uma moto, pois basta que a moto fique um dia parada para que a pressão baixe.

Tem três cores: preta, azul e vermelha e é a mais cara das super esportivas sem ABS  à venda por aqui:  R$  57.000.

É um “pancadão”!  Foram 1.868 quilômetros em pista, cidade e estrada, inclusive à noite e com chuva.   Km final: 5210.  Após deixá-la de volta na concessionária, meu sentimento foi de saudades.


Teste da Kasinski Comet GT 650R em Interlagos
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Suzane Carvalho

 

Suzane Carvalho testa a Comet GT 650R em Interlagos

Testei a Kasinski Comet GT 650R totalmente original, em Interlagos.
O motor ainda estava amaciando, já que tinha apenas 200 Km rodados, e chegou a 196 Km/h no final da reta dos boxes e 186 no final da reta oposta.

Em breve publicarei o comportamento dela na pista, na estrada e nas ruas.


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