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Arquivo : super esportiva

Primeiro contato com a Honda CBR 1000RR 2012
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Suzane Carvalho

Completando 20 anos no mercado, a Fireblade ficou mais rápida e ainda mais suave de pilotar

Mesmo sendo um modelo superesportivo, a Honda sempre procurou fazer da Fireblade uma moto de fácil pilotagem para conquistar também os usuários comuns que não a utilizam apenas em autódromos.

Na comemoração dos 20 anos da superesportiva mais vendida no Brasil, a Honda lança um modelo mais tecnológico.  Ela manteve o mesmo chassi e mudou o design, mas as maiores alterações foram eletrônicas.

DESIGN
Teve uma pequena mudança no corte da carenagem lateral para melhorar a passagem do ar e, consequentemente, a aerodinâmica, e também a refrigeração.   Procurou-se aliviar peso das extremidades e concentrar mais a massa próximo do centro de gravidade.  As rodas de alumínio, por exemplo, são mais rígidas, porém mais leves, e deixaram de ser de três pontos passando a ter o peso distribuído em 12 pontos, diminuindo assim o efeito giroscópico.  Rabeta e protetor de motor também mudaram, e o desenho dos faróis ficou mais agressivo.

MOTOR
O motor teve pouca alteração mecânica, mas bastante eletrônica.  É o mesmo quatro cilindros em linha de 998 cm3, 16 válvulas e duplo comando no cabeçote.  Manteve também a mesma potência de 178,1 cavalos a 12.000 rpm,  torque de 11,4 Kgf.m a 8.500 rpm e compressão de 12,3:1.  O que mudou foi a maneira como essa potência é despejada.

O mapa da injeção PGM-DSFI foi reprogramado para que o torque seja distribuído de forma mais linear em médias rotações, diminuindo o buraco que havia por volta dos 5.500 rpm.  Segundo a Honda, com isso houve também melhora no consumo de combustível e consequentemente, na autonomia.
São dois injetores por cilindro. O primeiro injetor que está logo depois do corpo de borboletas, trabalha sozinho até que o motor atinja 5.500 rpm. A partir daí, os injetores superiores passam a também jogar o combustível no cilindro, desde que o acelerador esteja no mínimo ¼ aberto, para que o sistema não funcione no caso do uso de freio motor.  Com isso, a Centralina ECM também foi reprogramada.

O sistema de arrefecimento ganhou uma segunda ventoinha que passa a funcionar a partir de 106 graus centígrados (a primeira, e maior, funciona a partir de 102) e voltam a desligar quando o motor atinge 92 graus..  Com uma refrigeração mais eficiente, o motor entrega energia sem dissipação, e quanto menos perda da energia por calor, melhor o aproveitamento da potência do motor.

A embreagem é deslizante e foi desenvolvida para a equipe Honda na Moto GP.  A função é reduzir o tranco da roda traseira nas reduções fortes com freio motor.  Ela é como se fosse bi-partida. No lado interno, que é utilizado para transmitir a força do motor para a transmissão, os dentes são retos e a energia é transmitida 100%  de uma vez.  Do outro lado, na parte externa, a parte utilizada em desaceleração, o dente é inclinado, o que faz com que haja um deslizamento, aliviando a energia bruta e fazendo o movimento da roda ser mais suave em uma reduções mais rápidas,  evitando o travamento.

Outra coisa que ajuda a CBR 1000RR a ser uma moto de fácil pilotagem, é o sistema de escapamento.  O caminho dos gases em baixa rotação é mais longo do que em alta, para manter o motor cheio.  A partir de 4.000 rpm uma primeira válvula é aberta mecanicamente e os gases são desviados, fazendo um caminho mais curto.  A partir de 7.000, uma segunda válvula abre, encurtando ainda mais o caminho e  a liberação do torque é total. É quando o orifício superior do escape é utilizado.  Esse controle também é feito eletronicamente.

O amortecedor de direção deixou de ter a regulagem manual e passou a ser automáticamente variável.  Ele atua hidraulicamente em baixa velocidade e a partir de 50 km/h o sistema é bloqueado eletronicamente e a direção fica mais rígida de forma progressiva, de acordo com a velocidade.  O nome é HESD, Honda Eletronic Steering Dumping.

SUSPENSÃO
Os smortecedores são da Showa.  A suspensão dianteira, de garfo telescópico invertido,  tem 120 mm de curso e recebeu o sistema BPF (Big Piston Fork) que melhora a eficiência hidráulica na atuação do amortecedor suavizando as reações e o comportamento dele, porém, deixando-o firme para manter a estabilidade, principalmente em entrada de curvas após frenagens fortes.  Isso é feito através do ajuste da passagem do óleo entre as válvulas.  Tem ajuste da precarga da mola, que é feito na parte superior do garfo, e de velocidade de compressão e do retorno do amortecedor (bump ou rebound)

A suspensão traseira é Unit Prolink, em que o amortecedor é fixado na balança, e não no chassi para que ele não transmita para o quadro as irregularidades do asfalto.  Para andar em estradas de piso ruim, isso é bom.  O amortecedor traseiro recebeu ainda um tubo interno para melhorar a tração e o grip do pneu em relação ao solo.  Ela tem 138 mm de curso.

FREIOS
Na dianteira, discos duplos flutuantes com 320 mm de diâmetro e cáliper de quatro pistões.  Na traseira, disco simples com 220 mm e cáliper de pistão simples.
A versão com Combined ABS ganhou um ajuste para o uso em uma pilotagem esportiva. Ele é diferente do C-ABS das motos fabricadas aqui no Brasil que funciona distribuindo a força de frenagem de forma hidráulica enquanto que nas importadas 600 RR e 1000RR essa distribuição é feita eletronicamente.  São seis sensores que medem a pressão da frenagem eletronicamente e começam a distribuir essa força a partir de 0.05 Mpa.

PAINEL
Ganhou tudo o que faltava.  Agora é totalmente digital com mostrador em LCD.
O tacômetro (conta-giros) é por barras, tem shift light regulável, velocímetro digital, Indicador de marcha, relógio, hodômetro total e um parcial, temperatura, 10 luzes espia, cronômetro e contador de voltas.  Para pegar seu tempo de volta na pista, o botão é o mesmo da partida elétrica.  A cor da luz é regulável.
Não tem marcador de combustível, apenas a luz que indica quando entra na reserva (e o começo do meu desespero, pois quando vejo esta luz, fico sem saber há quantos quilômetros ela já está acesa).  Segundo a Honda, a razão principal para não ter um marcador de combustível nas superesportivas é a necessidade de se aliviar peso e espaço, pois uma bóia ocupa muito espaço dentro do tanque de combustível.

O tanque comporta 17,7 litros de combustível.
As dimensões também foram um pouco alteradas.  O entre-eixos que era de 137.5 cm foi para 140.7.  E isso reflete na estabilidade, melhorando ainda mais.  Está medindo 2,075 m por 68,5 cm e 1,135 m de altura.  O banco está a 82 cm do chão.

A moto é importada do Japão.
A versão sem ABS tem nas cores banca e preta e custa R$ 56.900,00 .  Com C-ABS, custa R$ 62.900,00 e tem nas cores branca, preta e vermelha.

As sete gerações da Fireblade, desde 1982

VEJA AQUI uma galeria de fotos completa da Honda CBR 1000RR Fireblade 2012.


Com 200 cavalos bem adestrados, a Kawasaki ZX-10R 2012 está próxima da perfeição
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Suzane Carvalho

 FOTOS: SYLVIO DOS SANTOS JR

Quando peguei a ZX-10R para testar, me avisaram que o tanque estava cheio.  Saí da concessionária e pensei: “será que está mesmo???”, pois achei a moto leve demais.  E foi essa a impressão durante todo o teste.  Bem diferente do modelo 2010 que eu havia testado ( VEJA AQUI), ela ficou mais leve, mudou o visual e ganhou tecnologia.  Mudou para melhor, com certeza.

O tanque está bem mais estreito na região em que as pernas ficam encostadas nele e fiquei perfeitamente encaixada, fazendo parte da moto.  Em se tratando de aerodinâmica, 1 mm faz diferença.   No guidão, é possível regular a alavanca do freio dianteiro em seis posições para se adequar ao tamanho da sua mão.

Ela perdeu 10 Kg e ficou com 198. Mudou o quadro e o banco ficou 1,7 cm mais baixo. A distância mínima do solo todavia, aumentou em 1 cm: era 12,5 foi para 13,5.  A distância entre eixos também aumentou em 1 cm, de 141,5 para 142,5.

A suspensão também mudou.  O curso da dianteira continuou os mesmos 120 mm mas o da traseira foi de 125 para 140 mm.

Eletronicamente, ganhou regulagem do despejo de potência do motor, controle de tração e ABS.

MOTOR
4 tempos, 4 cilindros em linha, DOHC (duplo comando de válvulas no cabeçote), 16 válvulas com 998 cc.  Tem potência de 200,1 cavalos a 13.000 rpm e torque de 11,4 Kgf.m a 11.500 giros.  A relação diâmetro x curso do pistão é de 76 x 55 mm.  Curso menor que o diâmetro, giro que sobe mais rápido.  A ignição é feita na ordem 1-2-4-3.

Em primeira marcha chega a 166 Km/h, em segunda, 210. A velocidade final na reta do Autódromo de Jacarepaguá foi de 220 Km/h em 3ª marcha.

Tem três modos de despejo da potência do motor: F (Full), M (Medium) e L (Low).  No modo “Low”, além da resposta do acelerador ser mais suave, apenas 60% da potência é utilizada.  Só dá para mudar o modo, que é rotativo, com o acelerador todo fechado.  Se você desligar a moto, sua regulagem é memorizada pelo sistema.  Mesmo no modo “Full”, só depois dos 7500 rpm é que ela ganha um impulso maior.

O controle de tração chamado de S-KTRC (Sport Kawasaki Tracion Control) retarda a aceleração em relação ao movimento que você faz na manopla do acelerador.  Para quem não tem muita sensibilidade, é importante, principalmente na chuva.  Tem três níveis de controle.  Você pode optar também por deixá-lo desligado.  O modo “3” é o que controla mais, indicado para piso molhado.  Só pode ser regulado com o acelerador fechado, e para desliga-lo, somente com a moto parada.  Mas é possível passar para o modo “1” com a moto em movimento.  Sempre que a moto é ligada, ela vai automaticamente para o “1”.

Comparando com o modelo 2010, a caixa de câmbio também mudou: 4ª, 5ª e 6ª marchas ficaram um pouco mais curtas, o que achei positivo.

A temperatura do motor ficou sempre por volta dos 98º tanto no trânsito quanto na estrada.  Na pista ficou nos 85°.  O dia estava frio, úmido e com vento.

SUSPENSÃO
Logo que saí com a moto, achei-a bastante confortável.  Quando acertada para a cidade (mais mole) absorve bem os solavancos dos remendos de asfalto.  Já na pista, endureci mola, amortecedores e amortecedor de direção (que tem 18 cliques), e ela passou a responder e fazer curvas mais rápido.

A dianteira é garfo invertido com 43 mm de compressão.  O ajuste de pré-carga é feito na parte inferior do garfo em 15 voltas do parafuso.  Já os ajustes de compressão e retorno dos amortecedores são feitos na parte superior do garfo, em dois parafusos separados, que dão até 7 voltas.

A suspensão traseira é Back-link horizontal.  O amortecedor e o link ficam sobre a balança.  O ajuste da pré-carga da mola já é mais complicado de fazer.  Mexi só no amortecedor.  A compressão pode ajustar separadamente para baixa e alta velocidade e ficam no reservatório de gás.  São 5 voltas para cada.  Bem interessante, pois no final da reta tem uma curva de alta e eu quis que a moto mergulhasse menos.  Já na Curva da Vitória, de baixa velocidade vinda de uma freada forte, eu quis que ela mergulhasse mais.  O ajusto do retorno fica em cima do amortecedor e tem 3 voltas.

O ângulo de cáster é de 25° com 107 mm de trail. O quadro é do tipo viga dupla em alumínio fundido e vem com pneus Bridgestone Batlax 120/70ZR17M/C na dianteira e 190/55ZR17M/C na traseira.

FREIO
Na frente, disco duplo de 310 mm em formato margarida, pinça dupla de fixação radial com 4 pistões opostos de alumínio.  Atrás, disco simples de 220 mm também em formato margarida e pinça com pistão simples de alumínio.
O ABS é muito bem regulado e cumpre perfeitamente o papel, já que ele só atua quando a roda está realmente prestes a travar.

CONSUMO
Claro que dependendo da forma que acelerei, o consumo mudou, mas a minha marcação nunca bateu com a do computador, mesmo zerando o consumo quando abastecia.  O tanque tem 17 litros.

Km rodados

litros

média

Média computador

$

GASOLINA

LOCAL

865

 —— —— —— —— —— —— ——

1086

221

14,37

15,37

14,28

43,68

SUPRA

estrada

1313

227

12,8

17,73

14,92

39,03

IPIR AD

cidade

1478

165

15,52

10,63

——

44,99

MAXX

pista

1684

206

17,00

12,11

——

50,83

IPIR AD

pista

1826

142

9,67

14,68

17,24

29,01

SUPRA

estrada

2105

279

13,76+4,0

15,70

——

51,00

SUPRA

cidade

 Km final: 2231 Km

NO AUTÓDROMO
Andei quase 200 Km dentro do Autódromo de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, e pude experimentar bem a calibragem.  33/42, 34/40 e 30/35.  Depois voltei para os 36/42 recomendados pela fábrica.

Acho que cada piloto deve achar a sua calibragem de acordo com o grip do asfalto no dia e seu estilo de pilotagem.  Eu prefiro a moto mais solta e ágil do que pregada no chão, mesmo com o acerto de suspensão já duro.  Mas assim ela se torma muito mais sensível.

PAINEL
É bonito e completo.  Tem sensor de iluminação ambiente, intensidade da luz regulável e ajuste de brilho.  A leitura do digital preto com a luz branca é bastante fácil.

Tem relógio, indicador de marcha, indicador do modo de despejo da potência no motor, do modo de tração, hodômetro total e dois parciais, consumo instantâneo e médio que podem ser km/l ou l/100 km  ou em galão, e você pode determinar o trecho,

O cronômetro é bastante fácil de usar para pegar sua volta, pois fica no botão do lampejador do farol alto. A minha no Autódromo de Jacarepaguá foi 1:27:00  Tem memória de 99 voltas e marca também o número de voltas e o tempo total que você andou.

Temperatura do motor e do ar que entra nele, pode ser em °c ou F.

O conta-giros (tacômetro) é bonito, tem indicador de mudança de marcha que pode ser regulado entre 9.500 e 14.000 rpm.  As luzes dos segmentos ficam piscando para te indicar a hora de mudar. Cada tracinho representa 250 giros.  Eu achei um pouco impreciso, pois gosto de saber o giro exato.   Você pode também configurar entre três velocidade diferentes para as luzes piscarem.  Elas vão mudando de cor conforme sobe o giro: branco, amarelo, laranja, vermelho.

Achei legal que o indicador de marchas e o de velocidade podem trocar de lugar no painel para que na pista você visualize melhor a marcha, e na rua, a velocidade.

Eu estava testando no Autódromo de Jacarepaguá quando a luz da reserva de combustível acendeu.  Aproveitei os últimos minutos do treino e quando fui para o posto abastecer… fiquei à pé mais uma vez.  Ela não tem marcador de combustível nem pisca alerta, que considero muito importante para andar no corredor, na chuva, ou para uma parada de emergência na estrada.

Tenho tido a impressão de que as fábricas estão em dúvida, se colocam velocidade e giro do motor em digital ou analógico, pois as vejo trocando constantemente.

Ah! Até deu para amarrar minha malinha.

VEJA AQUI o vídeo de uma volta com a ZX-10R no Autódromo de Jacarepaguá.

DICAS:
A Kawasaki aconselha o amaciamento do motor por 1.600 Km, não passando de 4.000 rpm nos primeiros 800 e de 5.000 rpm até os 1.600.  Explico: principalmente em veículo de alto desempenho, a folga entre o pistão e o cilindro praticamente inexiste.   Quando eles aquecem, o material com que é fabricado os pistões e os cilindros se dilata, fazendo com que a fricção entre os dois seja ainda maior.  Se você subir muito o giro o motor vai aquecer mais e existe o risco de “colar” o pistão no cilindro.  Mesmo que isso não ocorra, ele pode criar ranhuras que podem prejudicar o desempenho do motor.  Com a fricção, pode também ocorrer o esmerilhamento nas duas peças, fazendo diminuir a compressão.

– sempre que ligar a moto, mesmo que o motor já esteja quente, espere por 2 ou 3 minutos antes de sair com ela para que dê tempo de o óleo lubrificar todas as partes.

– se colocar pneus novos que não sejam  do tipo Racing, amacie-os para que ele tire todo o “brilho” e atinja a camada do grip ideal. Isso é simples: é só você ir subindo o giro cada vez mais rápido, gradativamente, e inclinar a moto um pouco mais a cada curva.

– não use capacete somente para cumprir lei, use-o para se proteger.  A qualidade da viseira é imprescindível, já que uma lente de má qualidade faz com que você não tenha a exata noção da profundidade.


Com 210 cavalos e torque de 16,6 kgf.m, ZX-14R chega para brigar com a Hayabusa
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Suzane Carvalho

 Fotos: Suzane Carvalho

Na segunda quinzena de junho chega finalmente às concessionárias do Brasil, a Kawasaki Ninja ZX-14R, que já está disponível na Europa desde outubro do ano passado.


Montada em Manaus, a moto “top” de linha da Kawasaki ganhou a letra “R” em sua nomenclatura para não deixar dúvidas de sua tendência esportiva.

O modelo 2013 tem novo motor, novo escapamento, rodas, banco, pneus com desenho diferente e modificações no design.

Com 4 cilindros, 16 válvulas e duplo comando no cabeçote, o motor ganhou 89 cc.  Passou dos atuais 1.352 cc para 1.441 cc,  pois tem biela 4 mm maior (ops! tem gente que não gosta que eu fale o tamanho da biela).  Ganhou pistões forjados e mais leves, válvulas e janelas de admissão maiores.  Eixo e corrente de comando, virabrequim e filtro de ar também sofreram alterações.  A compressão também é um pouco maior: passou dos 12,0:1 para 12,3:1.

Para aguentar os 210 cavalos (original, sem o RAM air, fica com 200) o chassi teve sua rigidez aumentada e parte do que era em plástico passou a ser de alumínio fundido.  A moto ficou aproximadamente 15 Kg mais pesada.

As molas dianteira e traseira são mais duras que do modelo anterior.  O ângulo de cáster continuou o mesmo, em 23°/93 mm e o curso das suspensões também: 117 mm na frente e 124 mm atrás.  Compressão e retorno dos amortecedores e pré-carga das molas são ajustáveis.

 

O freio dianteiro é disco duplo de 310 mm com pinça dupla de fixação radial com 4 pistões opostos.  Na traseira, disco simples de 250 mm e pinça com 2 pistões opostos.

A distância entre eixos da moto tem 1.48 m e a altura mínima do solo é de 12,5 cm.  O banco fica a 80 cm do chão e o tanque tem capacidade para 22 litros.

Ela tem três modos de controle de tração, que pode também ser deligado, e dois modos de despejo de potência: Full ou Low.

 

Tem duas cores: Golden Blazed Green e Metallic Spark Black.  O preço é de R$ 56.990,00 a sem ABS, e a versão com ABS, 60.990,00.

As unidades do modelo 2011 que estão nas lojas continuarão a ser vendidas normalmente até terminarem os estoques.

 


Honda apresenta sua Super Esportiva de 250 cm³
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Suzane Carvalho

Mais uma esportiva de pequena cilindrada chega ao mercado para concorrer com a Kawasaki Ninja 250R (15.550,00), com a Kasinski Comet GT 250R (14.990,00) e com a Dafra Roadwin 250R (12.490,00): é a Honda CBR 250R, que custará R$ 15.490,00.
Ela tem porte de moto grande, com tanque alto, e engana facilmente quem não entende muito do assunto.

Com visual futurista e atrativo, ela foi inspirada na CBR 1000RR mas seu desing mistura traços da VFR 1200F.  A pintura da carenagem também lembra a da “HRC” da Fireblade.  O desenho do escape, do farol, e a carenagem em dupla camada e praticamente sem parafusos aparentes, foram herdados da VFR 1200F.  Essa carenagem dupla cria um fluxo de ar interno que proporciona melhor aerodinâmica e estabilidade em altas velocidades.  A CBR 250R faz parte de um projeto chamado de “New Concept ¼ litro” e é um modelo global da Honda.

O desenho do painel acompanha o do farol e é bem completo e moderno.  As alças para o garupa se segurar são em alumínio e retas, e os retrovisores são ótimos!  Além de lentes boas e de bom tamanho (nem grande, nem pequeno), ficam bem à frente e não é preciso mexer a cabeça para olhá-los, mesmo andando “carenada”.  Ela é muito bonitinha!

O motor é monocilíndrico com 249,6 cm³, DOHC (duplo comando de válvulas no cabeçote), 4 válvulas, com balancins roletados, pistão com contra-peso e refrigerado a água.  Os balancins roletados ajudam a diminuir a vibração, pois suaviza a abertura e fechamento das válvulas, que abrem de duas em duas.  O contra-peso na parte inferior do pistão também visa diminuir a vibração.  Este é o primeiro motor DOHC no mundo a utilizar balancins roletados.

A potência é de 26,4 cv a 8.500 rpm, o torque é de 2,34 kgf.m a 7.000 rpm e a taxa de compressão 10,7:1.   A relação diâmetro x curso do pistão é 76x 55 mm e a moto pesa 150 kg.

Ele tem uma boa pegada e uma das razões é a entrada de ar que é direta, então o motor enche rapidamente.  A saída também tem apenas três curvas com ângulo aberto, o que ajuda a aumentar a velocidade de circulação dos gases.

A injeção é eletrônica PGMFI e diminui o tempo entre a ignição e a injeção.

7 sensores são controlados pela centralina ECM (Engine Control Management): temperatura do ar, posição da borboleta do acelerador, admissão, temperatura do óleo, temperatura do ar, rotação em que o motor está e mais o sensor de inclinação que corta a alimentação caso a moto tombe.

Para diminuir a poluição, no escapamento existe uma válvula que transforma o monóxido de carbono em CO2, que por sua vez passará pelo catalisador e atende às exigências do Euro 3 .

O motor corta a 10.500 rpm e ela tem seis marchas.  As velocidades máximas que alcancei em cada uma delas foram as seguintes:
1ª – 52 Km/h
2ª  – 82 Km/h
3ª – 112 Km/h
4ª – 132 Km/h
5ª – 157 Km/h
6ª – 169 Km/h

O tanque de combustível tem capacidade para 13 litros sendo 3,5 da reserva e a bomba fica dentro dele.

Apesar de a Honda ter classificado a 250R como “super esportiva de entrada” (Super Sport Entry), ela não tem uma posição de pilotagem “racing”, mas mais ereta.  A grande maioria dos compradores desta esportiva a usarão nas ruas e estradas, por isso a Honda optou por uma calibragem de suspensão mais mole e posição mais confortável.  A traseira é pro-link com 104 mm de curso, e a mola tem 5 regulagens de pré-carga.  Na dianteira, garfo telescópico, com 130 mm de curso.  São dois semi-guidões e as pedaleiras são recuadas para forçar o estilo esportivo.

Além da pista de testes, andei com ela também na cidade, e tem uma pilotagem bastante fácil. Ela mede 2,03 metros, tem 1,127 m de altura,  70,9 cm de largura e o entre-eixos é de 1,37 m.  O banco fica a 78,4 cm do chão e a distância mínima do solo é de 14,5 cm.

Os pneus são bem largos e vêm montados em rodas de liga leve aro 17” com a medida 110/70 na dianteira e 140/70 na traseira.
O chassi é do tipo Diamond frame de estrutura tubular com treliças .

O freio dianteiro é disco único de 296 mm de diâmetro com pinça de pistão duplo e o traseiro, disco simples de 220 mm de diâmetro com pinça de pistão simples.  Tem opção de Combined ABS, que além de evitar o travamento das rodas, distribui a frenagem entre elas.

As cores disponíveis são essas duas que estão nas fotos: toda preta, e azul com carenagem branca com detalhes em vermelho, parecida com a CBR 1000 RR HRC.

A versão com C-ABS ganha 4 quilos e custa R$ 2.500 a mais.  Mas só tem na cor azul com carenagem branca.

Esse é um modelo global da Honda. O mesmo que é comercializado no Japão, nos Estados Unidos e várias partes do mundo.  A que será vendida aqui está sendo importada da Tailândia e passou por ajustes na suspensão, que ficou mais dura para se adaptar ao nosso solo, e, obviamente no mapeamento do motor para se adaptar bem ao nosso combustível.

A Kawasaki vende aproximadamente 350 unidades da “Ninjinha” 250 R por mês, e a Kasinski vende por volta de 600 Comet 250R.  A Honda quer vender mais de 800 CBR 250R.

Até o final do ano, a Moto Honda lançará ainda seis novos modelos de motocicletas e atualizará outros seis.

CLIQUE AQUI para ver uma galeria de fotos com todos os ângulos da CBR 250R.


“Yamaha R1 GP 1000” é a mais nova categoria de Motovelocidade do Brasil
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Suzane Carvalho

 Surpreendendo os amantes de velocidade, o anúncio da Yamaha R1 GP 1000, nova categoria de competição de motos do Brasil, feito ontem, dia 11 de abril, pela RM Racing Events movimentou os bastidores das duas rodas.

Como já estamos no início do segundo trimestre, os pilotos que têm patrocínio já estão comprometidos com outros campeonatos.  Como então conseguir pilotos para correr em uma nova categoria?  A Yamaha realizou um pacote de atrativos que ficará difícil algum piloto resistir.

Para começar, o grid será formado por 14 pilotos convidados que correrão todo o campeonato.  A moto, uma R1, modelo 2013, será cedida aos pilotos em forma de comodato.  A inscrição terá um valor simbólico de R$ 100,00 e todos os que completarem as provas ganharão prêmios.  O vencedor embolsará R$ 3.000,00, o segundo R$ 2.000, o terceiro, 1.500, do 4º ao 10º , R$ 1.000,00, e os outros, 800 reais.  O dono da volta mais rápida ganhará ainda um jogo de pneus Pirelli Super Corsa, mesmo modelo que será utilizado por todos. Ao final da temporada, os pilotos terão opção de comprar as motos com que correram.

Serão seis etapas nos autódromos de Londrina, Brasília, Curitiba, São Paulo, Goiânia e Velopark e o piloto campeão ganhará ainda uma R1 zero quilômetro.  A primeira etapa será no dia 03 de junho e fará parte do Racing Festival, evento que reúne ainda a Copa Fiat e a Fórmula Futuro.

O anúncio da volta da Yamaha à motovelocidade brasileira, foi feito no Spaço Quata, em São Paulo, em festa que reuniu pilotos, empresários, organizadores e imprensa, e apenas 3 dias após a vitória da R1 no campeonato mundial Moto GP através de Jorge Lorenzo, piloto oficial da Yamaha.

O presidente da Yamaha do Brasil, Shigeo Hayakawa, estava presente e disse que a empresa esteve “adormecida”, mas que acordou e voltará a crescer de forma gradativa e consistente, pois o buraco entre a líder de vendas no país (a Honda, com 78,8% do mercado) e eles é muito grande, já que em 2011 a Yamaha teve 11,85% das motos emplacadas no Brasil.

Mário Rocha , Diretor Comercial da empresa, ressaltou os investimentos que tem sido feito no esporte com a Equipe de 9 pilotos que disputam o Arena Cross, a Super Liga e o Campeonato Brasileiro de Motocross.

O regulamento final da Yamaha R1 GP 1000 ainda não está pronto, mas já está definido que os motores serão originais de 182 cavalos e será permitido apenas a troca da ponteira dos escapamentos, que será igual para todos, e da suspensão.

Na lista de pilotos convidados aparecem nomes que fazem parte da história do motociclismo brasileiro como Adílson Cajuru, César Barros e Cristiano Vieira, e nomes de jovens promessas, incluindo o meu. =)

MEU TESTE COM A R1 EM JACAREPAGUÁ


Teste da Kasinski Comet GT 650R em Interlagos
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Suzane Carvalho

 

Suzane Carvalho testa a Comet GT 650R em Interlagos

Testei a Kasinski Comet GT 650R totalmente original, em Interlagos.
O motor ainda estava amaciando, já que tinha apenas 200 Km rodados, e chegou a 196 Km/h no final da reta dos boxes e 186 no final da reta oposta.

Em breve publicarei o comportamento dela na pista, na estrada e nas ruas.


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