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Honda lança a trail urbana XRE 190, irmã mais nova da XRE 300
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Suzane Carvalho

Fotos: Caio Mattos / Digital da Lata

Nova Honda XRE 190

Nova Honda XRE 190

Nessa a Honda surpreendeu. Como a nova XRE 190 é um lançamento exclusivo para o Brasil, nunca havíamos visto qualquer imagem da moto antes de seu lançamento.
Desenvolvida no Centro de Desenvolvimento e Tecnologia da Honda, em Manaus, foi fabricada pensando no consumidor brasileiro e nas cidades e estradas de nosso país  (remendadas e esburacadas).  A Honda está classificando este novo lançamento como uma “Trail Urbana”.  Claro que poderá também exportá-la, principalmente para os países do Mercosul.
Além de atender a um público que está cada vez mais adquirindo modelos “trail”, inclusive os proprietários de pequenas “street” com as “CG”, o lançamento da Honda quer pegar também quem quer um modelo um pouco mais sofisticado que a Bros, incluindo aqueles que estão adquirindo a concorrente da Yamaha, Crosser.

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A gente sabia da preparação de uma família “on-off”, mas esperávamos um lançamento com a motorização acima de 300 cc, a não abaixo.  Essa família ficará maior com a chegada da Africa Twin, que tem motor de 1.000 cc.

Vou direto à conclusão: ela é “perfeitinha”!  Não há o que reclamar.  Cumpre perfeitamente o papel a que se propõe.  Fácil e leve de guiar, excelente ergonomia, ronco do motor macio, aceleração boa, muito boa frenagem.  A única coisa que faltou, foi o sensor do descanso, que corta o motor quando ele está abaixado, para evitar que o motociclista saia andando com ele assim, e não caia.

O motor tem exatos 184,4 cc, é monocilíndrico, 4 tempos, duas válvulas e refrigerado a ar.  Tem potência máxima de 16,4 cv a 8.500 rpm  e torque máximo de 1,66 kgf.m a 6.000 rpm.  No painel, que é totalmente digital e com computador de bordo, quase igual aos da família 500, tem conta-giros que vai até 11.000 rpm, mas ela corta a 9.500, o que dá uma boa folga, podendo aproveitar o máximo desempenho do motor sem ter que esgoelá-la, pois o torque máximo, que é de 1,66 kgf.m, está em 6.000 rpm.  Tudo isso com etanol, mas com gasolina perde apenas 0,1 cv e 0,01 kgf.m.

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Tem balancins roletados e sistema balanceiro, para diminuir a vibração do motor.  Tem também partida elétrica, injeção eletrônica PGMFI.

O tanque tem bom tamanho, com capacidade para 13,5 litros.
O banco está a 83,6 cm do chão, mas não chega a ser alto, pois além de não ser largo, a moto abaixa bastante quando sentamos.  A altura mínima do solo é de 24,1 cm, o que indica que podemos transpor obstáculos sem dificuldades.
O entre-eixos é de 1.358 mm.
Dimensõs comprimento x largura x altura: 2,075 m x 82,1 cm x 1,18 m.
O chassi é em aço do tipo berço duplo.  O motor não faz parte da estrutura, mas fica encaixado nele.  O peso total dela, sem combustível nem óleos, é de 127 kg.

SUSPENSÃO
Na dianteira, garfo telescópico com curso de amortecedor de 160 mm.  Na traseira, mono shock com curso de 150 mm.

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ABS de 1 canal, somente na frente, é novidade

Os freios são a disco com 240 mm de diâmetro na frente e 220 mm atrás.  E aqui a novidade: é a primeira moto de baixa cilindrada a chegar com ABS.  Mas ele vem somente na frente, com o objetivo de não deixar travar a roda dianteira, quando o motociclista inexperiente “alicata” o manete.

Vem com pneus da Pirelli, os MT 60 montados no aro 19 na dianteira e 17 na traseira.  Nos aros, outra novidade: a Honda desenvolveu um tratamento para que ganhasse uma cor diferenciada que chamou de “dark chrome” ou seja, cromo escuro.  Ficou bem bonito.

No farol, lâmpada de 35W.

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Assista ao meu vídeo de apresentação da nova XRE 190 em meu canal, http://SUZANE.TV

Consumo e “top speed” não foi possível fazer neste primeiro contato, mas só para ter uma ideia, na pequena reta de 270 metros da pista de testes do Haras Tuiuti, ela chegou a 111 km/h.  Quanto ao consumo, o Instituto Mauá fez a medição e chegou até 32 km/l.  Às vezes consigo médias melhores e em outras vezes, piores que a medição deles.  Tudo depende, claro, da maneira de acelerar e da qualidade do combustível utilizado. Mas se fizermos uma conta básica, 13 x 30 (tamanho do tanque x consumo) teremos uma autonomia de 390 quilômetros.

São três as cores disponíveis, todas perolizadas: verde, vermelha e preta.

A estimativa da Honda é vender aproximadamente 32.000 unidades da XRE 190, por ano.  Ela chega no final deste mês por R$ 13.300,00 como preço sugerido, base São Paulo.

Veja uma galeria com os detalhes da nova XRE 190:


Teste do novo Audi A4 2013
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Suzane Carvalho

Ele estava com 3.880 km e andei só 70 km serra abaixo, de São Paulo a Cubatão, pela Rodovia Anhanguera.    Não foi suficiente para testar todas as configurações e opções que ele oferece, desde o câmbio, passando pelo teto solar, sistema multimídia, navegação, etcs…

Lançado em 1972 com o nome de Audi 80, o A4 já vendeu mais de 10 milhões de unidades no mundo.  Desde 2007 está em sua 8ª geração e é o modelo da Audi mais vendido no mundo e no Brasil.  No primeiro quadrimestre, ainda com o IPI antigo embutido em seu preço,  vendeu aproximadamente 93 unidades/mês.  O modelo 2013 chegou com o preço de R$ 149.700,00 a versão de entrada, que já é bastante equipada.

O Novo Audi A4 2013 tem novidades e melhorias tanto no que diz respeito à dirigibilidade quanto ao design e também ao sistema de entretenimento.

Esteticamente falando, o capô teve seus vincos acentuados, a grade frontal ganhou novo formato e moldura cromada, e as entradas de ar inferiores ficaram maiores.  O formato dos faróis também mudou, e, dentro deles, o posicionamento e formato das lâmpadas e refletores foram trocados para ganhar luminosidade.  As lâmpadas de xenon são de série, assim como as luzes diurnas de LEDs, que são obrigatórias na Europa.  A regulagem de altura do facho é automática, e em curvas abaixo de 19 Km/h.  As lanternas traseiras também são em led e o para-choque foi redesenhado.  O escapamento tem ponteira dupla.

O motor da versão Ambiente é o 2.0 TFSI (Turbo Fuel System Injection) de 4 cilindros com Turbocompressor integrado, combinado com injeção direta de combustível.

Audi Valvelift System

O que é interessante nesse motor é que tanto a potência quanto o torque estão em uma larga faixa de giro.  A potência de 180 cavalos aparece nos 4.000 rpm e vai até 6.000.  O bom torque de 35,68 kgf.m aparece logo aos 1.500 giros e vai até os 4.200.  O motor muda de marcha sozinho aos 6.250, não chegando a cortar.  O carro acelera de 0 a 100 km/h em 8,2 segundos e chega a 226 km/h de velocidade final.  Se você andar em velocidade constante, a 100 Km/h, ele fica a apenas 1.500 rpm e faz entre 17-18 km/l.

Ele consegue ter a mesma performance esportiva que alguns motores V6, utilizando 10 a 15% menos combustível.  Para aumentar sua eficiência, a evaporação da gasolina na câmara de combustão esfria o ar que entra, dando maior compressão ao mesmo tempo em que diminui a emissão de CO2.  Ele te ainda um sistema na árvore de comando que varia a abertura das válvulas em dois níveis diferentes, chamado de Audi Valvelift System.  Esse sistema de comando de válvulas reduz o consumo, e devido a um gerenciamento da variação térmica, o motor alcança mais rapidamente a temperatura ideal.

O motor da versão Ambition, que chegará em breve, é o mesmo, mas com potência de 211 cavalos entre 4.300 e 6.000 rpm e o mesmo torque na mesma faixa de giro.

O câmbio é o Multitronic continuamente variável, em que duas polias mudam a relação continuamente, e tem 3 modos: Drive, Sport e “Manual” que permite simulação de oito marchas.  Mas se você não trocar no giro ideal, ele troca por volta de 6.000 rpm.  O diferencial tem deslizamento limitado.

A tração da versão Ambiente que testei é dianteira.  A maioria dos componentes da suspensão é de alumínio e em relação ao modelo anterior, teve os amortecedores e os 4 braços traseiros recalibrados.  A suspensão dianteira é multilink com cinco braços.  A traseira é trapezoidal suspensa em quatro pontos.

Já o A4 Ambition utiliza câmbio S-Tronic, automático sequencial de dupla embreagem e sete marchas. A tração quattro é de série e a distribuição da força do motor para os dois eixos é variável, entre 40 e 60% dependendo da situação.

Suspensão dianteira com cinco braços e traseira com quatro

 

DINÂMICA
A Novo Audi A4 2013 tem um sistema de vetorização de torque que analisa a velocidade e o esterço das rodas.  Se o motorista acelerar mais do que deve para fazer determinada curva, o carro compensa sozinho, freando a roda externa e corrigindo a angulação dela se a curva se estiver errada.  Isso não deu para eu testar, pois mesmo dirigindo-o na serra, estava muito trânsito.    Aqui, em detalhes:
ESP – Eletronic Stability Programme, ou, Programa Eletrônico de Estabilidade é composto pelas quatro tecnologias que identifica a direção desejada, e se o carro estiver em velocidade incompatível com o ângulo das rodas, ele freia individualmente cada roda para manter o carro estável.
ABS – O Anti-lock Braking System, ou, anti-bloqueador do sistema de freios, age nos momentos antes de uma roda travar durante uma frenagem de emergência.  Ele reduz a distância de frenagem facilitando o desvio em situação de emergência.  É o que ensino nos cursos de Direção Defensiva para quem não tem carro com todas essas tecnologias.
EBD – Electronic Brake-force Distribution, ou, Distribuição Eletrônica dos Freios, trabalha em conjunto com o ABS distribuindo adequadamente a força dos freios entre as rodas dianteiras e traseiras.
ASR – Anti-slip Regulation , ou Controle de Tração, reduz a força de alguma das rodas individualmente se ela apresentar risco de destracionar, ou o carro rodar.  Quando a tração é restabelecida, a força da aceleração volta ao que você está comandando.
EDL – Electronic Differential Lock ou Blocante Eletrônico do Diferencial permite uma mudança suave do torque quando muda o tipo de piso ou se esse for misto.

O freio de mão funciona até 100 km/h,  mas o freio total de estacionamento, que trava as rodas traseiras só funciona abaixo de 7 km/h.

RECUPERAÇÃO
O carro tem também um sistema de recuperação de energia, que ao aumentar a tensão do gerador, a energia cinética é convertida em energia elétrica útil quando o veículo estiver freando ou desacelerando. Essa energia é utilizada para auxiliar o gerador durante a aceleração subsequente e ajuda a economizar até 3% de combustível.

Por tudo isso, esse modelo recebeu cinco estrelas no teste Euro NCAP.

O carro pesa 1.465 kgs, tem 4,70 m de comprimento, 1,83 m de largura, 1,42m de altura, entre-eixos de 2,81 m e vem com aro 17” e pneus de medida 225/50.  Apesar do entre-eixos e da largura do carro estarem 1 cm maiores, o volume do porta-malas, de 480 litros, e do tanque de combustível, de 65 litros, continuaram os mesmos.  Quem ganhou espaço foram os passageiros de trás.

DENTRO DO CARRO
O diâmetro do volante é bom e a pegada é super boa.  O ajuste de profundidade é bem grande.
O ajuste de altura do banco é de 15 cm!  Tem também ajustes de inclinação e de lombar eletrônicos.  Tem um espaço para a perna esquerda bastante grande.
O visual do painel é bem bonito.  A tela não é “touch”, mas é bem fácil e rápido para colocar as coordenadas ou endereço para o GPS. As luzes internas são todas muito boas.

Além das automáticas, o rádio tem também dial e procura manual de estações.  Legal.  Tomada 12 v, piloto automático, teto solar, shift-paddles, sensor de luz e chuva, teto solar, airbag lateral dianteiro e de cabeça, freio de estacionamento eletromecânico, sensor de estacionamento traseiro, rádio Symphony, Audi Music Interface e Bluetooth. Painel com 264 milhões de cores com alta definição exibe DVD com 256 mil cores.

O Sistema MMI (Multi Media Interface) que permite todos os comandos por voz, já vem com 12 opções de idiomas, mas se você quiser alguma outra que não esteja ali, é só pedir para a Audi.

O setup multimídia faz uma adaptação vocal individual, que grava sua frequência, timbre e sotaque de 40 maneiras diferentes.  Para o motorista, várias telas de informações, e as medidas podem ser mostradas em milhas ou quilômetros, em 100 Km/h ou l/100 Km, °C ou F.
Ah!  O carro também te sugere tomar um café (literalmente) se suas reações começarem a ficar mais lentas do que o normal.

Tem tantas opções de configurações que dá para ficar entretido por um bom tempo com isso.
São “só” 17 opções de cores externas, mais 4 combinações de cores internas e duas opções de rodas.
Ele chegou custando R$ 149.700 sem o sistema de navegação, que custa mais 10.350,00.

 

 


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