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Categoria : Geral

Motociclismo também é coisa de criança
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Suzane Carvalho

Fotos: Suzane Carvalho

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Bruno Corano, mentor e organizador da Honda Junor Cup, com alguns dos pilotos

Seu filho gosta de moto?  Então não perca esta oportunidade!
A organização do Honda Junior Cup, campeonato de motovelocidade exclusivo para crianças e adolescentes inexperientes, entre 8 e 16 anos, está selecionando novos pilotos para a temporada 2015!
A categoria, que é organizada pelo SuperBike Series Brasil, tem apoio oficial da Honda, da Pirelli e da Mobil.

Educacionalmente, o esporte motor é dos mais completos e eficientes para a formação do indivíduo de qualquer idade, preparando-os para a competitividade e disputas da vida, cada vez mais acirrados, como o mercado de trabalho, por exemplo.
Além de trabalhar concentração, reflexo e sensibilidade de forma mais apurada, exige disciplina com horários, alimentação, treinamento físico e sono.

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MOTOCICLISMO É TAMBÉM COISA DE MENINA – Maria Fernanda, 10, partirá para seu segundo ano na categoria e já quer disputar o título de Campeã em 2015. Ano passado ela terminou o campeonato na 4ª colocação. Sabrina Paiuta, 20, corre desde os 7 e tem vários títulos de Campeã, tanto na terra quando no asfalto.

Em uma pista não é possível alguém ficar “enrolando”, como pode ficar em campo, em esportes como vôlei e futebol.  Nesses, assim como no tênis, um indivíduo já entra em campo com, teoricamente, 50% de chances de vitória. No automobilismo, se tivermos 30 pilotos no grid, essa probabilidade cai para aproximadamente 3%. Algo bem mais parecido com a competitividade que encontramos no dia a dia e com a luta por uma vaga na faculdade. Em algumas corridas de longa duração, o número de pilotos inscritos chega a 350. Apenas 1 fará a pole-position e a volta mais rápida da corrida. Uma probabilidade teórica de 0,28%.

No esporte a motor aprendemos a sempre ser 100%, pois se você for 99%, perderá 0,1 s em cada curva, o que significará 1,2 segundo por volta, e em 10 voltas, este piloto estará 12 segundos atrás de seu concorrente que foi 100%.

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O campeão de 2014, Renzo Ferreira, com o pai Brendon Fahl

Ao contrário do que muitos pais pensam, não deve-se querer que o filho seja “um novo Valentino Rossi” ou “um novo Ayrton Senna”, pois dentro de uma pista de corrida, buscando a sua melhor performance, seja na maneira de pilotar, de disputar uma posição, de lidar com a equipe ou de acertar o chassi de sua moto ou carro, ele desenvolverá sua própria personalidade para ser ele mesmo, em qualquer situação que for enfrentar na vida, com a mesma determinação e poder de decisão que aprendeu nas pistas, onde a dúvida não pode ter lugar.

Estimulando e despertando a competitividade de forma saudável e em ambiente familiar, o indivíduo se torna uma pessoa mais segura e suscetível a respeitar regras e a convivência em grupo.

tecnologia e o desenvolvimento estão presentes em cada detalhe, e a busca da melhora da performance a cada curva, faz com que estejamos sempre a buscar novas soluções, incentivando também a criatividade. Além disso, o convívio com pilotos mais experientes, com mecânicos, organização do campeonato, patrocinadores e diretores de prova, fará com que a criança comece a entender como funciona a organização de uma empresa.

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Cauã Santiago, na foto com o pai Alexandre Costa, a mãe Kelly Santiago e a irmã caçula, tem nove anos e compete desde os 5. Já tem vários títulos de FX (Motocross). Começou com uma 50 cc, passou para KTM 65 cc e agora está estudando a possibilidade de vir para a Honda Junior Cup, o que seria uma mudança da terra para o asfalto.

“Eu acho muito mais seguro meu filho correr de moto em um pista fechada, onde existe todo um controle de velocidade e ele está com equipamento de proteção, do que andar de bicicleta no parque, por exemplo, onde é normal vermos crianças quebrarem um braço,” disse o pai do piloto Davi Gomide.

A Honda Junior Cup em 2015 terá oito etapas, sendo cinco delas em Interlagos, São Paulo.  As outras serão em Goiânia, Curitiba e Santa Cruz do Sul, no RS.
O equipamento utilizado é uma moto Honda CG 150 Titan, com suspensão, escapamento e guidão modificados para a pista.
A categoria conta com tutor, instrutor, pedagogo e assessoria de imprensa.  As corridas são transmitidas ao vivo através do site http://superbike.com.br.  O custo para participar é de R$ 3.000,00 por etapa, já incluídos o aluguel da moto, pneus, inscrição e equipe.

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A Honda Junior Cup é uma das categorias do campeonato SuperBike Series Brasil, que é o 3° maior evento de esporte motor do país, atrás da Stock Car e da Fórmula Truck, e o 5° maior campeonato de motovelocidade do mundo.  São mais de 300 pilotos participando, distribuídos em 7 categorias.

Para saber como participar da Honda Junior Cup, entre em contato com o escritório no telefone (11) 5524-5684 ou através da página no Facebook, no endereço https://www.facebook.com/JuniorCupSBK.

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Honda Mobil apresenta os pilotos oficiais para 2015
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Suzane Carvalho

Fotos: Suzane Carvalho

Equipes oficiais da Honda, de Motocross, Motovelocidade, Rally e Enduro, para a temporada 2015

Equipes oficiais da Honda, de Motocross, Motovelocidade, Rally e Enduro, para a temporada 2015

A equipe Honda Mobil apresentou ontem, os pilotos e as motos que farão parte de sua equipe oficial na temporada de motociclismo em 2015.

O grafismo das motocicletas ficou muito bonito e o azul aparece mais, fazendo uma ligação à HRC (Honda Racing Corporation, equipe mundial da Honda), assim como o nome das motos, “CBR” e “CRF”.
No total, serão 11 pilotos oficiais e mais 28 apoiados por equipes satélites que farão parte de campeonatos no Brasil e no exterior.

Veja abaixo todos os pilotos, por categoria:

MOTOVELOCIDADE

Pilotos oficiais da Honda na Motovelocidade, para a temporada 2015

José Luiz “Cachorrão”, Maico Teixeira e Diego Faustino, junto ao Gerente Geral da Honda, Alexandre Cury, correrão com a CBR 1000RR Fireblade no Super Bike Series Brasil

 

RALLY e ENDURO

Pilotos oficiais da Honda no Rally e no Enduro, para a temporada 2015

O experiente Jean Azevedo, o francês Adrien Metge, o novato Antônio “Tunico” Maciel e o multicampeão Dário Júlio representarão a Honda nas categorias Rally Dakar, Rally dos Sertões, Brasileiro de Rally Cross Country e Copa Brasil EFX Honda, utilizando as motos CRF 450X, CRF 450R e CRF 250R.

 

MOTOCROSS

Pilotos oficiais da Honda no Motocross, para a temporada 2015

Hector Assunção e Gustavo Pessoa correrão na MX2 com a CRF 250R enquanto Wellington Garcia e o português Paulo Alberto correrão na MX1 Pró com a CRF 450R, oa quatro, nos Campeonatos Brasileiro de Motocross e Arena Cross.

Alexandre Cury, gerente geral da Honda Brasil, ressaltou: “Mais uma vez será um ano intenso, repleto de provas, seja na terra ou no asfalto. A história da Honda em competições começou há muito tempo com o fundador da empresa, Soichiro Honda, que sempre acreditou que as corridas são essenciais para o desenvolvimento dos produtos. É por isso que estamos nesses grandes campeonatos”.

Além das euqipes oficiais, diversos pilotos são apoiados pela fábrica, distribuídos em diversas equipes e categorias.  Um dos destaques para 2015 é o único representante brasileiro no Campeonato Europeu de Motovelocidade FIM, na categoria Moto2, que correrá também no Campeonato Brasileiro Moto 1000 GP, na GP 600.

Aqui, todas as equipes e pilotos apoiados pela Honda, em 2015:

Equipes apoiadas Honda

Ipiranga IMS Levorin
Adam Chatfield – MX1/Pró
Rafael Faria – MX1/Pró
Caio Lopes – MX2
Stefany Serrão – MXF/MX3

Escuderia X
Jetro Salazar – MX1/Pró
Miguel Cordovez – MX1/Pró
Douglas Parise – MX3/MX1
Leonardo Souza – MX2
Ricardo Franzini – MX1/MX3

Dunas Team
Carlos Evangelista – MX2
Leonardo Cassarotti – Júnior
Leonardo Almeida – Júnior

Zanol Team
Rômulo Bottrel – Elite
Júlio César Eliziário – E2
Michel Cechet – E3
Bruno Martins – E3
Vinicius Silva – Júnior

Motofield
Ronald Santi – Júnior
Renan Bueno – E1
Janaína Souza – Feminina
Tainá Aguiar – Feminina
Lilian Chagas – Feminina

Estrella Galicia 0,0 by Alex Barros
José Duarte – GPR 250
Brian David – GPR 250
Guilherme Brito – GPR 250
Diogo Nascimento – GPR 250


Debaixo do capacete pode ter uma mãe de família. Respeite os motociclistas.
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Suzane Carvalho

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Mulher, mãe, motociclista.
A foto acima não foi planejada nem produzida. Foi feita com um smartphone, pelo marido de Lianna Beckert, 33, ao ver a filha Liara, de 2 anos, correr em direção à moto de sua mãe quando ela chegava do trabalho. Há 7 anos pilotando motos, a Assistente de Produção de uma empresa de caldeiraria está em sua terceira motocicleta. Ela fez o caminho certo: seu primeiro veículo de duas rodas tinha motor de 125 cc. Depois passou para uma 150 e hoje tem uma 300cc, a Honda XRE. Mãe também de um menino de 12 anos, Lianna, que mora em Rio das Ostras, no Rio de Janeiro, utiliza a motocicleta também aos finais de semana, para passear com um clube local. O marido? Começou a pilotar motos há um ano.

Cena cada dia mais corriqueira, a utilização de veículos de duas rodas por mulheres já deixou de ser algo raro. Nos postos de gasolina, os frentistas passaram a reparar melhor antes de falar “o senhor” quando uma motocicleta encosta em uma das bombas de abastecimento.

Elas utilizam a moto no dia a dia, como opção de transporte para levar os filhos para a escola, ir para o trabalho ou ao mercado, ou simplesmente para passear aos finais de semana. Com a maternidade, o sentimento de responsabilidade as torna mais conscientes no trânsito e, em geral, menos agressivas que os homens.

Os modelos e estilos utilizados são os mais variados. Mas uma coisa é certa: elas não têm vergonha de mostrarem seus gostos e personalizam seus equipamentos com criatividade maior que os homens.

2_sabrina_e_vittoria_casarinSabrina Casarin, por exemplo, 39, e pilotando motos desde os 15, é proprietária de uma Honda CBR 600F e colou nada menos que 1.300 pedras de “strass” em seu casco. Começou com uma Yamaha RD 350, passou por Honda XL 250 e por uma Suzuki GS 500 até chegar à 650. Moradora de Piracicaba, no interior de São Paulo, costuma viajar com a filha Vittória, de 16 anos, que é habitué de sua garupa.

3_sabrina_capacete_detalhe

4_andreza_800Andreza Ribeiro, 36, moradora de Rio Claro, SP, pilota motos há 10 anos e é mãe de um rapaz de 17, outro de 10 e uma menina de 7 anos. Proprietária de uma Suzuki Intruder, trabalha como coordenadora de embarque em uma transportadora na cidade vizinha e vai para o trabalho diariamente com sua moto. O marido é também motociclista e presidente de um moto grupo.

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Também com três filhos, Paula Merli, 40, anda de moto há apenas dois anos. Começou com uma DragStar e agora tem uma Vulcan 900. Moradora de São José do Rio Pardo, SP, divide com a marido o trabalho na serralheria e pilotagem da moto.

 

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Lu Carvalho, mineira de Belo Horizonte, tem 36 anos e um filho de 6. É auxiliar administrativa e sua primeira moto foi uma DT, aos 15 anos. Depois passou por CG, uma Fazer e hoje tem uma Ténéré 250. “sinto prazer na liberdade e também um pouco de rebeldia e coragem de ocupar um espaço até pouco tempo estritamente masculino. Mas saber que tem uma vida que depende de mim, me faz pilotar com outros olhos, mais responsável.”7_josiane

 

 

De Campo Largo, no Paraná, Josiane Ludovico tem um filho de 6 anos que, da mesma forma que o marido, já faz pequenos passeios em sua garupa. Além de utilizar a moto para ir trabalhar, monta em sua FYM 250 também para “distrair pensamentos”.

 

8_nara_regina“Eu uso minha moto para tudo. Para trabalhar, ir na faculdade, na igreja, no shopping, na sede do moto clube, ora levar o filho para escola, para o judô, aula de inglês, na casa do amigo, enfim minha moto é extensão das minhas pernas. Meu filho cresceu na minha garupa; com 1 ano e meio já andava amarradinho em mim e hoje está com 12”, declarou Nara Regina, 45, que anda de moto desde os 13. Já teve Mobilete, CG 125, Bros 150 e está se preparando para pegar uma Falcon. Moradora de Londrina, no Paraná, já foi até o Paraguai com sua “bebê”. “Deixo o carro na garagem mas a moto não”, completa.9_elizandra

 

 

Elizandra Sadelli, 37, pilota motos há 21 anos e é mãe de um menino de 9. Moradora da cidade de Pinhais, no PR, começou com uma Mobilete aos 16 anos. Passou por uma Biz, uma CG e agora tem uma CB 300. “Faço tudo de moto. Andar de moto é um amor inexplicável. Para ir ao trabalho, mercado, fisioterapia, levar meu filho na escola, etc…” Seu marido não pilota motocicletas.

leka__Outro exemplo de mulher que pilota motos no trânsito diariamente é a auxiliar administrativa Letícia Lima, conhecida por Leka e moradora de Campinas, no interior de SP. Com 36 anos, tem um filho de 16 que anda em sua garupa desde os 5. “Levo e busco ele no colégio, curso, passeios… Sou apaixonada pelas duas rodas desde que nasci e desde os 15 anos que ando pela paixão, pela praticidade, economia, agilidade, pela baixa manutenção…são inúmeros os fatores a favor. Já tive YBR, CG 150, Twister e agora uma Biz 125. Já viajei muito, mas hoje não o faço pois a moto que tenho não é boa pra pista, mas na cidade ela é o máximo…logo voltarei pra pista. Minha moto é basicamente minha perna, uso pra tudo…tudo mesmo”.

Como pudemos ver nos casos acima, “Mulheres, Mães e Motociclistas” encontram nos veículos de duas rodas a mobilidade e o sentimento de liberdade e realização, além de economia. E o melhor, sempre com consciência e responsabilidade, respeitando os outros veículos e o compartilhamento das ruas.


Entre Nova York e Boston, com uma Harley-Davidson Ultra Electra Glide
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Suzane Carvalho

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Passear pelas ruas de Nova York à noite, com uma Harley-Davidson Ultra Electra Glide Limited, me deu um sentimento diferente daqueles que sinto quando viajo em meio a florestas e estradas rústicas.  O mais bacana é que o status e o glamour fazem parte da brincadeira, e está acessível a qualquer motociclista aventureiro.

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Para tal, peguei a moto em uma grande concessionária chamada Liberty, em New Jersey.  A diária do aluguel da FLHTK sai por US 139 e existem diversos pacotes que fazem com que esse valor baixe.
Andei também pelas ruas de Manhattan durante o dia, e até encontrei lugar para estacionar nas ruas, mas o mais  indicado é que se utilize estacionamentos fechados, que são bem caros.  Por lá existem muitas motocicletas  grandes, além de scooters, rodando no centro e até andam por entre os carros, o que é restrito nos USA.  Com a Electra Glide preferi andar atrás dos carros para não arriscar uma multa ou apreensão da moto.  Vale lembrar que, para que cheguemos ao final de nossa viagem sem tropeços, é importante obedecer as regras e leis locais.

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NA BIG APPLE
Lugar para ficar, em Nova York, é o que não falta, já que a rede hoteleira é enorme.  Mas desta vez optei por ficar em casas de amigos que eu não via há muito tempo.  Lugar para comer, também não, e, em geral, bons restaurantes fazem parte do roteiro gastronômico de quem visita Manhattan.
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O turismo em Nova York é baseado nas exposições de arte, muitos espetáculos teatrais e musicais, diversificada gastronomia e compras; apesar 10407815_800821716605951_5428500057263610133_nde não ser mais o lugar mais barato para tal.    O visitante sabe que vai enfrentar trânsito e longas filas na maioria dos lugares, principalmente se quiser visitar os pontos turísticos mais famosos, como a Estátua da Liberdade, Empire States e o novo World Trade Center.  Mas saindo um pouco de Manhattan, existem belas e calmas cidades; então você pode optar entre ficar hospedado em um local mais tranquilo ou no meio da agitação.  Outra opção é alugar uma moto para fazer viagens curtas como a que fiz até Boston.   O interior dos Estados Unidos oferece as mais diversas opções, belas e diferentes paisagens, de forma que nos dá a oportunidade de conhecer o modo de vida do cidadão americano e, geralmente, em segurança.   =)

C10675705_800821769939279_8932568128393621772_nheguei a New York pelo aeroporto de Newak, um aeroporto bem menor e mais antigo do que o JK.  Fiquei hospedada em Staten Island, uma ilha ao sul de Manhattan, e para chegar até lá, é preciso passar por New Jersey e pelos túneis e pontes.  O maior dos túneis é o Holland, onde fica uma fila enorme para pagar o pedágio.  Ou cruza-se a baía do  Rio Hudson com o Ferry Boat, passando bem em frente à Estátua da Liberdade e desembarcando direto no centro de Nova York.
Foi bastante interessante conhecer este outro lado da cidade, e indico para aqueles que não fazem questão de ficar no agito de Manhattan, pois são muitas as opções de alugar um apartamento, por um preço bem mais acessível do que no centro.

ATIVIDADES CULTURAIS
Comprei um chip de celular norte-americano da “h2o”, mas insatisfeita com o plano deles, já que eu queria internet livre, comprei outro chip da “T-Mobile”, mas este não pegava bem em todos os lugares.  Então vai uma dica: pegue as informações completas das operadoras e lugares por onde você vai passar, quando for comprar um chip em alguma outra cidade/país.

Fui a uma exposição de arte na Agora Gallery, que fica na W 25th Street, intitulada Masters of the Imagination, que estava exibindo “a fina arte de artistas latino americanos”.  Me chamou atenção especial, um artista brasileiro, Newton Carvalho, que estava fazendo sua estreia internacional aos 83 anos.  Orgulhosamente, meu pai.  =)

Viagem-teste com a Harley-Davidson Ultra Electra Glide em Nova Y

Exposição de Newton Carvalho na…

Viagem-teste com a Harley-Davidson Ultra Electra Glide em Nova Y

… Agora Gallery

 

 

 

 

 

 

Fui à abertura da temporada do Metropolitan Opera e assisti a La Bohème, de Giacomo Puccini, em uma montagem com produção do Franco Zeffirelli.

Metropolitan Opera

Metropolitan Opera

Uma passada à noite por Times Square também não pode faltar; lá agora tem uma arquibancada que fica montada durante todo o ano, para podermos admirar e fotografar a colorida iluminação das propagandas.  Depois fui caminhando até o Central Park para fotografar toda a cidade, à noite.
Durante o dia aproveitei para fazer atualizações em meu equipamento fotográfico na famosa B&H, na 6ª Avenida, e então fiquei preparada para pegar a estrada com a Ultra Electra Glide Limited.

NA ESTRADA
Meu destino foi Marlborough, pequena cidade no estado de Massachussets, onde encontrei amigos e aproveitei para ir a Boston, incluindo Cambridge, onde estão a Universidade de Harvard e o MIT – Massachussets Institute of Technologie.

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Bem-vindo à Terra de Marlborough

Na ida peguei as autoestradas 91, 84 e 90.  Elas dão a impressão de que você está o tempo todo em cima de um viaduto, pois não se vê nada a não ser as árvores plantadas ao longo dela. Peguei bastante trânsito parado, inclusive nas autoestradas.  Na volta, desci pela 95, pegando alguns trechos da 1, para passar pelas cidades no litoral, e pela 15, essa sim, uma estrada bem bonita.Voltei pela Rodovia 15 –  muito bonitinha, muito graciosa.

Desci pela 95, parei em uma reserva natural para tirar foto, depois em West Greenchich.
Por lá o preço do combustível varia bastante dependendo do posto, do estado e dos serviços prestados pela estação.10702081_802052226482900_1322350848624310407_n

A gasolina regular (comum) chega a custar 1 dólar mais barato, por galão.  Eu abasteci sempre com a especial.
Outra observação é que há postos que são exclusivosself-service e por isso são mais baratos, e outros que oferecem o serviço ou não.  O consumo da moto também variou bastante, e isso é óbvio, já que tem motor de 1.690 cc Twim Cam.

PILOTANDO A FLHTK
No total andei 841 milhas (1.345 km) e utilizei 22,767 galões (x 3.785 = 86,17 litros), o que deu uma média de consumo de 15,6 km/l. O tanque tem capacidade para 6 galões de combustível (22,71 litros), então a autonomia é de 354 quilômetros.

O modelo exato da moto que testei foi a  Harley-Davidson Electra Glide Ultra Limited – FLHTK.
Ela é inteira linda.

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Boston, vista de Cambridge.

Viagem-teste com a Harley-Davidson Ultra Electra Glide em Nova York, Boston, Cambridge, Marlborough

MIT – Massachussets Institute of Technologie

O motor também é lindo e tem injeção de combustível sequencial.  Os freios, bastante eficientes.
Os retrovisores são pequenos, porém com boa visibilidade.
A 3.000 rpm em 6ª marcha, a velocidade fica a 80 milhas por hora (128 km/h).  A partir de 2.000 rpm, a vibração da moto é exatamente a mesma até 5.500, onde corta o motor.  Cheguei a dar 110 milhas (176 km/h).

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Pelas ruas de New Jersey

Luz é o que não falta nela.  Além dos faróis e das tradicionais lâmpadas dianteiras adicionais, tem luzes em volta dos baús que enfeitam a moto inteira.
Na carenagem dianteira tem direcionador de vento na frente e na lateral, para ventilar o piloto.
A altura do banco é boa: nem muito baixo nem muito alto.
Nos baús dá para carregar tudo e mais um pouco.  Além das roupas, dá para fazer compras, guardar os capacetes,  levar água e até malas inteiras dentro deles.  Tem tranca com chave e o encaixe é fácil.

Tem GPS integrado, mas não me entendi muito bem com ele e acabei por utilizar o navegador do smartphone mesmo.
O áudio é um dos destaques da moto.  Mas só liguei para testar, enquanto estava no estacionamento, já que para pilotar utilizo de toda a concentração e não escuto música.
Tem também carregador de bateria USB, que foi muito útil.

No total, foram 841 milhas (1.345 km) passando por 5 estados: New York, New Jersey, Connecticut, Massachussets e Rhode Island.

Viagem-teste com a Harley-Davidson Ultra Electra Glide em Nova Y

UM POUCO MAIS
O objetivo desta viagem não foi exatamente conhecer Nova Iorque ou Boston, cidades que eu já conheço bem; mas sim, andar de moto nos Estados Unidos; de Harley-Davidson em Nova Yorque; ter a experiência de viajar de moto pelas autoestradas americanas e também em estradas menores, mas sem deixar de lado o que a esses lugares tem a nos oferecer: cultura, arte e boa gastronomia.

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Na semana em que estive lá, começaram a decorar as casas para o Dia das Bruxas.  Praticamente todas as casas ficam decoradas e esse foi um divertimento à parte: fotografar caveiras e abóboras.

Foi bem interessante conhecer Staten Island, um outro lado de Nova York, bem bonito, com praias, e normalmente inexplorado pelos turistas.

Senti muita diferença no país, se comparado com as primeiras vezes em que fui, no final dos anos 80, depois tantas vezes nos anos 90.  Achei que os Estados Unidos caminharam um pouco para trás enquanto que o Brasil caminhou para frente.  Apesar da ainda grande distância do desenvolvimento, ela diminuiu.  Agora pode-se ver por lá, capa de pneus de caminhões nas estradas, ruas esburacadas e emendas de asfalto mal feitas.  Coisas antes inimagináveis para um americano.

Com a Harley-Davidson Ultra Electra Glide em Nova York.

Com a Harley-Davidson Ultra Electra Glide em Nova York.


Viagem-teste com a Honda CB 500F em Cambuquira – MG
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Suzane Carvalho

Suzane Carvalho testa a Honda CB 500F

 

Em meio às montanhas de Minas Gerais, encontra-se uma pacata e pitoresca cidade, onde ainda não circulam ônibus nem existem edifícios. Suas ruas foram projetadas e são largas e arborizadas com acácias, quaresmeiras, ipês, amendoeiras, flamboyants, magnólias. Passaria despercebida se não fosse uma das mais importantes estâncias hidrominerais do Brasil, e detentora do título de “Melhor Água Mineral do Mundo”!

No passado a área de Cambuquira pertenceu a três irmãs solteiras da família Silva Goulart que deixaram parte de suas terras como herança para os escravos que lá trabalhavam. Em pouco tempo, as propriedades terapêuticas das águas que lá brotavam, começaram a atrair visitantes. Até que, em 1861, a Câmara Municipal de Campanha (16 km distante) efetuou a desapropriação das terras, considerando-as de utilidade pública. O local foi liberado para visitação e o crescimento deu-se a partir daí. Aos escravos foi doada uma terra onde hoje ainda vivem Quilombolas e está localizada a Cascata do Congonhal.

Minha primeira ida a Cambuquira foi no Carnaval de 1969. No início dos anos 2.000 voltei algumas vezes, sempre para cantar em Encontro de Corais. Sempre desejei ir para lá de moto, para poder explorar a região e curtir as curvas da serra, o que finalmente pude fazer com a Honda CB 500F. Escolhi caminhos virtuosos e variados de forma que pudesse testar a moto em todos os tipos de estrada. Fiquei encantada com a leveza e manobrabilidade dela, e a apelidei de “Hornetzinha”, mesmo com a diferença de dois cilindros a menos no motor.

Suzane Carvalho testa a Honda CB 500FS

 

TRANQUILIDADE

SA cidade de Cambuquira está às margens da Estrada Real e faz parte dos Circuito das Águas. Suas águas são naturalmente gasosas e ricamente mineralizadas. Desde 1834 são engarrafadas e recentemente ganhou o título de Melhor Água Mineral do Mundo, já que a fonte que era a detentora deste título, Ty Nant, no País de Gales, deixou de ser engarrafada, pois está secando. A pacata cidade vive, além da fama e da indústria de exportação de suas águas, de eventos e turismo. E a escola de Hipismo que lá existe colabora bastante para tal, já que o turismo é pequeno, pois muito próximo dali se encontram as famosas Caxambu, São Lourenço e Três Corações.

Suzane Carvalho testa a Honda CB 500F

Suzane Carvalho testa a Honda CB 500F

Dista 300 km de São Paulo, 340 do Rio de Janeiro e 350 de Belo Horizonte. Sua altitude é variada, já que está entre as montanhas, mas a média fica em 950 metros.

Durante muitos anos a população de Cambuquira foi decrescente. O último estudo do IBGE apontou 12.909 habitantes em uma área de 246 km². Segundo a prefeitura, a população atualmente cresce por conta dos emigrantes. Na cidade não tem ônibus circulando e tem apenas um edifício, que é residencial e de apenas 6 andares. Mas tem coleta seletiva e estação de tratamento de água e esgoto nas apenas pouco mais de 5.000 residências.

Suzane Carvalho testa a Honda CB 500FSuzane Carvalho testa a Honda CB 500F

 

Suzane Carvalho testa a Honda CB 500F

SETE FONTES
A principal atração não poderia deixar de ser o Parque das Águas, que fica bem no centro e onde se encontram 7 fontes de diferentes tipos de água Sulfurosa, Gasosa, Magnesiana, Férrea e Barracão, indicadas para as mais diversas terapias. O litro dessas águas é vendido a R$ 0,25. Tem ainda a Fonte do Marimbeiro que fica um pouco afastada do centro, cerca de seis quilômetros.

A produção de cachaça também tem seu espaço com uma fábrica aberta ao público, chamada Cachaça Paraíso. Outra parte da economia vem da cultura do café, além do excelente artesanato em crochê, arranjos com vegetais desidratados, doces caseiros, mel, rapaduras e queijos.

No Alto do Cruzeiro é onde estão as antenas e foi onde subi para ver o pôr do Sol, logo que cheguei. Fica a 1.114 metros de altitude, e dá para ver toda a cidade e as plantações de café. Tem também o Mirante Vale do Sol de onde se pode ver as “Duchas Pôr do Sol”, conforme chamam os locais. Outro lugar a ser visitado é a Reserva Biológica de Santa Clara.

No centro, a Igreja Matriz De São Sebastião que foi construída em 1920 (tem duas fotos quase iguais, uma em que estou sentada na moto) é a principal.

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Mas Cambuquira também é lugar para a prática de esportes. Os campeonatos brasileiros de Paraglider e Vôo Livre têm etapas realizadas na Serra do Piripau. Outro esporte muito praticado é o Ciclismo de Montanha, com diversos campeonatos locais ou simplesmente passeios que são organizados pelo clube local.S

Escolhi me hospedar no hotel familiar Fazenda dos Anjos. Além do aconchego, os chalés são isolados e o local tem muitas atrações, inclusive colônia de férias. Para se entreter durante todo um dia, nem é preciso sair do hotel, pois há uma imensa área para cavalgar, pedalar, caminhar. Para casal, tem chalé com lareira e hidromassagem, e para as crianças, além de divertido, é também um lugar educativo.

Temos que aproveitar as águas de Cambuquira, pois já não jorram com a mesma força que em 1969…

Suzane Carvalho testa a Honda CB 500F

A MOTO
Subi na CB 500F pela primeira vez, direto para sair para a estrada e… que delícia de moto! Já para manobrar, achei-a bem leve. Fiz um caminho bem virtuoso. Saindo de São Paulo, peguei a rodovia Raposo Tavares, então Rodoanel, Bandeirantes, Anhanguera até Itatiba, depois SP-063 até Bragança Paulista e Fernão Dias até a entrada para Cambuquira. Na volta fiz outro caminho, pela Serra da Mantiqueira , Dutra e Carvalho Pinto. O ronco do motor é delicioso, parece até um 4 cilindros. A CB 500F é uma moto para ser curtida. Dá para driblar bem o trânsito das cidades e para viajar, sem sentir falta de motor. Em terra batida, andei bem com ela, mas quando se transformou em areião, começou a escorregar, pois os pneus não são próprios para este tipo de piso.

Testei-a também na pista de testes da Honda onde a velocidade final atingiu 183 km/h. Ela tem motor bi-cilíndrico com 471 cm3, 50,4 cv a 8.500 rpm, torque máximo de 4,55 kgf.m a 7.000 rpm, freios a disco na frente e atrás, banco a apenas 78,5 cm do chão. Tem rodas aro 17” e pesa 178 kg.

É vendida nessa cor branca e também na vermelha metálica. O preço base São Paulo para a versão sem ABS é de R$ 22.000. Com ABS, R$ 23.500.

O tanque de combustível tem capacidade para 15.7 litros, o que dá uma autonomia média de 390 quilômetros de autonomia.

CONSUMO Andando na cidade e passeando, o consumo ficou em 30 km/l. Em alta velocidade e com o giro alto, deu 5,4 l a cada 100 km, ou seja, fez 18,51 km/l. A média ficou entre 22 e 25 km/l.

 
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Suzane Carvalho testa a Honda CB 500FS

 

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Suzane Carvalho testa a Honda CB 500FSuzane Carvalho testa a Honda CB 500FSuzane Carvalho testa a Honda CB 500F

 

 

 

 

 

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Suzane Carvalho testa a Honda CB 500F

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Viagem-teste com a Honda CB 500X em Arraial do Cabo
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Suzane Carvalho

SAMSUNG CSC

Peguei a moto com apenas 568 km rodados.
O destino, Arraial do Cabo, litoral norte do estado do Rio de Janeiro. Saindo
de São Paulo pelas Rodovias Carvalho Pinto e Presidente Dutra, peguei muita, muita chuva mesmo de Piraí até Arraial do Cabo. Foram 270 km de chuva forte, inclusive na Ponte Rio-Niterói.

Há muitos anos sem ir a Arraial do Cabo, escolhi este destino pensando que me surpreenderia com o desenvolvimento do local. Por um lado isso aconteceu, já que as imensas dunas que existiam pelo caminho e que tanto brinquei em minha infância, já não se encontram lá, visto que a areia foi sendo retirada para utilização em construções. Muitos prédios foram construídos, inclusive na orla. Por outro lado, a beleza natural continua deslumbrante, principalmente suas águas límpidas.

Viagem teste com a Honda CB 500XBELEZA
Localizado no litoral fluminense, esse balneário fica a apenas 140 km da capital. Geograficamente, foi formado há aproximadamente um milhão de anos. Ventos e correntes marítimas fizeram com que três ilhas fossem incorporadas ao continente, onde hoje se encontram o Morro do Mirante, o Pontal do Atalaia e o Morro do Forno, em cuja parte baixa foi formada a Praia do Forno. Com acesso apenas a pé ou ou por barco, e incrustada nas montanhas, é uma das mais belas. A vegetação é exuberante e a mata é preservada, com bromélias e cactos. São 500 metros de uma praia linda, com águas claras e esverdeadas, corais e areia branca. Há um restaurante flutuante que serve, claro, frutos do mar, cujo o acesso é possível apenas por barco.

Viagem teste com a Honda CB 500X

O Pontal do Atalaia é um lugar totalmente mágico. Do alto você tem o mar aos dois lados e, caminhando até o final, a vista da imensa Ilha do Farol, onde os barcos param para mergulhos. Além de casas, ali há também algumas pousadas que oferecem vista infinita para o mar. O Pontal do Atalaia faz parte do Parque Estadual da Costa do Sol e fica aberto inclusive à noite, sendo um dos lugares preferidos de casais de namorados.

Viagem teste com a Honda CB 500X

HISTÓRIA
A importância da cidade se dá não apenas pela estonteante beleza natural, mas também porque é parte importante da história da colonização brasileira.

Seus primeiros habitantes foram índios nômades, seguidos pelas tribos Tupi-Guarani, Tamoyos e os Tupinambás. Peixes, crustáceos, mandioca e carne resultante da caça, eram seus alimentos. A produção de cerâmica era um dos pontos fortes dessas tribos. A arqueologia indica que havia cerca de 50 aldeias e uma população entre 25 e 75 mil indígenas vivendo na região. Até que a expedição do navegador italiano Amerigo Vespucci, conhecido por nós como Américo Vespúcio, a serviço das cortes de Portugal e Espanha, desembarcou na Praia dos Anjos (antes chamada de Praia das Ramas), em sua segunda expedição à costa brasileira, após se dispersar do restante da esquadra, que sofreu um naufrágio em Fernando de Noronha.

Viagem teste com a Honda CB 500X

Aqui foi realizada a 1ª missa sob teto, no Brasil

Ao chegar ao local, Vespúcio teria dito: “Se não cheguei ao paraíso, certamente estarei bem perto.” Decidiu então construir um forte no local, onde deixou 24 homens com armas e mantimentos. Algumas ruínas permanecem até hoje e são acessíveis por trilha entre a Praia do Forno e a Prainha que fica logo na entrada da cidade e já está totalmente urbanizada. Mas a água nessa praia continua na cor verde clara e ela é bem rasa, talvez devido a estar entre duas montanhas.

A construção de Américo Vespúcio foi a primeira feitoria no Brasil, com o objetivo de guarnecer o litoral. Começou então a se desenvolver um povoamento, que talvez tenha sido o primeiro em território brasileiro (“talvez”, já que Cananeia e São Vicente, em São Paulo, também disputam este título). Um obelisco e um poço foram construídos na Praia dos Anjos, e estão lá até hoje. Depois, Arraial do Cabo virou praticamente apenas uma vila de pescadores, até que a implantação da Companhia Nacional de Álcalis trouxe mão de obra ao local e a economia começou a se desenvolver. Emancipou-se de Cabo Frio, de onde era distrito, há quase 30 anos, em 1985.

Viagem teste com a Honda CB 500X

Hoje, fazem parte de Arraial do Cabo os distritos de Monte Alto, Figueira, Parque das Garças, Sabiá, Pernambuca, Novo Arraial e Caiçara, que beiram a Lagoa de Araruama, onde existem competições de kitesurf, windsurf de Jet ski. As Pontas de Massambaba, da Acaíra e das Coroinhas, são imperdíveis.

A principal fonte de renda é o turismo de veraneio e é considerada a “Capital Brasileira do Mergulho”. Em volta de toda a cidade existem mais de 20 pontos para tal prática. Com águas frias e transparentes, tem imensa diversidade de peixes e frutos do mar além de galeões, caravelas e fragatas afundadas por piratas.

Possuindo 35 quilômetros de praias oceânicas e 65% da Lagoa de Araruama, o município tem uma área de 158 km², população de 28.000 habitantes e temperatura média de 25° C. Quem vai a Arraial do Cabo não pode deixar de fazer passeios de veleiros por entre as praias e ilhas. Além, claro, de passeios de moto ou Jipe.

Viagem teste com a Honda CB 500X

Viagem teste com a Honda CB 500X

A gastronomia é outra atração para os turistas. Restaurantes para todos os gostos e bolsos estão espalhados pela cidade. Desta vez escolhi o hotel pela cozinha, já que por muitas vezes, acabo por não me alimentar bem em minhas viagens, e fiquei no Caminho do Sol, onde pude experimentar um prato diferente a cada dia. Arraial do Cabo é um lugar que vale a pena ser visitado e há muitas atividades para toda a família. Mas fique atento, pois fica com 100% de sua capacidade durante o verão. Existem vôos para Cabo Frio. O aeroporto fica a 7 km de Arraial do Cabo.

A MOTO
Para essa viagem utilizei a CB 500X, que foi lançada em maio deste ano é o terceiro modelo da Família 500 da Honda, que compartilha 55% dos componentes. Entre eles, chassi, motor, suspensão e freios.

A principal característica desse novo motor de 500 cc é que a potência e o torque estão em uma faixa de giro mais baixa que o antigo 500 da Honda. O motor é em dois cilindros paralelos e a ignição dos pistões é em 180°. Seu posicionamento dentro do chassi em aço do tipo diamond, em que o bloco do motor faz parte da estrutura, visando à centralização das massas, deixa a moto com baixo centro de gravidade e fácil de ser pilotada e manobrada. A potência máxima é de 50,4 cv a 8.500 rpm e o torque é de 4,55 kgf.m a 7.000 rpm.

Ele está muito bem equilibrado e roda deliciosamente macio, parecendo até um 4 cilindros. Talvez seja por causa do sistema balanceiro que está na parte de trás do motor e o deixou mais compacto e também pelo duplo comando com balancins roletados. O giro também sobe rápido.

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honda_cb500x_motor2honda_cb500x_painel

 

 

 


AUTONOMIA DE MAIS DE 500 KM
Além disso, tem baixa emissão de poluentes, que atende ao PROMOT 4, e consumo de até 30 km/l, dando autonomia de mais de 500 km, já que o tanque tem capacidade para 17 litros!
O freio é a disco tanto na dianteira quanto na traseira, sendo que são dois pistões na frente e apenas um na traseira. Sem combustível nem óleos, pesa 180 kg. A versão com ABS, 2 kg a mais.

honda_cb500x_refrigeracao

honda_cb500x_freio_dianteiro

honda_cb500x_freio_traseiro

SUSPENSÃO
Em relação às suas irmãs, “F” e “R”, a “X” tem curso 20 mm maior na suspensão traseira e 14 mm a mais na dianteira, pois tem mola e cilindro interno maiores. O trail teve um aumento de 6 mm e 1 mm no entre-eixos. O ângulo de cáster é de 26,5° enquanto que na “R” é de 25,5. O sistema é de garfo telescópico na frente e pro-link na traseira.

honda_cb500x_suspensao_traseira

honda_cb500x_suspensao_dianteira

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VALENTE
Em vários lugares por onde estou acostumada a passar, que fazem o carro e a moto pularem, eu não sentia nada com a CB 500X.

Os pneus são do tipo “street-sport”, mas com ranhuras que permitem pegar estrada de terra batida e chuva com maior tranquilidade, e vêm montados no aro 17″.

Foi preciso habilidade para alcançar o Pontal do Atalaia, já que havia muita lama, mas esta estradeira/aventureira me levou a lugares lindos. No estilo Crossover, o mesmo da NC 700X e da VFR 1200X, apelidei-a de “NCzinha”, devido à similaridade. Tem posição de pilotagem confortável e tem a mesa e o guidão mais altos da Família 500. Cheguei a fazer 700 km no mesmo dia, já que passei pelo Rio de Janeiro antes de seguir para São Paulo e cheguei inteira, sem cansaço nem dor.

Viagem-teste com a Honda CB 500X em Arraial do Cabo

A altura do banco é de 81 cm. Amarrei minha mala na parte de trás e ela ficou muito bem presa. Para andar na cidade é uma das melhores motos que já vi. Além da excelente manobrabilidade, a buzina é ótima e os retrovisores estão em posição em que não é preciso desviar muito a cabeça para olhar, sendo possível mantê-los em seu campo de visão. Gostei do painel, que é de cor âmbar e de fácil leitura mesmo à noite. Falando em noite, o farol alto é fantástico.
No total, rodei 1.533 km, deixando-a com 2.101.
Ela é deliciosa.  E Arraial do Cabo, lindo. Quero voltar para fazer os passeios que não foram possíveis devido às chuvas.
E assim termina mais uma viagem-aventura de moto.  Com gostinho de “quero mais”.

Viagem teste com a Honda CB 500X

CONSUMO

KM TOTAL

KM RODADOS

LITRAGEM

média

$

S/litro

TIPO

RODAGEM

início

568

01

764

196

7,84

25 km/l

24,53

3,13

V-Power

estrada

02

980

216,1

10,81

20 km/l

35,01

2,24

Ipir adit

estrada/chuva

03

1.337

356,4

13,03

27,35 km/l

44,04

3,38

V-Power

mista

04

1677

340,8

12,48

27,3 km/l

40,93

3,28

Grid

estrada baixa

05

1965

288

12,02

23,96 km/l

39.65

3,23

Grid

estrada alta

final

2101


Como andei sempre com o giro alto, posso afirmar que ela faz até 30 km/l, inclusive

Viagem teste com a Honda CB 500X na cidade, já que meu consumo na estrada é sempre maior que na cidade. A gasolina que coloquei no primeiro abastecimento, provavelmente estava adulterada, pois o consumo posterior a isso foi de 20 km/l, andando na chuva, ou seja, devagar. A Ipiranga e a V-Power que coloquei nos 2°e 3° abastecimentos tiveram consumos semelhantes, assim como a Grid, já que andei mais rápido após o abastecimento 4.

Viagem teste com a Honda CB 500XV

 

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Fábrica de automóveis da Honda se torna autossuficiente
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Suzane Carvalho

Parque Eólico da Honda Energy

Parque Eólico da Honda Energy no Brasil é o primeiro da empresa, no mundo

FÁBRICA DE AUTOMÓVEIS DA HONDA SE TORNA AUTOSSUFICIENTE, UTILIZANDO ENERGIA EÓLICA

Foi inaugurado hoje, em Xangri-Lá, no litoral gaúcho, o primeiro Parque Eólico da Honda no mundo.

Através da nova empresa do grupo, a Honda Energy, o parque, que tem por objetivo gerar energia sem causar danos ao meio ambiente, fará com que a fábrica da Honda Automóveis de Sumaré, no interior de São Paulo, se torne autossuficiente, já que a energia gerada pelo parque irá suprir toda a demanda de energia elétrica da planta.

As torres instaladas têm 150 metros de altura: 94 metros da torre e 55 metros cada pá, que pesa 15 toneladas.  Para aguentar todo esse peso, foi preciso fazer uma “sapata”, como é conhecido popularmente, de 310 m3 de concreto para cada torre.

Parque Eólico da Honda Energy

Parque Eólico da Honda Energy

Esse é um projeto inédito do seguimento automotivo brasileiro.  A inovação surgiu da exigência da matriz do Japão que, em 2011, estabeleceu que cada subsidiária no mundo terá que reduzir, até 2.020, a de emissão de CO2 em 30% de seus automóveis, motocicletas e produtos de força, e também em seus processos produtivos, em comparação com os níveis obtidos em 2000.  O que a fábrica de automóveis já atingiu apenas com a instalação do Parque Eólico, que fará com que a Honda deixe de emitir 2,2 mil toneladas de CO2, por ano, o que representa 30% do total gerado pela fábrica de automóveis de Sumaré, que tem capacidade produtiva anual de 120 mil carros.

A sede brasileira achou no vento, a solução.  A certeza de que o caminho tomado foi uma decisão acertada fez com que, ainda durante a inauguração, já se falasse em expansão do parque de Xangri-Lá e da possibilidade de novos parques serem instalados.

Parque Eólico da Honda EnergyAinda nos anos 60, Soichiro Honda, o fundador da empresa, desenvolveu ações socioambientais e criou um departamento para estudar e reduzir as emissões de poluentes dos produtos que fabricava e começou a promover ações para reforçar os laços com as comunidades locais.  O compromisso ambiental de reduzir os impactos ambientais está não somente em seus veículos, onde procura melhorar constantemente a eficiência energética com o uso de combustíveis alternativos, mas principalmente na produção de seus veículos.

O investimento total foi de 100 milhões de reais e a obra teve duração de apenas 13 meses.

São 9 turbinas aero geradoras de 3 MW cada e 95.000 MW por ano, o que é relativo ao abastecimento de uma cidade com população de 35.000 habitantes.

Parque Eólico da Honda Energy

Esquema de captação e distribuição da energia

Segundo a presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica, Elbia Melo, o Brasil é atualmente o segundo maior país em geração de energia eólica.  Na próxima sexta-feira, dia 28, haverá novo leilão para concessão de linhas de transmissão; e dependendo do resultado, poderemos nos tornar no maior gerador de energia eólica do mundo.

Atualmente o país conta com 226 parques eólicos com aproximadamente 15 torres cada, somando quase 3.400 torres. Os estados que oferecem melhores condições de vento são,  Rio Grande do Norte, Bahia, Ceará e Rio Grande do Sul; nessa ordem.

Issao Mizoguchi, presidente da Honda South America

Issao Mizoguchi, presidente da Honda South America

Carlos Eigi, presidente da Honda Energy

Carlos Eigi, presidente da Honda Energy

 

 

 

 

 

 

No evento estavam presentes o Presidente da Honda South América, Issao Mizoguchi, o Presidente da Honda Energy do Brasil, Carlos Eigi Miyakuchi, e também o Governador do Estado de Rio Grande do Sul, Tarso Genro, o

Secretário Estadual de Desenvolvimento e Promoção do Investimento, Mauro Knijnik, oDiretor de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Sr. Jorge Paglioli Jobim e o Prefeito de Xangri-lá, Sr. Cilon Rodrigues da Silveira.

Parque Eólico da Honda Energy

VEJA AQUI uma galeria de fotos do parque e do evento.


“Uma Volta na Itália em 12 Dias” com a Triumph Tiger Sport – Dia 01
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Suzane Carvalho

MILÃO – GENOVA – SANREMO

Sanremo

O propósito desta viagem é, acima de tudo, curtir a essência do motociclismo: viajar sobre uma motocicleta, por estradas e caminhos de diferentes estilos, onde verei as mais diversas paisagens, estradas e climas.
O espírito é o aventureiro: de exploração e conquista.  Descobrir o novo, andar pelo desconhecido, atingir objetivos.

Longe de ser uma viagem de turismo tradicional não irei aos lugares mais famosos.  Meu objetivo é fazer a “Volta na Itália em 12 Dias”, todo o desenho da bota, com uma Tiger Sport da Triumph, fotografar e contar tudo para vocês.  Sobre os lugares e a moto.  Aliás, EU não tenho nada de tradicional.  Já morei na Itália e nunca fui ver o Papa.

Haverá lugares em que vou querer ir, mas não poderei parar nem fotografar.
Serão 12 dias, cada noite em uma cidade e hotel diferentes.  Com certeza ficarei com “gostinho de quero mais”, e essa é uma das coisas boas de viagens como esta: ficar com saudade.

Genova

Peguei a moto no escritório da Triumph em Milão. Ela estava com 2.066 quilômetros rodados.
Saí de lá em direção a Genova, já às 10:55 da manhã.

Saindo, ainda no estacionamento, já com as malas amarradas, já percebi que a moto é muito fácil de guiar e fazer curvas de baixa, mesmo estando com a bagagem.

Peguei direto a autoestrada e a primeira fazenda de produção de feno pela qual passei, já quis parar para fotografar; mas não parei, pensando no horário.  Logo em seguida vi a primeira igrejinha, muito bonitinha, mas também não parei.  Se eu parar para fotografar tudo o que vejo, farei a volta em 120 dias!

Genova

Deixei os acertos da moto todos como sai de fábrica: suspensões dianteira e traseira e calibragem.
70 quilômetros após ter saído de Milão, minhas mãos começaram a gelar.  As luvas de borracha, que utilizo por debaixo das de pilotagem, estavam dentro da mala.  A Triumph Sport tem como acessórios, os protetores de mão e também aquecedores de manopla, mas o modelo que peguei é standard.  Outros acessórios são os baús laterais e traseiro e carregador 12 volts.

A qualidade da autoestrada saindo de Milão é excelente.  A velocidade máxima fica entre 90 e 110 km/h mas praticamente nenhum motorista respeita, apesar dos avisos de radares. Tem também bastante caminhão.

A moto estava com meio tanque quando peguei.  Quando acendeu a luz do combustível, o computador de bordo me mostrou que eu tinha ainda combustível para rodar 72 km.  Eu andei bem menos, e de repente o painel me mostro “0” km de autonomia.  Fiquei desesperada, pois estava descendo a serra, com pedra dos dois lados e sem acostamento.

O primeiro abastecimento foi chegando em Genova.  Coloquei 20 euros (70 reais), que deu 11,9 litros o litro custa 1,68 (5,88).  Eu andei 142,8 km desde que peguei a moto.  O computador de bordo me mostrou que a média do consumo foi de 5,7 litros a cada 100 km, ou seja, 17,54 km/l.  A moto está com 2.209 km.

V

Em Genova, caí em um viaduto perimetral que passa paralelo ao imenso porto, muito parecido com o que o Rio de janeiro tinha, e que foi colocado abaixo recentemente.  Depois caí em um túnel comprido, sem ter noção para que lado estava indo.  Rodei um pouco pela cidade.  A quantidade de scooters é imensa.  Esse é de fato o principal meio de transporte daqui.  Em qualquer sombra de árvore se vê no mínimo uma dúzia delas estacionadas.  De variadas marcas, estilos e cilindradas.

É incrível como o Brasil ainda é atrasado e limitado em sua capacidade de compreensão em relação à utilização de um veículo de duas rodas como meio de transporte e forma de mobilidade.  Coisa que até a China e a Índia estão infinitamente à nossa frente.

Entre Genova e Sanremo fui pelo litoral até a metade do caminho, e sempre entre 30 e 40 km/h.  Parei para fotografar e comer algo.  A temperatura estava agradável, 24° c e um belo dia de Sol.  Depois peguei a autoestrada que é belíssima!

Abastecimento: km total: 2.379.  Andei 170 km e o consumo foi de 5,8 l/100 km, ou seja, 17,24 km/l.

Chegando a Sanremo, fui logo até o Porto para fotografar o Pôr do Sol.  A cidade é uma gracinha e a quantidade de iates, imensa.

O hotel eu reservei pelo Hotel.com.  A reserva funcionou direito e não tive problemas.  A única coisa, é que não era um hotel, mas “quartos de aluguel” no Pollon Inn Sanremo.  Dentro deste conceito, foi satisfatório.  Por 45 euros (157,50 reais).  O Quarto é bastante espaçoso, com cama de casal e sofá, tem televisão, geladeira, lugar para pendurar a roupa, o box como sempre é pequeno, mas a água é boa, as toalhas e lençóis meia boca, limpeza razoável e duas coisas que considero importantes para mim: tomada ao lado da cama e wi-fi.

Jantei em um restaurante bem típico, espagueti com pomodori, o que eu consegui que fizessem sem sal.


“Uma Volta na Itália em 12 Dias” com a Triumph Tiger Sport
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Suzane Carvalho

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     A jornalista e também piloto Suzane Carvalho começará amanhã, uma viagem-aventura ao redor de toda a Itália, completando, literalmente, “Uma Volta na Itália em 12 Dias”, com uma motocicleta Tiger Sport, da Triumph.
     Bem ao estilo aventureiro, Suzane não definiu o roteiro exato que fará.  “Só sei que farei a volta inteira.  Terei que me controlar para não me perder no tempo, fotografando os lugares belíssimos pelos quais passarei. Alguns lugares são imperdíveis, mas o certo é que sairei de Milão descendo por Genova e San Remo, subo para os alpes para cruzar para o leste, passo por Veneza e descerei toda a costa do Mar Adriático até a ponta do salto da “bota”, seguindo para a Sicília e subindo outra vez a Milão pela costa oeste, onde farei a cobertura do Salão Internacional de Motocicleta, EICMA.  Claro que Roma e Florença não podem faltar.”
     A moto com que Suzane fará a viagem tem o estilo certo para este tipo de aventura: com motor tri-cilíndrico de 1,050 cc com 125 cv de potência e 10,61 kgf.m de torque, posição de guiar ereta e pneus próprios para asfalto, aceitando também trechos de terra leve.
     A partir de amanhã, acompanhe o dia a dia desta aventura pela fanpage da jornalista-piloto no endereço https://www.facebook.com/SuzaneCarvalho.Piloto, pela fanpage da Triumph Motorcycles Brasil https://www.facebook.com/TriumphMotorcyclesBrasil e também por aqui pelo UOL.  Alguns furos serão postados diretamente no twitter pessoal de Suzane, @SUZANECARVALHO.

Estreia em Duas Rodas
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Suzane Carvalho

foto: Luciano Sampafotos

foto: Luciano Sampafotos

Com vasta experiência no Automobilismo, tendo, inclusive, conquistado títulos na Fórmula 3 e em outras categorias, eu estava há 12 anos afastada das competições. Ando de moto há 38 anos, somando mais de dois milhões de quilômetros rodados em ruas e estradas. Como jornalista, frequento testes de lançamentos de modelos que por muitas vezes são realizados em autódromos. Meu interesse pela técnica de pilotagem para pista, aliada ao meu espírito de competitividade me levou à inevitável volta às competições.

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foto: Luciano Sampafotos

Escolhi a Copa Honda CBR 500R para estrear, pois é uma moto que me dá a satisfação da pilotagem e ao mesmo tempo é muito segura e fácil de guiar. Uma competição monomarca é garantia de motos equilibradas no grid, excelentes disputas entre os pilotos e emoção para os espectadores. Para mim, excelente oportunidade para aprender, já que no mesmo grid temos pilotos bastante experientes com quem estou aprendendo muito, pilotos jovens, mas também com experiência em competições sobre duas rodas, e “novatos”, como eu.

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foto: Luciano Sampafotos

Os maiores desafios para mim estão sendo tirar as reações automáticas de “direção defensiva” que tenho de minha experiência nas ruas e estradas, como, por exemplo, olhar sempre nos retrovisores e desacelerar se tiver alguém ao meu lado. Além de ter que apagar da cabeça tudo o que eu fazia com um carro na pista, principalmente em pistas em que já corri, já que a maneira de pilotar e até o traçado mudam muito.

A categoria é excelente; a moto, muito fácil de guiar; o clima entre os pilotos, pacífico dentro do possível. Sem dúvida foi a melhor coisa que eu poderia ter feito neste meu 50° ano de vida! A vida tem que ser vivida, e ter motivação e satisfação é tudo. Todo o resto melhora. Eu estava sentindo falta de emoções mais intensas.  Estava com saudades desse clima de competição, da luz vermelha na hora da largada e até do Parque Fechado. Como é bom chegar ao Parque Fechado!

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foto: Norberto Marques

Entre os anos de 1999 e 2003 a Honda organizou um campeonato em que corriam somente motos do modelo CB 500, e suas corridas fizeram história no Motociclismo brasileiro. Este ano, por conta do lançamento da nova esportiva CBR 500R, a Honda está reeditando um campeonato na categoria com motores de 500cc.
O Superbike Series Brasil é um campeonato nacional, com corridas em São Paulo, Curitiba, Goiânia e Santa Cruz do Sul, sendo o maior campeonato de Motovelocidade da América Latina. Algumas corridas chegam a ter até 35 mil espectadores e mais de 300 pilotos.

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Foto: Luiz Pires

Para mim tudo é novo e eu não tinha a menor ideia de como seria para disputar posições em uma corrida de moto e, em minha segunda corrida, já passei por isso. A sensação de risco é maior do que no carro e a concentração é muito importante. Uma “respirada” no acelerador faz você perder muito mais tempo do que no carro, onde cheguei a ter exata noção de quanto valiam poucos ou muitos milésimos de segundo. As referências em relação a tempo de volta na pista são outras.

ESTREIA FELIZ!
Estrear na Motovelocidade está sendo uma experiência fantástica.  Uma opção que me traz muita felicidade, motivação, empenho e satisfação. Para mim, tudo é novo. Estou tendo que aprender até a trocar marcha, já que, na pista, o câmbio é para o lado contrário de uma moto original. Pilotar uma moto na pista nada tem a ver com pilotar uma moto nas ruas. Pilotar uma moto na pista nada tem a ver com pilotar um carro nas pistas.

Eu nunca tinha entrado de moto em uma pista, pensando em andar rápido. Nas ruas e estradas, minha direção é totalmente defensiva e cautelosa, conforme ensino em meus cursos de Direção Defensiva. Nas vezes em que andei de moto em pista, foi para fazer avaliação de modelos de fábrica e nunca havia cronometrado uma volta sequer.  Com espírito de competição é tudo diferente. Estou 100% feliz pela opção!  Principalmente com a conquista do título de Vice-Campeã Paulista na categoria Máster!  Agora quero melhorar para lutar pelo título de Campeã Brasileira, já que estou me aproximando de meu principal concorrente, Eduardo Akama.

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No pódio com Eduardo Akama e Santo Feltrin

HONDA CBR 500R: ORIGINAL X COMPETIÇÃO
Para utilização nas pistas, a moto é praticamente igual à original. O motor, ignição, ECU, quadro, tudo é exatamente igual à moto de rua. O motor tem exatos 471 cm³ divididos em dois cilindros paralelos. Os pistões têm 67 mm de diâmetro e curso de 66,8 mm. Com a relação diâmetro x curso bem equilibrada, o giro sobe bem rápido. A ignição dos pistões trabalha a exatos 180°.

suzane_teste_honda_cbr500r_motor_450px A taxa de compressão é de 10,7:1. A potência máxima é de 50,4 cv a 8.500 rpm e o torque, 4,55 kgf.m a 7.000 rpm.  Bem mais embaixo que na antiga CB 500, que tinha a potência máxima por volta dos 11.000 rpm.

O sistema balanceiro, que serve para contrabalançar o peso do virabrequim, resultando em menor vibração do motor, está colocado na parte de trás, de forma que o motor ficou mais compacto.  São quatro válvulas por cilindro, refrigeração líquida e duplo comando de válvulas no cabeçote (DOHC). A bomba de combustível fica localizada dentro do tanque. Velas, folga dos eletrodos, folga das válvulas do motor, nada pode ser modificado para as pistas, onde ele trabalha a 85°c e a temperatura da água fica em torno dos 90. Só os comandos é que podem ser reposicionados e nada mais.

suzane_teste_honda_cbr_500r_suspensao_traseiraMas o regulamento do campeonato permite algumas modificações, e minha moto é preparada pela equipe Solo Moto.
Uma das modificações está na relação coroa/pinhão. A coroa original tem 41 dentes, mas nós a trocamos por uma com 39 para alongar um pouco a relação, pois, como o giro do motor sobe rápido, era preciso trocar marcha em meio às curvas, além de estar cortando o motor no meio da reta, mesmo em 6ª marcha.  O pinhão original vem com 15 dentes e deixei esse mesmo.  Alguns pilotos mais experientes utilizam o de 16, compensando na coroa. Tem piloto que alonga só o pinhão e deixa a coroa original.  A relação muda dependendo das características da pista na qual formos correr e do estilo de pilotagem de cada um.  A corrente pode ser trocada por uma “racing”.  A velocidade final real em Interlagos fica entre 183 e 186 km/h, dependendo do vento. A mínima, na curva Bico de Pato, é de 85 km/h.

O escapamento também pode ser modificado, desde o coletor até a ponteira. Eu troquei por um da WR Escapamentos. Com isso ganhei pouco mais de 3 cv.  Sai também o catalizador, mas a sonda continua a original.

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foto: Luciano Sampafotos

Outra coisa que o regulamento permite modificar é a parte interna da suspensão. Além da substituição do óleo, é possível mexer no curso e colocar calço. Minha equipe, a Solo Moto,  abaixou em 10 mm a dianteira, que é garfo telescópico e originalmente vem com 120 mm de curso.  A traseira é pro-link com 119 mm e é possível mexer também na compressão da mola, que deixamos toda dura. Com o rebaixamento da frente, a distância entre-eixos diminuiu, deixando-a mais ágil.

O raio mínimo de giro na moto que sai da fábrica é de 2,7 metros, mas, para utilização na pista, limitamos o esterço dos semi-guidãos com batentes de ambos os lados (para que, em caso de queda, nossa mão não fique esmagada entre ele e a carenagem – essa é uma regra que não entendo). Aliás, estes também são trocados por outros mais baixos, com o objetivo de baixar o centro de gravidade da moto + piloto.  Manoplas e manetes também podem ser trocadas.

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foto: Luciano Sampafotos

Com essas modificações, as medidas dela se alteram. Saem os pneus originais da marca Dunlop e entram os Pirelli Diablo SuperCorsa de mesma medida: 120/70 ZR 58W na dianteira e 160/60 ZR 69W na traseira, radiais e sem câmara, montados no aro de 17″.  Esses pneus para competição da Pirelli são duráveis e com excelente grip.  É possível fazer os treinos, classificação e corrida, mantendo o mesmo ritmo e tempo de volta, que é de aproximadamente 1 minuto e 57 segundos em Interlagos.

Por terem uma borracha com composto macio, é possível fazer as curvas acelerando. E isso é uma das coisas mais gostosas de correr nesta categoria: poder acelerar nas curvas e buscar o limite das frenagens, tentando sempre frear o mais tarde e acelerar o mais cedo possível.  Do mesmo jeito que sempre fiz com os carros de Fórmula com que corri.

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foto: Wildes Barbosa

Eles trabalham em uma temperatura de 55°c e com calibragem aproximada de 30 libras na dianteira e 32 na traseira. A partir daí, cada piloto faz seu acerto fino, dependendo de peso, ajuste de suspensão, estilo de pilotagem e até de temperatura de pista. Tem piloto que utiliza 28 na frente e 24 na traseira.  A calibragem recomendada para utilização nas ruas com os pneus originais é de 36 libras na frente e 42 na traseira. As rodas com que corremos, são as originais.

O sistema de freio também é mantido original: disco simples do tipo Margarida com 320 mm e cáliper com dois pistões na dianteira e disco de 240 mm e pistão único na traseira.  Só trocamos o óleo, por um DOT 5, que aguenta maiores pressões e temperaturas, já que são mais exigidos, e as pastilhas dianteiras, por uma com composto mais macio.

suzane_copa-honda-cbr500r_sao-paulo_foto_sampafotos_01 O chassi é do tipo Diamond, em que o bloco do motor é utilizado como parte estrutural do chassi, de forma que dá uma maior flexibilidade ao comportamento da moto. O projeto foi desenvolvido visando centralização das massas, o que, em conjunto com o baixo centro de gravidade, facilita nas mudanças de direção e faz com que a moto pareça mais leve do que é, inclusive para manobrar.

A carenagem original é trocada por uma de fibra de vidro. Saem farol e luzes traseiras, retrovisores, bancos, descanso lateral e as pedaleiras do carona. As do piloto são trocadas por outras específicas para pista, mais leves e em posição mais alta, para que não toquem no chão durante as curvas. O posicionamento do escalonamento das marchas é invertido para que o pé não fique por baixo da alavanca do câmbio no caso de uma troca de marcha em curva para a esquerda, quando a moto está deitada.

O para-lamas dianteiro original também é mantido. O tanque de combustível tem capacidade para 15,7 litros, mas, como o motor é muito econômico, mesmo andando todo o tempo com o giro alto, nunca coloco mais que 8 litros no tanque. A pista do circuito de Interlagos tem 4.309 metros e a corrida é feita em 10 voltas, mais três voltas de alinhamento, apresentação e volta para os boxes, o que dá 56 km.  Então, é possível sair para a corrida com apenas 5 litros no tanque, já que a média do consumo fica em 13 km/l e é preciso sobrar 1 litro para a vistoria. Já na rua, com gasolina comum, ela faz entre 25 e 30 km/l, o que dá uma autonomia de aproximadamente 400 km!

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Com meu companheiro de equipe, Leonardo Tamburro

O painel pode ser trocado, mas estou utilizando o original, mesmo, que é digital e me dá as informações de giro de motor, velocidade e nível de combustível, além de hora e quilometragem rodada. Também coloquei um Lap Timer com GPS da Alfano para que eu possa analisar meu desempenho depois. No final, a moto emagrece aproximadamente 20 kg, ficando com 160 (peso a seco), já que a versão original sem ABS pesa 181 kg.

CUSTOS
O preço da moto original em uma concessionária, em São Paulo (SP), é de R$ 23 mil.  Para correr no SuperBike Series, ela é vendida subsidiada por R$ 19 mil. Gastei outros R$ 5 mil com a preparação. Como as modificações são limitadas, participar do campeonato tem um custo aproximado de R$ R$ 4.500,00 por etapa. Sem contar passagem e hospedagem e possíveis quedas… Então, dependendo do piloto, o custo pode até dobrar. Mas não pense que você poderá comprar uma CBR 500R da organização para utilizar nas ruas, pois a documentação fica retida até o final do campeonato e é preciso assinar um contrato de compromisso de participação em todas as etapas.

APOIOS:
Ainda não tenho patrocinadores, mas tenho importantes apoios da MotoSchool, da Tutto Moto, da Shoei, da Alfano, da Solo Moto e, claro, de meu Centro de Treinamento de Pilotos Suzane Carvalho.

CUSTO DE PREPARAÇÃO DA MOTO:
Carenagem – R$1.400,00
Escapamento completo ponteira e curva – R$ 500,00
Kit pedaleiras – R$ 600,00 a 1.200,00
Par de Semi-Guidão – R$ 400,00a 1.200,00
Óleo motor – R$ 190,00
Suspensão dianteira (óleo e alterações) – R$ 400,00
Pastilha de freio – R$ 150,00
Coroa – R$ 230,00
Par de manoplas – R$ 35,00
Junta de escapamento, parafusos e porcas – R$ 80,00
Alteração da carenagem frontal – R$ 200,00
Pintura – R$ 450,00
Adesivagem – R$ 400,00
Corrente de transmissão (opcional) – R$ 480,00
Total – R$ 5.515,00

foto: Luciano Sampafotos

foto: Luciano Sampafotos

CUSTO POR ETAPA:
O custo para participar da Copa Honda CBR 500R no SuperBike Series Brasil é de aproximadamente R$ 4.500,00 por etapa, fora passagem e hospedagem.
Inscrição – R$ 600,00
Jogo de pneus – R$ 800,00
Combustível – 20 litros x 3,50 – R$ 70,00
Equipe – R$ 1.000 A 3.000,00

Quem está disputando o campeonato na ponta acaba investindo mais em treinos e consequentes taxas de pista, mão de obra, pneus e etcs…

São duas categorias: a Pro, para pilotos experientes, e a Light, para pilotos com até dois anos em competição; e duas subcategorias: a Teen, para pilotos com até 18 anos e a Máster, para pilotos acima de 45 anos.  Então eu pontuo na Light e na Máster.

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