Dia 06: 15/02/2013. Puerto La Cruz-Puerto Ordaz
Suzane Carvalho
Optei por trocar os dois dias livres que eu teria em Margarita por um dia em Puerto Ordaz e outro em Gran Sabana, afinal, sou nascida, criada e vivida na praia e mal tive tempo de olhar para as belas paisagens da grande planície nem de ir a nenhuma cachoeira. Para mim, ver as comunidades indígenas será muito mais proveitoso, e acredito também que conseguirei melhores fotos por lá.
Saí às 09:50 min. Km da moto: 2393. A viagem tem 260 a menos.
Peguei um trânsito muito pesado na saída de Puerto La Cruz. Demorei uma hora e dez minutos para percorrer 22 quilômetros. O que percebi aqui é que a densidade demográfica nas cidades é muito grande e a do restante do país, muito pequena. Por todas as cidades que passei parecia que tinha mais gente que espaço. Já as comunidades indígenas me pareceram tranquilas.
A estrada até Puerto Ordaz, onde a concentração de brasileiros é bastante grande, é uma reta só e em mão dupla. O asfalto está bom e não tem radar. Não é preciso nem falar em que velocidade andam por aqui: muito alta! Mas o importante é nossa responsabilidade e consciência de segurança no trânsito, o que infelizmente não são todos que têm. E as estradas daqui são muito perigosas.
E como era 6ª feira, era dia de descida para o litoral. Eram tantos carros ultrapassando um ao outro, e vindo em minha direção, que cheguei a me perguntar se EU não estava na contramão.
Não deu outra. Vi um lamentável e terrível acidente.
É uma pena que alguns motoristas não entendem que não podem ser mais fortes que uma batida a mais de 120 km/h e que a prepotência ainda seja dominante em alguns.
Curioso é que em El Tigre, uma cidade que tem um trânsito muito louco, e em Guasipati, eu vi mulheres pilotando motonetas. Sempre com garupas mulheres e sem capacete, que aqui eles quase não usam. Em motos maiores utilizam mais o do tipo “coquinho”, e desamarrado. Até mesmo a polícia usa esse tipo de casco.
Após rodar 160 km abasteci em El Tigre. Em todas as vezes que abasteço, sem exceção, derrubam gasolina na moto. Então a água que carrego no baú da moto serve também para lavá-la após cada abastecimento. Entraram 6,3 litros de gasolina premium que tem 95 octanas, a mesma da Podium da Petrobras, mas que aqui custa Bs 0,097litro e deu um total de Bs 0,60 que não me cobraram.
Fiz um total de 420 km e cheguei a Puerto La Cruz ainda de dia.
Consegui um belo desconto para ficar no andar VIP (saiu por volta de R$ 110!) do Hotel Venetur Orinoco. Esse sim, um verdadeiro 5 estrelas. O apartamento era de frente para o Rio, com um visual belíssimo.
Deu tempo ainda de tomar um chocolate quente e fotografar os macaquinhos que ficam por ali no hotel.