Rally Dakar vê brasileiros ganharem pela primeira vez
Suzane Carvalho
Fotos de Gustavo Epifânio, Victor Eleutério, José Mário Dias e Marcelo Machado Melo
QUÊ DEMAIS !
O momento é de deixar o texto jornalístico de lado e me emocionar, pular de alegria!
PARABÉNS, LEANDRO TORRES E LOURIVAL ROLDAN! MILHÕES DE VEZES PARABÉNS!
QUÊ FANTÁSTICO!
Sem patrocinadores estampados em seus macacões (no UTV, Polaris, Motul e XT+), sem estilo “fit” e, para os preconceituosos, sem idade para sequer participar do Rally mais exigente do mundo, a dupla de brasileiros fez história ao ganhar em uma categoria.
Piloto com 98 kg. Navegador com 58 anos. Ambos guerreiros vitoriosos.
Eles são a representação do que sinto e prego, mas que a grande maioria torce o nariz quando falo: não há idade para pilotar. Nem sexo. É preciso sim, vontade.
A categoria de UTVs foi criada nesta edição, pois até então competia diretamente com os carros. A dupla que tem piloto do Rio de Janeiro, porém radicado em São Paulo e navegador paulista, estreou no Dakar na edição 2016, quando terminou em 3° entre os UTVs. Lourival fez sua 10ª participação no Dakar, enquanto Leandro estreou no ano passado.
A edição 2017 do Rally Dakar teve 12 dias de competição (apenas 1 de descanso, após o 6° dia), largando no Paraguay, subindo pela Argentina até a Bolívia e descendo a cordilheira dos Andes na Argentina até chegar à capital, Buenos Aires, totalizando 8.818 km.
Marc Coma, diretor esportivo da competição, declarou: “A rota do Dakar de 2017 preserva as tradições de rally-raid, com um desafio físico que vai empurrar os competidores para o mundo de extrema resistência: 7 trechos cronometrados terão mais de 400 quilômetros e um deles, mais de 500 quilômetros. Durante 6 dias estaremos a mais de 3.000 metros acima do nível do mar. O equilíbrio das dificuldades pode ser ilustrado por uma dupla tendência ascendente: o nível de dificuldade aumentará apenas até o dia de descanso, então será necessário um segundo aumento de potência, para atingir o nível ideal para o “Super Belén”. Nada será decidido até a última etapa especial no Río Cuarto “.
Foram 8 duplas que competiram com cinco UTVs da Polaris e três da Yamaha.
342 – XTREMEPLUS/POLARIS RACING INTERNATIONAL
MAO RUIJIN – China
SEBASTIEN DELAUNAY – França
351 – XTREMEPLUS/POLARIS RACING INTERNATIONAL
LEANDRO TORRES
LOURIVAL ROLDAN
365 – YAMAHA TRIVIMON DAKAR
JOAN FONT – Espanha
GABRIEL MOISET FERRER – Espanha
372 – YAMAHA TRIVIMON DAKAR
SANTIAGO NAVARRO – Espanha
ORIOL VIDAL – Espanha
374 – XTREMEPLUS/POLARIS RACING INTERNATIONAL
LI DONGSHENG – China
QUANQUAN GUAN – China
378 – XTREMEPLUS/POLARIS RACING INTERNATIONAL
MAGANOV RAVIL – Rússia
KIRILL SHUBIN – Rússia
382 – YAMAHA TRIVIMON DAKAR
ANDREU CACHAFEIRO VIDAL – Andorra
GUIFRE PUJOL SOLSONA – Espanha
386 – XTREMEPLUS/POLARIS RACING INTERNATIONAL
WANG FUJIANG – China
LI WEI – China
Interrompi este, que seria meu último dia de “férias” do Blog, para homenagear a dupla. Eles merecem.
Mais tarde volto com observações gerais sobre as demais categorias do Dakar e uma menção especial à Laia Sanz, espanhola que compete nas motos e que completou o rally na 16ª colocação em sua 7ª participação (seu mehor resultado foi 9° em 2015), a russa Anastasiya Nifontova, que estreou este ano e terminou na 75ª posição e Rosa Romero Font que em sua 6ª participação, terminou em 80°. Todas competindo entre os 143 pilotos de moto.
Mas veja já os 5 primeiros em cada categoria:
Veja abaixo fotos da dupla em ação, em fotos de Gustavo Epifânio, Victor Eleutério, José Mário Dias e Marcelo Machado Melo (para saber o autor de uma em específico, clique em SALVAR que o nome aparecerá):