Honda PCX chegou para mexer com o mercado de scooters
Suzane Carvalho
Bonito, com design moderno e aparência robusta, que te dá uma certa segurança a mais para andar no trânsito, o novo scooter da Honda é um produto global e tem tudo para mudar o crescente mercado urbano de duas rodas.
Elegante, tem cromado no guidão e na base dele, na frente contornando os faróis, no apoio do pé do carona (que é retrátil) e nas molas traseiras. O para-brisas fumê dá um toque especial e as lanternas e os faróis são bem grandes. Além do descanso lateral, tem também cavalete central. As cores são o branco perolizado e o vermelho escuro metálico.
O painel frontal protege as pernas. Apesar de dar para subir nele passando uma das pernas pela frente do banco, e com isso utilizar saia, em todas as vezes subi montando, ou seja, passando a perna por cima do banco.
Com bastante tecnologia embarcada, o PCX é inovador e atrai o olhar do usuário urbano que utiliza um veículo de duas rodas para ir ao trabalho, à academia, ao mercado, ao cinema, enfim, de quem o utiliza para uma maior mobilidade urbana. Além do mais, ele é confortável, econômico, tem partida elétrica, câmbio CVT e espaço para bagagem.
O combustível é gasolina, a alimentação do motor é feita por injeção eletrônica PGM-FI (Programmed Fuel Injection) e a ignição também é eletrônica.
Tem partida elétrica e um novo sistema chamado de Idling Stop. É assim: todas as vezes que o PCX para por mais de 3 segundos, o motor desliga sozinho. Mas basta você acelerar para que ele religue imediatamente e você saia andando. É tão suave que parece motor elétrico.
PRATICIDADE
O porta-objetos abaixo do banco tem capacidade para 25 litros. Maior do que aquele garrafão de água que costumamos ver em bebedouros. Além dele, tem um porta-luvas na frente, onde cabem documentos, óculos e pequenos objetos.
O bocal do tanque de combustível, que comporta 5,9 litros, fica entre as pernas do piloto e para abri-lo não precisa tirar a chave do contato, mas apenas girá-la para a posição correta e apertar o botão do bocal. Este é mais um item de segurança. No mesmo botão, para o outro lado, se levanta o banco.
O motor está localizado perto da roda traseira e em uma posição bem baixa, e por isso ele é bem leve de guiar e estável. Outra coisa que o deixa leve são as rodas com aro 14″ tanto na dianteira quanto na traseira e os pneus que não são muito largos, de medida 90×90 na frente e 100/90 atrás. O banco está só a 76 cm do chão.
No painel tem velocímetro analógico, hodômetro total e marcador de combustível digitais. Além de luzes-espia da injeção eletrônica e do sistema de parada automático Idling Stop.
MOTORIZAÇÃO
O motor é à combustão, OHC, 4 tempos, com 152,9 cc. Tem 13,6 cv de potência por volta das 8.500 rpm e torque de 1,41 kgf.m a 5.250 rpm. Apesar dos picos estarem distante 3.000 rpm, a relação diâmetro x curso do pistão é ''quadrada'', de 58 x 57,9 mm, o que faz seu desempenho ser bastante equilibrado. A taxa de compressão é de 10,6:1. Os balancins roletados o deixam com funcionamento bem suave.
Tem refrigeração e lubrificação líquidas, e por isso, bomba d'água e ventoinha. O repositor do líquido de arrefecimento fica na parte traseira dela, no mesmo compartimento do porta-objetos.
A velocidade máxima beira os 115 km/h e é limitada eletronicamente. No meu GPS de pulso marcou 108,6.
A transmissão é automática CVT V-MATIC continuamente variável, e com isso ele é muito suave, pois não tem aquele tranco para mudar de marcha. A embreagem é centrífuga automática.
O PCX vem ainda com um sistema de reaproveitamento de energia com gerador, e um motor elétrico que carrega a bateria. No escapamento tem filtro catalizador.
Todo esse conjunto de modificações no motor recebeu o nome de eSP (enhanced Smart Power, que significa ''Maior Inteligência''), que é um conceito que visa a baixa emissão de poluentes e de consumo de combustível sem perder desempenho. Um deles é esse micro sistema híbrido start-stop, que foi chamado de Idling Stop. Outro, é um sistema de baixa fricção entre o cilindro e o pistão, e dos balancins roletados. O eSP também atua em conjunto com o câmbio CVT fazendo com que a relação das polias se alongue quando você mantém velocidade constante, e com o sistema de arrefecimento.
O freio dianteiro a disco de 220 mm de diâmetro com cáliper de 3 pistões, sendo que o do meio só é acionado junto com o freio traseiro. Isso mesmo. Quando você aperta o manete direito, relativo ao freio dianteiro, as duas pinças externas são acionadas. Quando você aperta o manete esquerdo, do freio traseiro, além do tambor traseiro, que tem 130 mm de diâmetro, é acionada também a pinça central do freio dianteiro. Esse é o sistema Combined Brake System – CBS, que utiliza dois cilindros mestres. Mesmo se você utilizar somente o freio traseiro, o freio dianteiro também será acionado fazendo com que a frenagem seja sempre equilibrada. Mas a melhor frenagem é sempre feita utilizando mesmo os dois freios. No caso do PCX, com os dois manetes.
* Veja aqui um video de como é o funcionamento do Combined Brake System
A suspensão é bem firme e confortável, sem ser aquela coisa ''molenga''. Na dianteira é garfo telescópico com 100 mm de curso e na traseira são dois amortecedores com curso de 85 mm.
As lâmpadas dos faróis são de 30 e 35 W. Tem também lanternas nas duas laterais dianteiras. E o design da lanterna traseira é bem arrojado.
O chassi é monobloco tipo berço, em aço tubular. Ele pesa 124 kg e mede 1,91 m de comprimento por 73,8 cm de largura e 1,09 m de altura. O entre-eixos é de 1,31 m e a altura mínima do solo, 14 cm. O modelo já é 2014.
A produção está sendo na unidade HDA2 de Manaus e a previsão é a de produzir até 1.000 unidades mês. A expectativa da Honda é produzir 10.000 unidades durante o ano de 2013.
O preço público sugerido é de R$ 7.990,00 base São Paulo, com 1 ano de garantia, sem limite de quilometragem.
O outro scooter da Honda, o Lead, tem motor de 110 cc, rodas com aro 13″, suspensão traseira monoamortecida e custa R$ 5.890,00.
Clique AQUI para ver uma galeria de fotos completa do PCX.