Blog da Suzane Carvalho

Arquivo : dia do motociclista

Debaixo do capacete pode ter uma mãe de família. Respeite os motociclistas.
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Suzane Carvalho

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Mulher, mãe, motociclista.
A foto acima não foi planejada nem produzida. Foi feita com um smartphone, pelo marido de Lianna Beckert, 33, ao ver a filha Liara, de 2 anos, correr em direção à moto de sua mãe quando ela chegava do trabalho. Há 7 anos pilotando motos, a Assistente de Produção de uma empresa de caldeiraria está em sua terceira motocicleta. Ela fez o caminho certo: seu primeiro veículo de duas rodas tinha motor de 125 cc. Depois passou para uma 150 e hoje tem uma 300cc, a Honda XRE. Mãe também de um menino de 12 anos, Lianna, que mora em Rio das Ostras, no Rio de Janeiro, utiliza a motocicleta também aos finais de semana, para passear com um clube local. O marido? Começou a pilotar motos há um ano.

Cena cada dia mais corriqueira, a utilização de veículos de duas rodas por mulheres já deixou de ser algo raro. Nos postos de gasolina, os frentistas passaram a reparar melhor antes de falar “o senhor” quando uma motocicleta encosta em uma das bombas de abastecimento.

Elas utilizam a moto no dia a dia, como opção de transporte para levar os filhos para a escola, ir para o trabalho ou ao mercado, ou simplesmente para passear aos finais de semana. Com a maternidade, o sentimento de responsabilidade as torna mais conscientes no trânsito e, em geral, menos agressivas que os homens.

Os modelos e estilos utilizados são os mais variados. Mas uma coisa é certa: elas não têm vergonha de mostrarem seus gostos e personalizam seus equipamentos com criatividade maior que os homens.

2_sabrina_e_vittoria_casarinSabrina Casarin, por exemplo, 39, e pilotando motos desde os 15, é proprietária de uma Honda CBR 600F e colou nada menos que 1.300 pedras de “strass” em seu casco. Começou com uma Yamaha RD 350, passou por Honda XL 250 e por uma Suzuki GS 500 até chegar à 650. Moradora de Piracicaba, no interior de São Paulo, costuma viajar com a filha Vittória, de 16 anos, que é habitué de sua garupa.

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4_andreza_800Andreza Ribeiro, 36, moradora de Rio Claro, SP, pilota motos há 10 anos e é mãe de um rapaz de 17, outro de 10 e uma menina de 7 anos. Proprietária de uma Suzuki Intruder, trabalha como coordenadora de embarque em uma transportadora na cidade vizinha e vai para o trabalho diariamente com sua moto. O marido é também motociclista e presidente de um moto grupo.

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Também com três filhos, Paula Merli, 40, anda de moto há apenas dois anos. Começou com uma DragStar e agora tem uma Vulcan 900. Moradora de São José do Rio Pardo, SP, divide com a marido o trabalho na serralheria e pilotagem da moto.

 

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Lu Carvalho, mineira de Belo Horizonte, tem 36 anos e um filho de 6. É auxiliar administrativa e sua primeira moto foi uma DT, aos 15 anos. Depois passou por CG, uma Fazer e hoje tem uma Ténéré 250. “sinto prazer na liberdade e também um pouco de rebeldia e coragem de ocupar um espaço até pouco tempo estritamente masculino. Mas saber que tem uma vida que depende de mim, me faz pilotar com outros olhos, mais responsável.”7_josiane

 

 

De Campo Largo, no Paraná, Josiane Ludovico tem um filho de 6 anos que, da mesma forma que o marido, já faz pequenos passeios em sua garupa. Além de utilizar a moto para ir trabalhar, monta em sua FYM 250 também para “distrair pensamentos”.

 

8_nara_regina“Eu uso minha moto para tudo. Para trabalhar, ir na faculdade, na igreja, no shopping, na sede do moto clube, ora levar o filho para escola, para o judô, aula de inglês, na casa do amigo, enfim minha moto é extensão das minhas pernas. Meu filho cresceu na minha garupa; com 1 ano e meio já andava amarradinho em mim e hoje está com 12”, declarou Nara Regina, 45, que anda de moto desde os 13. Já teve Mobilete, CG 125, Bros 150 e está se preparando para pegar uma Falcon. Moradora de Londrina, no Paraná, já foi até o Paraguai com sua “bebê”. “Deixo o carro na garagem mas a moto não”, completa.9_elizandra

 

 

Elizandra Sadelli, 37, pilota motos há 21 anos e é mãe de um menino de 9. Moradora da cidade de Pinhais, no PR, começou com uma Mobilete aos 16 anos. Passou por uma Biz, uma CG e agora tem uma CB 300. “Faço tudo de moto. Andar de moto é um amor inexplicável. Para ir ao trabalho, mercado, fisioterapia, levar meu filho na escola, etc…” Seu marido não pilota motocicletas.

leka__Outro exemplo de mulher que pilota motos no trânsito diariamente é a auxiliar administrativa Letícia Lima, conhecida por Leka e moradora de Campinas, no interior de SP. Com 36 anos, tem um filho de 16 que anda em sua garupa desde os 5. “Levo e busco ele no colégio, curso, passeios… Sou apaixonada pelas duas rodas desde que nasci e desde os 15 anos que ando pela paixão, pela praticidade, economia, agilidade, pela baixa manutenção…são inúmeros os fatores a favor. Já tive YBR, CG 150, Twister e agora uma Biz 125. Já viajei muito, mas hoje não o faço pois a moto que tenho não é boa pra pista, mas na cidade ela é o máximo…logo voltarei pra pista. Minha moto é basicamente minha perna, uso pra tudo…tudo mesmo”.

Como pudemos ver nos casos acima, “Mulheres, Mães e Motociclistas” encontram nos veículos de duas rodas a mobilidade e o sentimento de liberdade e realização, além de economia. E o melhor, sempre com consciência e responsabilidade, respeitando os outros veículos e o compartilhamento das ruas.


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