Blog da Suzane Carvalho

O que não entendemos. #RIP Eduardo Hiroshi

Suzane Carvalho

Hoje perdemos um grande profissional e amigo do jornalismo automotivo.
Para quem alguma vez já leu o caderno Agora São Paulo, do Jornal Folha de São Paulo, deve ter lido os textos de avaliações feitas Eduardo Hiroshi.

Uma pessoa sensível, carente, e que buscava entender o mundo. Não entendeu.
Buscou nas menores coisas a salvação de sua felicidade. Não encontrou.
Talvez lhe faltasse sentir o carinho agora demonstrado pelos colegas nas redes sociais.


Profissionalmente era completo. Viajava e tinha amigos.
Quem olhava suas fotos no FB o julgava uma pessoa muito feliz. Quem lia seus posts, nem tanto. Quem convivia com ele, tinha certeza de que era infeliz e não encontrava seu lugar no mundo.


Às vésperas de completar 36 anos, resolveu parar de viver.
Nem remédio nem analista o fizeram mudar de idéia. A Terra não o completava.
Buscou em religião, em mulheres, mas nada o fez entender o que o fazia sofrer.


Desde o primeiro test drive compartilhado, Hiroshi se dizia meu fã. No último, pediu para me ver pilotando na pista e veio no banco de trás.
Não pude fazer nada por ele além de um jantar e muitas palavras motivadoras.
Sempre tento, nas menores atitudes, fazer com que alguém viva melhor. Seja dando atenção, um sorriso ou incentivando exercícios físicos e dietas.
Mas a dor de Hiro vinha lá de trás.


Obrigada, Eduardo Hiroshi.