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Produção de motos cresce no mês de julho, mas recua no ano
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Suzane Carvalho

Fábrica da Triumph em Manaus

Fábrica da Triumph em Manaus

Conforme levantamento divulgado pela ABRACICLO, Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares, a produção de motocicletas em agosto registrou volume 11,6% superior a julho: 114.162 unidades contra 102.330.  Essa alta deve-se em muito às férias coletivas que algumas fábricas deram a seus funcionários, no mês passado.  Em comparação a igual período de 2014, os índices são negativos, com decréscimo de 12%. Já no acumulado do ano a retração chega a 11,9%, passando de 1.038.714 motocicletas, em 2014, para 914.752, em 2015.

As vendas no atacado (das montadoras para suas concessionárias) também tiveram um crescimento de 8,8%: foram vendidas 101.927 unidades em agosto, contra 93.654 em julho.  Porém, frente ao mesmo mês de 2014, a queda foi de 15,7%, já que ano passado os revendedores adquiriram 120.941 unidades. Em relação à comercialização interna dos oito primeiros meses de 2015 a retração foi de 10,1%, com 854.674 motos vendidas contra 950.684 no ano passado.

No varejo, foram vendidas 99.854 motocicletas, o que representa um recuo de 7,3% ante o volume de julho (107.741) e de 10,3% em relação a igual período de 2014 (111.291). A média diária de vendas chegou a 4.755 unidades no oitavo mês do ano (21 dias úteis de comercialização), volume superior (1.5%) ao registrado no mês anterior (4.684), com 23 dias úteis.  Quando comparado a agosto de 2014 (5.300), que também apresentou 21 dias úteis de comercialização, o descréscimo chega a 10,3%.

EXPORTAÇÃO
As exportações do mês de agosto alcançaram 9.347 operações, o que representa alta de 9% frente a julho, com 8.574. Na comparação com o oitavo mês de 2014 (9.528 motocicletas), observa-se recuo de 1,9%. Já na comparação do acumulado de 2015 com 2014, o índice de motocicletas exportadas apresenta expressiva queda de 42,1%, passando de 62.446 para 36.162 unidades.

“Tradicionalmente, o segundo semestre é melhor que o primeiro. Além do período de férias e décimo terceiro salário, a realização de eventos estimulam o mercado. O Salão Duas Rodas, por exemplo, programado para os dias 7 a 12 de outubro, no Anhembi, em São Paulo (SP), trará novidades e lançamentos que incentivarão os consumidores e isso deverá impactar positivamente nos resultados para o segmento”, afirma Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo.

 

Sobre a ABRACICLO e o Setor de Duas Rodas

Com 39 anos de história e 12 associadas, a ABRACICLO – Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares representa, no país, os interesses dos fabricantes de transporte em Duas Rodas, além de investir fortemente em ações que tenham por objetivo a busca pela paz no trânsito e pilotagem defensiva.

Representativa, a fabricação nacional de motocicletas – majoritariamente concentrada no Polo Industrial de Manaus (PIM) – está entre as seis maiores do mundo. Já no segmento de bicicletas, o Brasil se encontra na quarta posição entre os principais produtores mundiais. No total, as fabricantes geram aproximadamente 16 mil empregos diretos no PIM.


Yamaha R3 vem para brigar com a KTM Duke 390
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Suzane Carvalho

Yamaha YZF-R3

Com boa relação peso/potência, a R3 foi desenvolvida para o uso diário

O visual da pequena esportiva da Yamaha segue o estilo da R6 e da R1, com design moderno e agressivo, linhas aerodinâmicas e estilo de superesportiva.

Com motor de 2 cilindros em linha distribuindo os 321 cc, tem duplo comando de válvulas no cabeçote, refrigeração líquida, 4 válvulas por cilindro e injeção eletrônica.  A potência máxima é de 42cv e o torque de 3,02kgf.m, Ele é construído com materiais nobres com objetivo de ter uma melhor relação peso/potência: pistões forjados em alumínio e cilindro com a tecnologia DiASil Yamaha, fabricado com 80% de Alumínio e 20% de Silício.

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O sistema de admissão Downdraft Intake direciona o ar de forma descendente ao motor, em conjunto com a injeção eletrônica e ECU digital de 16 Bit, para uma melhor queima de combustível, sem ter alto consumo de combustível, segundo a fábrica.

O chassi é do tipo diamante, fabricado com tubos de aço.

Disponível nas versões standard e ABS, a R3 tem freios a disco, sendo o dianteiro flutuante de 298 mm, e o traseiro com 220 mm de diâmetro.

A suspensão dianteira possui 130 mm de curso e tubos internos de 41 mm de diâmetro. Já o garfo traseiro, com formato assimétrico, possui 573 mm de comprimento e dá à R3 “a mesma relação de distância entre-eixos” da R1. Com um curso de roda de 125 mm, a suspensão traseira é do tipo Monocross. O amortecedor traseiro tem ajuste de pré-carga em sete posições para adequar-se ao tipo de pilotagem, terreno e carga.

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O assento é bipartido e fica a 780 cm do solo.
As rodas de 10 pontas e 17 polegadas são fabricadas em alumínio fundido, com pneus tubeless.

O painel é um destaque à parte: iluminado por LED, Shift Light, como na R1, que pode ser ajustado de acordo com a preferência do piloto, que pode optar pelo tipo de acendimento (luz fixa, piscante e strobe), há 3 níveis de luminosidade, com acionamento a partir do RPM desejável (a partir de 7.000rpm), entre outras opções. Com conta-giros analógico à esquerda e display LCD à direita, o painel conta com indicador de marcha, nível de combustível, temperatura da água, relógio, hodômetro total e dois parciais, indicador de troca de óleo, consumo médio e instantâneo de combustível.

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Produzida na fábrica da Yamaha em Manaus, a nova YZF-R3 chega ao País, com 3 opções de cores: Midnight Black (preta) Rapid Red (Vermelha e Branca) e a Racing Blue (Azul e Prata Fosco), que herda a imagem global dos modelos mais recentes de competição da Yamaha.

O novo modelo estará disponível, na versão standard, a partir da segunda quinzena de setembro nas concessionárias Yamaha pelo preço sugerido de 19.990,00 + frete.

A versão com ABS chega às concessionárias Yamaha a partir da segunda quinzena de novembro pelo preço sugerido de R$ 21.990,00 + frete.

Apesar de ser uma esportiva e a KTM Duke 390, uma naked que também está chegando, as duas disputarão o mesmo mercado.

  FICHA TÉCNICA YAMAHA YZF-R3
MotorDOHC – 4 válvulas por cilindro
Arrefecimento Líquido
4 Tempos
Cilindrada Real (cm³)320.6
Quantidade de cilindros2
Diâmetro X curso (mm)68.0 x 44.1 mm
Taxa de compressão11.2 : 1
Torque máximo (kgf.m/rpm)3.02 kgf.m/ 9.000rpm
Potência máxima (cv/rpm)42,01cv /10.750rpm
Sistema de partidaElétrica
Capacidade de óleo do motor (L)2.4
Tipo de combustívelGasolina
Capacidade do tanque de combustível (L)14
AlimentaçãoInjeção Eletrônica
Câmbio6 velocidades
Tipo de chassiDiamante
Pneu dianteiroMETZELER 110/70 – R17M/C 54H
Pneu traseiroMETZELER 140/70 – R17M/C 66H
Freio dianteiro (disco hidráulico flutuante)Ø 298 mm
Freio traseiro (disco hidráulico)Ø 220 mm
Comprimento total (mm)2.090
Largura total (mm)720
Altura total (mm)1.135
Altura do assento (mm)780
Altura mínima do solo (mm)160
Peso líquido (kg)167
Distância entre eixos (mm)1.390
Suspensão dianteiraGarfo telescópico
Suspensão traseiraMonocross
Curso da suspensão diant.(mm)130 (suspensão) / 130 (roda)
Curso da roda tras. (mm)125 (roda)

Participação da Moto Honda do Brasil passa de 83% do mercado
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Suzane Carvalho

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CLIQUE NA TABELA, PARA AUMENTÁ-LA

A Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares – Abraciclo, apresentou esta semana, o balanço da produção, venda interna e exportação de motocicletas de seus associados, no primeiro semestre.

O que pudemos ver, além do recuo de aproximadamente 10% na produção e vendas, foi que a participação da marca japonesa Honda aumentou, e agora ela lidera com 83,3% do mercado.  Dos 38 modelos que vende no país, 29 são fabricados em Manaus.

A Yamaha manteve-se na segunda posição, mas teve seu market share diminuído de 11,7 para 10,2% do mercado interno.

A outra marca japonesa a fabricar motocicletas no Brasil, a Suzuki, além de aumentar o número total de motocicletas vendidas, conseguiu aumentar também sua fatia na distribuição de nosso mercado e agora responde a 1,6% ante aos 0,9% do ano passado.  A Suzuki briga com a Traxx e com a Dafra pela terceira colocação no mercado.

A BMW conseguiu dobrar sua participação, de 0,3 para 0,6%, aumentando também o número total de vendas, lembrando que a marca alemã produz somente motocicletas de média e alta cilindrada.  Nesse nicho, a inglesa Triumph manteve-se estável na participação interna, mas com o número total de vendas em queda, assim como a americana Harley-Davidson.

 


Big Scooter T-Max 530 da Yamaha chega ainda este ano
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Suzane Carvalho

Fotos: Stephan Solon

A briga das scooters vai esquentar com a chegada T-Max 530 que será mostrada pela Yamaha na semana que vem, no Salão Duas Rodas que acontecerá em São Paulo entre os dias 08 e 13 no Anhembi.  Ela será importada da Itália, e começará a ser vendida em dezembro por um preço aproximado de R$ 40.000,00.

Tive a oportunidade de testá-la.  Ela é bastante bonita e fácil de ser pilotada, obedecendo bem aos comandos.  Tem câmbio automático e a resposta do motor é rápida.  Ele é um 4 tempos de 530 cc em dois cilindros paralelos com duplo comando no cabeçote e refrigeração líquida

Tem potência máxima de 46,5 cv a 6.750 rpm e torque de 5,3 kgf.m a 5.250 rpm.
O câmbio é automático e a transmissão final é por correia dentada feita em fibra de kevlar.
A suspensão dianteira é garfo telescópico com 120 mm de curso e a traseira, braço oscilante com 116.

 Os freios são a disco na frente e atrás, sendo duplo de 267 mm na frente e simples com 282 mm atrás.  Vem com ABS  e rodas com aro de 15″ calçada com pneus da Bridgestone.

O chassi é de alumínio e o peso total é de 221 kg.  O tanque tem capacidade para 15 litros.

Tem para-brisa regulável, dois porta-objetos na frente e outro com capacidade para 45 litros, abaixo do assento e freio de estacionamento.

O painel tem velocímetro e conta-giros analógicos com as outras informações no mostrador central digital.

Ao menos mais duas novidades deverão aparecer no Salão, mas por enquanto, as  maiores concorrentes dela são as scooters da Suzuki: a Burgman 650 e Burgman 400.


Teste da Yamaha Fazer 150, a estrela da Yamaha no Salão Duas Rodas 2013
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Suzane Carvalho

Fotos: Stephan Solon

Confortável mas com visual esportivo, a Yamaha quer tirar mercado da Honda CG

Yamaha YS 150 Fazer é o nome dela, o principal lançamento da Yamaha do Brasil em 2013. Atrás no sucesso da Fazer 250, a fábrica batizou sua 150 também de Fazer.

O mercado de motocicletas urbanas com motor de 150 cc é o principal do Brasil.  Computando as motocicletas fabricadas aqui, representa 36,14 % da totalidade das motos e vendeu este ano, até o fechamento de agosto, 378.889 unidades, devendo terminar o ano com mais de meio milhão.  Neste mesmo período, foram vendidas 227.829 unidades de motocicletas com motor de 125 cc.  Isso tudo, sem contar as scooters.

Veja como foi a venda por modelo e marca, nos oito primeiros meses deste ano:

MODELO

QUANTIDADE

Honda CG 150 Fan

170.101

Honda NXR 150 Bros

130.818

Honda CG 150 Titan

65.936

Dafra Riva 150

3.519

Suzuki GSR 150i

2.005

Dafra Apache

1.728

Kasinski Comet 150

1.610

Dafra Kansas 150

852

Kasinski Mirage 150

703

Dafra Riva Cargo

623

Dafra Speed 150

455

Kasinski CRZ 150

425

Dafra Laser 150

111

Speed 150 Cargo

3

Total

378.889

MARCA

QUANTIDADE

%

Honda

366.855

96,82

Dafra

7.291

1,92

Kasinski

2.738

0,72

Suzuki

2.005

0,52

Total378.889

99,9%

E até então, a Yamaha está de fora desta importante fatia de mercado.

 Márcio Hegenberg, Diretor de Marketing e Vendas da Yamaha, disse que, com este lançamento, quer alcançar 28% do seguimento nos próximos três anos: “A YS150 foi desenvolvida e testada durante cinco anos, exclusivamente para o mercado brasileiro, com um projeto feito em parceria pelas áreas Técnicas do Brasil e do Japão”.

O design da Fazer 150 é arrojado e agressivo.  Te dá a impressão que a moto é robusta e com linhas esportivas. No entanto, o guidão, que é regulável, é bem altinho em relação ao banco que fica a 78,5 cm do chão e com isso ela fica  confortável e faz com que o piloto não canse, mesmo guiando-a durante todo o dia.

O motor tem exatos 149,3 cm³, é monocilíndrico, refrigerado a ar, lubrificado a óleo, com comando simples no cabeçote (SOHC) e o pistão é de liga leve.  Ele tem eixo balanceador para ajudar a vibrar menos.

A relação diâmetro x curso é de 57,3 mm x 57,9 mm e a taxa de compressão, 9,56:1.

A potência máxima é de 12,2 cv a 7.500 rpm e o torque de 1,28 kgf.m a 5.500 rpm.  Ela corta aproximadamente nos 8.500 giros.  Aceita como combustível o álcool, a gasolina ou qualquer mistura entre os dois, pois é controlada pela injeção eletrônica que fica no cabeçote.

Tem YRCS – Yamaha RAM Air Cooling System, ou seja, sistema de refrigeração desenvolvido pela Yamaha.

O bico injetor fica posicionado no tubo de admissão com objetivo de evitar a perda de combustível e melhorar o consumo e o desempenho.

Hilário Kobayashi, engenheiro responsável pelo desenvolvimento da nova Fazer 150, promete que a ela será 7,6% mais econômica que a Honda CG 150.  Mas o comparativo foi feito com o modelo 2012 da Honda.

No teste que fiz, em uma reta de aproximadamente 900 metros, chegou a 125 km/h.  É de fato leve, confortável, curva e freia muito bem.  É leve sem dar aquela impressão de “etérea”, pois você a sente pregada no chão, tendo um bom controle dela.

TECNOLOGIA BLUE FLEX
A Fazer 150 vem com motor BlueFlex de 2ª geração.  Essa é a tecnologia desenvolvida pela Yamaha em que a mistura de combustível entre álcool e gasolina pode ser em qualquer proporção, que a potência e o torque não são alterados.

Vazia, ela pesa 119 kg.  Com combustível e óleos, 132.  A carga máxima é de 168 kg (piloto + garupa + bagagem), pois ela é homologada para que fique com o peso bruto total de 300 kg.

Ela tem 2,01 m de comprimento, 1,08 m de altura, 73,5 cm de largura e distância entre eixos de 1,33 m.

 

O quadro é do tipo diamante, em que o motor faz parte do chassi.
A suspensão dianteira é garfo telescópico com curso de 120 mm e a traseira, balança com molas amortecedoras com curso de 92 mm com 5 regulagens de precarga.

O ângulo de cáster é de 25.4° e o trail de 86 mm.  O raio mínimo de giro é de 2,20 metros, o que a deixa bastante ágil.
Vem com pneus sem câmara aro 18″:  2.75-18 M/C (42P) na frente e 100/80-18 M/C (59P) atrás.

O câmbio é de 5 marchas e a embreagem, discos múltiplos banhada a óleo.
O freio dianteiro é disco hidráulico de 245 mm de diâmetro e o traseiro, tambor mecânico de 130 mm de diâmetro e tive muito boa impressão deles.

A capacidade do tanque de combustível é de 15,2 litros.
A lâmpada do farol também é boa, de 35 w.  A lanterna traseira é bipartida, separada da luz de freio e dos piscas, com desenho bem moderno.
O acabamento no geral é bom, só a alça do garupa deixa a desejar. Vem sem chave geral e a pedaleira do piloto não é retrátil.
Os dois modelos vêm com partida elétrica.  O painel também é igual, com conta-giros analógico e velocímetro, hodômetro total e parcial, marcador de combustível e indicador de marcha digitais.  Isso mesmo, indicador de marcha.  As luzes espia estão acima do módulo digital.

O design do escapamento ajuda na impressão de robustez, e nele fica a sonda lambda e catalizador fazendo com que a moto atenda às exigências do PROMOT4. Ele tem inclinação de 30°, acompanhando o design geral da moto.  Segundo os engenheiros da Yamaha, outro motivo para essa inclinação são as prováveis enchentes que os clientes citaram nas pesquisas.

DIFERENÇA ENTRE OS MODELOS ED E SED
A diferença entre os modelos, é que a SED vem com cavalete central, pintura e grafismo diferente, piscas com lente cristal e lâmpada âmbar, acabamento do banco diferente e molas traseiras na cor vermelha.

Por causa do cavalete central, a SED ficou com a altura mínima do solo 1,5 cm menor: 16 cm contra 17,5 da SE.

A Fazer 150 começa a chegar às lojas esta semana, a partir do dia 01° de outubro nas cores preta ou vermelha para a versão ED e branca, azul ou laranja na versão SED.

Os preços sugeridos da Yamaha YS150 FAZER  são os seguintes: R$ 7.390,00 para a versão ED e R$ 7.850,00 para a versão SED.

A Yamaha tem o plano Revisão com Preço Fixo, onde o cliente sabe exatamente quanto vai pagar da primeira à sétima revisão que é com 30.000 km.

A Yamaha aproveitou para apresentar a nova linha de acessórios Racing Blue e o novo slogan da empresa no mundo: “Revs Your Heart”, que quer dizer “…”, ou, “Levante o giro de seu coração”, ou, “Acelere seu coração”.


Enduro da Independência 2013 – final
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Suzane Carvalho

Rodrigo Gomes Pereira correu na Dupla Estreante com Celio Magno Sena

Mais de 400 pilotos participaram da tradicional prova de regularidade do país. Foram 821 quilômetros percorrendo as trilhas da Rota Imperial São Pedro D’Alcântara, subindo e descendo as montanhas do caminho utilizado por Dom Pedro II em viagens pelo interior do país.

Cadinho Campolina, da Over 40

Um belíssimo caminho, que pude desfrutar, realizando fotos maravilhosas do conjunto moto-piloto-natureza.

Essa foi minha primeira cobertura de um Enduro e só fez aumentar minha paixão pelo esporte.  O contato com a natureza, os percursos desafiadores, a competitividade, a técnica, e convívio amigável entre pilotos e seus familiares, equipes, organizadores e imprensa, e, claro, motocicletas modernas e clássicas se misturando em um evento que há 31 anos é realizado com sucesso.

Sabrina Katana e Laura Nunes atendem às fãs

Fiquei feliz ao ver a pilotagem de Sabrina Katana e Laura Nunes, que passavam pelos obstáculos de forma técnica, fazendo crer que era fácil cruzar rios de pedras, subir por entre erosões, descer pelo barro molhado ou pular troncos atravessados nas trilhas estreitas, tal como os pilotos da categoria Máster, e sempre perto do tempo estipulado pela organização.

A COMPETIÇÂO
Foram quatro dias em que em cada um deles havia duas etapas, valendo 25 pontos cada.  Eram 90 PCs (Ponto de Controle) por dia.  Como Enduro de Regularidade, cada piloto precisa passar pelos pontos de controle, no tempo estipulado pela organização, respeitando a velocidade média do trecho.

O carioca Guilherme Fernandes Benchimol não completou a prova.

O percurso teve aproximadamente 200 km em cada um dos três primeiros dias e 170 km no quarto.  Saindo de Vitória, no Espírito Santo, os pilotos foram até Venda Nova do Imigrante, passaram por Manhuaçu, já em Minas Gerais, Pico da Bandeira, Viçosa, e chegaram a Ouro Preto.

380 pilotos largaram no primeiro dia, divididos em 11 categorias, Destes, 229 cruzaram a linha de chegada.  Para muitos, mais importante do que chegar à frente dos outros pilotos da mesma categoria, é percorrer e completar todo o percurso, pelo prazer de participar de um esporte radical que une motor e natureza.  Teve piloto que participou dos quatro dias e terminou a prova com apenas 1 ponto.  A categoria Vintage andou apenas no último dia.

Cinco duplas de médicos, também pilotos, faziam o percurso entre as categorias.  Dr. Marcelo Rodrigues Pereira, comemorava: “Em 2005 tivemos 35 fraturas e este ano, apenas três: um ombro, um dedo, uma entorse de joelho e uma contusão cervical”.

A grande maioria dos pilotos vem de cidades do interior onde a prática deste esporte é mais difundida.  No entanto, o único piloto que participou das 31 edições do evento, foi o carioca Adhemar Euclydes, de 57 anos, que correu com a Honda CRF 230 de n° 288 e competiu na categoria Over 55.  Ele completou a prova na 9ª posição.   “Hoje em dia eu não entro mais com aquele lance de competitividade, quero mais é aproveitar o evento e entrar para participar e completar a prova”.  Parabéns a ele!

Adhemar Euclydes competiu nas 31 edições do Enduro da Indpendência

Após 8 anos e 4 vice-campeonatos, Jomar Grecco ganha
O capixaba Jomar Grecco, de 37 anos (SHERCO/MOTO- FIRE/ASW/MRPRO/CORONA/PUTOLINE/MITAS/), que competiu com uma Sherco, conquistou o título que há oito anos tentava.  Em 2008, 2009, 2010 e 2012, o piloto de Pedra Azul (ES) chegara em segundo. “É um sonho realizado e meu primeiro grande título da carreira.

Jomar Grecco pode administrar a vantagem no último dia

Demorou um pouco, mas sabia que esse dia ia chegar. Neste ano, tivemos uma prova diferenciada, com vários tipos de terreno. Passamos por pisos secos, chuva, neblina e poeira.  Fiz um bom trabalho com ajuda de toda a minha equipe. Nos primeiros dias, a disputa estava bem apertada, porém depois consegui abrir uma boa vantagem e administrei no final”, destaca feliz por levar para sua casa o troféu que lá ficará exposto até a próxima edição do Enduro da Independência.

Emerson Bombadnho foi vice

A segunda colocação ficou com o curitibano Emerson Bombadinho (PROTORK_FPRM_ADRENALINA MX_ORMA_NQI POWER_R2_5INCO), que utilizou uma Kawasaki KLX 450R. O também capixaba Carlos Minet (MOTO FIRE,SHOW DE COMPRAS, MR PRO, COMPASS,POLITEC) competiu com uma Sherco e foi o terceiro, seguido do mineiro Dário Júlio (HONDA / MOBIL / ASW / PIRELLI / BRC / CORONA / MAS) que utilizou uma Honda CRF 250X. O paulista Eduardo Shiga (TM/ASW/MITAS/PUTOLINE/JARVA/CORONA RACING), da TM, completou os cinco primeiros na classificação geral da Máster.

Dário Júlio já competiu na prova por 13 vezes e em 2007, 2008, 2009 e 2010 foi o campeão.  Em 2011 foi vice e em 2012 5°.  Desde 2010 passou a se dedicar ao Rally, onde compete em grandes provas como o Dakar e o Sertões, e a única prova de Enduro de que participa é o Independência.  “É muito diferente a navegação do Rally e a do Enduro e demorei um pouco para pegar a mão novamente.  No Rally a navegação é feita a cada 100 metros e aqui é a cada 10.  Consegui me recuperar bem no terceiro dia e ficar entre os quatro.  Para mim foi muito positivo.  A prova deste ano foi bem mais tranquila para que todos os pilotos pudessem terminar.  Não teve trilha difícil, não teve desgaste físico.  A prova foi longa então não teve muita tranqueira, o que para mim foi uma novidade no Enduro da Independência.”

Dário Júlio da Honda Racing Team

Dário utiliza uma CRF 250X original apenas com escapamento, guidão, protetor de motor e protetor de mão adaptados.  “É uma moto que me dá muita confiança e fácil de reparar em poucos minutos caso aconteça alguma coisa, como por exemplo, ficar em um rio.”  Dário agora vai se dedicar para competir na final do Campeonato Brasileiro de Rally Cross Country no dia 15 de novembro e em dezembro, a final do Sertões Series.

Guilherme Cascaes, bicampeão brasileiro de Enduro de Regularidade, ficou em nono com sua Yamaha WR 250F.

O piloto com melhor desempenho foi da categoria Junior: Tulio Borges Malta, que correu com a KTM 250 XCF-W de n° 198 e perdeu apenas 272 pontos nas oito etapas.

Sabrina Katana, de 31 anos, foi pentacampeã pela categoria feminina com uma CRF 230.  Esse foi o 8° Enduro da Independência de que participou.  Antes de ter a categoria Feminina, participava na mista mesmo.  “Essa prova pra mim foi nota 10! Eu amei tudo, todos os dias!  Foi um nível técnico para todo mundo chegar.  Eles pouparam bastante no nível de dificuldade, foi mais resistência porque foi uma quilometragem muito grande.    É mais gostoso andar mais rápido, andar devagar é mais difícil.  Mas fico pensando na turma do Over 50, 60 e nas duplas que passam lá pra trás e o chão já está bem estourado.  No segundo dia choveu bastante.  Ficou mais complicado, mas eu adoro andar na chuva.”

Sabrina passando por mais um obstáculo

Sabrina aprendeu a andar de moto com 12 anos em um campinho de futebol.  Na segunda semana o pai a levou para fazer trilha e na semana seguinte já foi fazer seu primeiro enduro.Laura Nunes, de apenas 20 anos, também utilizou uma Honda CRF 230.

Manuel Rodarte, maridão veterinário, esperava por Sabrina em Ouro Preto

“Gostei muito, pois foi uma prova para frente, não teve nenhum balaio, foi tranquilo, gostoso de fazer, a média estava bacana, em algumas horas apertadinho, mas no estradão a gente recuperava.  A parte mais difícil foi no 3° dia, no meio do cafezal.  Tinha um piloto caído na minha frente, e como eu tinha trocado a pastilha de freio, acabei freando demais, virei, e a moto agarrou em uma árvore.  Perdi uns 10 minutos.”

Já Laura, começou a andar de moto com 15 anos, conforme conta: “Meu pai me deu uma CG e comecei a andar dentro do sítio.  Depois ele me deu uma KDX200 e comecei a fazer trilha.  Este foi meu segundo Enduro da Independência.  No futuro pretendo fazer Rally”.

Noé de Oliveira correu 23 E.I. e foi bicampeão da Over 45 com a Gas Gas ES 250F

O Enduro da Independência 2013 teve patrocínio da Honda, Secretaria de Turismo do Estado do Espírito Santo, Prefeitura Municipal de Ouro Preto, Ipiranga, Instituto Rota Imperial, Microcity, ASW, Prefeitura Municipal de Vitória, Cervejaria Backer e Plena Alimentos. Apoio da Prefeitura Municipal de Viçosa, Prefeitura Municipal de Manhuaçu, Prefeitura Municipal de Venda Nova do Imigrante e Motostreet.

Veja como foi a participação das fábricas por marca e modelo:

KTM

95

350 XCF-W

24

250 XCF-W

23

250 EXC

15

450 EXC

13

300 EXC

5

350 SFX

2

125

2

150 XCF

1

300 XCW

1

não especificado

9

HONDA

80

Honda   CRF 230 F

38

Honda  CRF 250X

27

Honda   CRF 450X

8

Honda   CRF 250 R

3

Honda XR   250 Tornado

2

Honda   XLX 250R

2

YAMAHA

52

Yamaha   WR 250F

36

Yamaha   WR 450F

7

Yamaha   YZ 250

4

Yamaha   WR 290F

1

Yamaha   XTZ 250

1

Yamaha   YZ 450F

1

Yamaha   DT 180

1

Yamaha   DT 200

1

GAS   GAS

21

EXC 250

5

EC 250F

5

ES 250F

4

EC 300

3

não especificado

4

HUSABERG

20

FE 350

3

TE 300

5

501

1

TE 390

2

TE 250

3

FE 250

2

FE 450

3

não especificado

1

SHERCO

18

250

9

SE 250 Plus

3

300i

5

não especificado

1

SUZUKI

9

DRZ 400

8

DR 350

1

KAWASAKI

6

KLX 450 R

4

KXF 450

1

KX 250

1

TM

6

250 FI

4

450 Eni

1

250 EN

1

HUSQUARNA

3

TE 250

2

TE 310

1

TOKENS

2

450

1

TXR 250

1

André Azevedo, correndo em dupla com Tininho, ficou em 13°

Número de participantes por categoria:
Master 31
Senior 32
Over 40 – 25
Over 45  – 21
Over 50 – 14
Over 55 – 15
Feminino – 4
Dupla Graduado – 48
Dupla Estreante – 50
Junior – 51
Novato – 47
Total – 338

 

Os cinco primeiros colocados de cada categoria:

Master
1º #1 Jomar Grecco – SHERCO SE250PLUS – 176 pontos
2º #25 Emerson Bombadinho – KLX 450R – 138 pontos
3º #4 Carlos Minet – SHERCO – 133 pontos
4º #27 Dário Júlio – Honda CRFX 250 – 128 pontos
5º #12 Eduardo Shiga – 121 pontos

Sênior
1º #58 Thiago Casagrande – 161 pontos
2º #33 Marcos Resende – 152 pontos
3º #41 Roberto de Paula – 136 pontos
4º #44 João Arena – 121 pontos
5º #56 Charles Pio – 121 pontos

Over 40
1º #77 Genoir Bruning – 173 pontos
2º #69 Edesio Zavarisi – 149 pontos
3º #87 Antonio Poli – 140 pontos
4º #75 Marcio Miranda – 132 pontos
5º #66 Edson Maciel – 125 pontos

Over 45
1º #97 Noé de Oliveira – 163 pontos
2º #96 Helio Venancio – 142 pontos
3º #102 Wagner Guimarães – 140 pontos
4º #105 Mauricio Brandão – 137 pontos
5º #99 Ewerson Zeni – 131 pontos

Over 50
1º #119 Hugo Morato – 189 pontos
2º #112 Villegaignon de Oliveira – 157 pontos
3º #118 Claudio Queiroz – 150 pontos
4º #117 Antonio Castro – 138 pontos
5º #113 Haroldo Sampaio – 133 pontos

Over 55
1º #289 George Parik – 182 pontos
2º #280 Altair Bordignon – 175 pontos
3º #291 Amilar Rodrigues – 174 pontos
4º #290 Gilberto Souza – 134 pontos
5º #285 Antonio Cabide – 129 pontos

Feminino
1º #297 Sabrina Katana – 200 pontos
2º #298 Laura Santos – 176 pontos

Dupla Graduado
1º #236/237 José Tommaso/André Bacteria – 174 pontos
2º #234/235 Osnir Sporch/Paulo Costa – 142 pontos
3º #238/239 Macksandre Boldrini/Rodrigo Cavalini – 134 pontos
4º #214/215 Leandro Arnhold/Sandro de Oliveira – 131 pontos
5º #232/233 Leandro Figueiredo/Ricardo Oliveira – 109 pontos

Dupla Estreante
1º #464/465 Bruno Ferracioli/Guilherme Teixeira – 167 pontos
2º #434/435 Fabio Amaral/Helio Viana – 155 pontos
3º #460/461 Allyson Souza/Luigi Neto – 133 pontos
4º #432/433 Marcelo Amaro/Yuiti Terata – 130 pontos
5º #454/455 João Claro/Antonio Junior – 127 pontos

Júnior
1º #198 Tulio Malta – 195 pontos
2º #174 Luiz Felipe Zavarise – 158 pontos
3º #184 Thiago Procópio – 128 pontos
4º #193 Daniel Gonçalves – 106 pontos
5º #183 Wenderson Duarte – 101 pontos

Novato
1º #378 Marcel Hamamoto – 173 pontos
2º #362 Anderson Malacarne – 148 pontos
3º #316 Paulo Jadir – 144 pontos
4º #363 Higor dos Santos – 120 pontos
5º #318 Bruno Mourão – 120 pontos

Daniel da Silva Cabeças correu na Dupla Estreante


Enduro da Independência – Dia 03
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Suzane Carvalho

Alfredo Baumgardt: nome da mulher e dos filhos no lugar dos patrocinadores

O Enduro da Independência 2013 entrou na reta final nesta sexta-feira. No terceiro e penúltimo dia de competição, os pilotos partiram de Manhuaçu, região da Zona da Mata mineira, em direção à Viçosa (MG). Depois de enfrentar o percurso mais longo de toda a prova, com 231 quilômetros de extensão, Jomar Grecco (#1) levou a melhor. Com o resultado, o capixaba de Pedra Azul soma 141 pontos e abre vantagem na disputa pelo título da 31ª edição do evento, na categoria Master. A segunda colocação ficou com o mineiro Dário Júlio (#27), seguido do catarinense Guilherme Cascaes (#5). Emerson Bombadinho (#25), que venceu o dia anterior e estava colado em Jomar na classificação geral, terminou em sexto e mantém a segunda colocação com 118 pontos.

Luiz Felipe Fernandes Zavarize, da Junior

A variação de terrenos foi o destaque da prova, que teve estradas e piso molhado no período da manhã. Na parte da tarde, o desafio contou com muita trilha e poeira. “Meu desempenho foi melhor que eu esperava. Deu tudo certo, mesmo quando tive dúvidas no trajeto. Estou bastante feliz e agora é administrar essa vantagem, que me deixa mais tranquilo para ir em busca do meu primeiro título do Independência”, diz Jomar, que é quatro vezes vice-campeão da competição.

Entre as mulheres, Sabrina Katana (#297) fechou novamente o dia com os 50 pontos possíveis e Laura Nunes (#298), após ter se enroscado com um competidor que caiu à sua frente, ainda conseguiu 44 pontos.

Paulo Jadir, da Novato, me cumprimenta em meio à descida

Amanhã os pilotos vão para o último dia de competição, saindo de Viçosa (MG) rumo a Ouro Preto (MG). Segundo a organização, o trecho será o mais técnico e também o mais curto, com 168 quilômetros. Com belos visuais, a prova passará em Porto Firme, Piranga e Lavras Novas, além de trilhas clássicas como Gasoduto e Represa do Custódio.

A edição 2013 do Enduro da Independência termina amanhã, sábado (7), dia da Independência do Brasil. Serão noo total, 821 quilômetros de trilhas percorridas de Vitória (ES) até Ouro Preto (MG), através da Rota Imperial, caminho utilizado por Dom Pedro II em viagens ao interior do país. Cerca de 400 participantes estão divididos em 12 categorias: Master, Sênior, Over 40, Over 45, Over 50, Junior, Dupla Graduado, Over 55, Feminino, Novato e Dupla Estreante. A Vintage será realizada apenas no último dia da competição.

Carlos Alberto Theophilo e Felipe de Magalhaes Theophilo estão na Dupla Graduado

Clique aqui para ver a galeria de fotos deste terceiro dia de competição.

3º dia – Cinco primeiros da categoria Master
1º #1 Jomar Grecco
2º #27 Dário Júlio
3º #5 Guilherme Cascaes
4º #22 Alvaro Almeida
5º #2 Gian Coscarelli

Acumulado – Cinco primeiros da categoria Master
1º #1 Jomar Grecco – 141 pontos
2º #25 Emerson Bombadinho – 118 pontos
3º #4 Carlos Minet – 98 pontos
4º #27 Dário Júlio – 94 pontos
5º #12 Eduardo Shiga – 93 pontos

Edivar Cezar Bassani, da Over 45


Yamaha divulga traços da sua150 cc
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Suzane Carvalho

A Yamaha do Brasil divulgou os traços de sua primeira motocicleta de 150 cc a ser lançada no país.

O novo modelo, que será produzido na fábrica de Manaus (AM), tem projeto desenvolvido em parceria pelas engenharias do Japão e do Brasil, especialmente para o mercado brasileiro.

Com design arrojado e robusto, motor Blueflex de 4 tempos SOHC, partida elétrica, injeção eletrônica (com mapeamento), câmbio de 5 velocidades e outras novidades.

Semana que vem farei o test drive e darei minhas impressões.  Aguardem.


Yamaha lança segunda geração da Factor YBR 125
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Suzane Carvalho

Versão mais completa da YBR 125 tem partida elétrica e freios a disco.

A moto da Yamaha que mais vende, modernizou o visual.  Por enquanto, só o visual, porque o motor e chassi continuam os mesmos.

Ela ganhou um novo conjunto de tanque e tomada de ar laterais que permitem que a perna fique mais bem encaixada, nova rabeta, para-lamas e escapamento.  Tudo para deixá-la com visual mais esportivo.
O painel mudou de cor e os faróis agora são automáticos e acendem quando liga a ignição.

O motor continua sendo o monocilíndrico de 124 cc SOHC, refrigerado a ar e com alimentação feita por carburador.  A potência máxima é de 10,2 cv a 7.800 rpm e o torque de 1.0 kgf.m a 6.000 rpm.  O câmbio tem 5 marchas.  A novidade fica por conta do acionamento a vácuo do carburador e a presença de um sensor de posição do acelerador chamado de TPS, que “avisa” ao motor o ponto correto de ignição.

O quadro é o mesmo, do tipo diamante e com distância entre-eixos de 1.290 mm.

Tem trail de 90 mm e ângulo de cáster é de 16° 20′. O raio mínimo de giro é de 2.1 metros.

Pesa 105 kg e o banco fica a 78 cm do chão.

A suspensão dianteira é garfo telescópico com 120 mm de curso e a traseira, balança articulada com 105 mm.

São quatro versões: K1, K, E e ED.  A de entrada, com partida a pedal e freios a tambor, tem o preço sugerido de R$ 5.390,00.  A mais cara, ED, com partida elétrica e freios a disco, R$ 6.490,00.

A Yamaha desenvolveu um programa de revisão para os primeiros 18.000 quilômetros, que sai bem em conta.  As duas primeiras, com 1.000 e 3.000 km, saem por R$ 21,00.

Tem nas cores branca, preta, vermelha e azul.

A versão de entrada, K1, tem freios a tambor e partida a pedal.

 

 

 

 

 

 


Valentino Rossi no Brasil: leia entrevista na íntegra
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Suzane Carvalho

O simpático e bem humorado piloto 9 vezes Campeão Mundial de Motovelocidade está de passagem pelo Brasil  para promover o lançamento da 2ª geração da moto Yamaha Factor 125, da fábrica que voltará a defender pelos próximos dois anos.

Ontem à noite, Rossi deu uma entrevista coletiva no Hotel Intercontinental de São Paulo, com a presença do presidente da Yamaha Brasil, Sr. Shigeo Hayakawa, que declarou: “A Yamaha está investindo no Moto GP e queremos ganhar o campeonato com dois pilotos muito bons como Lorenzo e Valentino.  Especialmente Valentino com quem já trabalhamos e tem fama de ter uma boa interação com os engenheiros, afinal, uma máquina não é somente feita por eles.  E isso será importante para melhorar nossa M1.  Com isso a Yamaha Japão está esperando ser campeã novamente, mas desta vez sendo o número 1 e o número 2.  Este é nosso desejo.”

Valentino deixou a equipe Yamaha pela qual correu durante 7 anos conquistando 4 títulos mundiais, em busca de novos desafios e defendeu a Ducati pelos dois últimos anos.  Seu companheiro de equipe, Jorge Lorenzo, foi o campeão com a própria Yamaha em 2010 e 2012.

Rossi foi Campeão com a Aprilia nas categorias 125 e 250 cc e com a Honda tanto nas 500 cc quanto na Moto GP, fábrica que defendeu de 2000 a 2003, ganhando três campeonatos e um vice.  Em 2004 se transferiu para a Yamaha onde ganhou outros 4 títulos.

No Rio de Janeiro correu oito vezes entre 1996 e 2004, nas categorias 125, 250 e 500 cc e obteve 6 vitórias e 2 abandonos.  Rossi começou a entrevista falando da lembrança que tem de suas vitórias no Rio e elogiou a pista, falou de sua volta à Yamaha e do quanto é ruim “andar atrás” em uma corrida.

Leia a íntegra da entrevista que foi comandada pela assessora de imprensa da Yamaha, Antoniela Silva, que fez perguntas enviadas por diversos meios de comunicação.  Ele respondeu em um inglês “italianado” e a tradução foi feita por mim.

Apesar da ausência do Moto GP no Brasil e considerando que hoje o mundial não é transmitido em TV aberta, como você enxerga o fato de que o motociclista brasileiro de todas as idades e classes sociais usam a inscrição “Valentino Rossi” e o número “46” em suas motos?  Qual a importância desse símbolo cultural para você?
Rossi: A primeira coisa, é que é uma grande pena que não há corrida da Moto GP no Brasil.  Todos temos uma grande memória de quando corri no Rio de Janeiro onde a pista era muito divertida e ficava no Rio por alguns dias.  Era muito divertido para todos.  Espero que no futuro nós voltemos a correr aqui.  Sobre os símbolos para os motociclistas, por esta razão vou tentar continuar correndo com o número 46.

O que você espera da temporada 2013 da Moto GP?
Rossi: Será uma temporada importante porque eu vim de duas temporadas difíceis com a Ducati e os resultados não foram como eu esperava.  Estou muito orgulhoso e feliz por ter outra chance com a Yamaha e ter a minha moto de volta que é uma moto que me deu muito sucesso e grandes lembranças.  Claro que a expectativa dos outros pilotos que competem pelas outras marcas, meu companheiro de equipe, o Jorge Lorenzo, os pilotos da Honda, que são muito fortes e rápidos e nós sabemos exatamente o que devemos fazer.  O foco será ir ao podium o maior número de vezes possível e tentar ganhar algumas corridas e tentar brigar pelo campeonato.

Você tem feito testes com a nova Yamaha.  Quais as principais diferenças que você encontrou da motocicleta que você vai usar, a M1, da Ducati?
Rossi: A Yamaha é uma moto muito bem balanceada.  É possível dar um bom grip na frente e atrás, é mais fácil guiá-la porque tem características mais suaves e é bem diferente da Ducati que pilotei nos últimos dois anos.

Ainda é muito cedo para perguntar isso, mas quantos  anos você acha que ainda vai correr no Moto GP?
Rossi: Neste momento tenho um contrato de dois anos com a Yamaha e vou decidir sobre meu futuro dependendo dos resultados.  Se daqui há dois anos eu estiver competitivo e puder lutar pelo podium então eu decidirei sobre outra temporada.  Verei o nível de competitividade em que estarei neste ponto, e então decidirei se continuo por mais uma ou duas temporadas.

É a segunda vez que você tem o Lorenzo como parceiro.  Como está a relação entre vocês?
Rossi: É boa.  No início foi mais difícil porque nós éramos mais jovens, eu era o “número 1” da Yamaha e nas três primeiras corridas ele foi muito rápido e quando você tem um companheiro de equipe forte é difícil de ter um bom relacionamento, mas agora ele tem um bom respeito por mim.  Nós queremos ganhar o campeonato para a Yamaha.  Juntos seremos uma dupla forte e temos que ser assim por toda a temporada, pois isso será decisivo para ganhar o campeonato.

Você apontou o  espanhol Marc Márquez (atual campeão da Moto 2 e que liderou os treinos da pré-temporada da semana passada) como um jovem piloto que lembra seu estilo de pilotagem.  Quais características assemelham você a ele?
Rossi: Marquez é muito impressionante.  É uma surpresa porque ele é muito rápido.  Veio da Moto2 onde foi campeão.  Ele é o único piloto de 20 anos que ganhou como eu ganhei.  Acho que ele será um grande problema para todos este ano.  Lembro quando comecei a correr na Moto GP.  Acho que será uma boa briga com ele.

Quem você considera o principal adversário de 2013?
Rossi: Para mim, certamente que Lorenzo e Pedrosa, que está buscando ganhar o campeonato mundial (foi campeão na 125 e bi na 250).  E já que você perguntou sobre Marc, estou certo de que ele será muito muito forte e rápido, e acredito que a briga pelo título será bem apertada.  Mas ainda coloco Lorenzo e Pedrosa como os principais.

Nós sabemos que na temporada de 2013 você tem uma nova equipe.  O que você espera desta equipe de apoio da Yamaha?
Rossi: A Equipe Yamaha é sempre muito boa.  Tem uma muito boa atmosfera e é bom estar ali.  Tenho os mesmos mecânicos que tinha na Ducati que são os mesmos que tinha na própria Yamaha em de 2004 a 2010.  Nós estamos juntos desde 2000 e são mais de 12 anos e conhecemos muito bem uns aos outros e por isso sei que poderemos fazer um bom trabalho e uma boa temporada.

Você acha que as duas temporadas ruins na Ducati marcaram de alguma forma a sua imagem junto aos fãs italianos e do mundo todo?
Rossi: Foi um grande desafio defender a Ducati.  Principalmente porque nenhum piloto na história do Moto GP ganhou o campeonato com três diferentes fábricas.  Eu tinha que tentar.  Eu e minha equipe perdemos o desafio de vencer, mas são coisas que podem acontecer na carreira de um esportista.   Poderíamos ter tido um grande sucesso, mas infelizmente perdi tempo em que poderia estar vencendo, mas acontece.

Sobre os treinos dos Estados Unidos (Austin) desta semana, você disse que teve problemas nas entradas de curva com sua M1.  Você acha que poderá ter o mesmo problema em outras pistas?
Rossi: Em Sepang eu fui rápido e o teste não foi tão ruim. O maior problema para mim é o freio.  Eu uso o freio dianteiro de forma diferente do Lorenzo.  É uma questão de desenvolver o acerto e a melhor forma de frear e parar a moto, e a equipe vai trabalhar nisso para o próximo final de semana em Jerez onde teremos outros 3 dias de treino que serão muito importantes, pois serão os últimos antes da 1ª corrida.  Se você conseguir ser competitivo em Jerez você será também competitivo nas outras pistas.

A sua volta à equipe Yamaha foi puramente  uma questão técnica, para ter chances de lutar pelo título ou a sua história passada com a marca também teve um peso importante para a decisão?
Rossi: Ambos.  A primeira razão é que eles têm uma moto muito competitiva que me dará condições de lutar por podium, por vitórias e suponho que pelo campeonato.  Foi uma difícil decisão de sair da Yamaha em 2010, mas na Ducati infelizmente não tivemos oportunidade de ter um bom resultado e tivemos a chance de voltar à Yamaha e onde conheço todo mundo desde 2004 e com certeza na Yamaha tive as melhores corridas e os melhores momentos de toda minha carreira.

O que você achou do Autódromo de Austin, no Texas?
Rossi: A pista é ótima.  Toda a estrutura em volta é fantástica.  No Texas a temperatura também é excelente para o motociclismo.  O Sol, uma boa temperatura do asfalto, e não estava muito quente.  O traçado é bom e muito parecido com outras pistas do Tilke (Hermann Tilke , projetista que está desenhando também o Autódromo Internacional Beto Carrero World, em Santa Catarina) como Shangai, Turquia, Malásia, e até as curvas são parecidas.  É bom porque são divertidas, rápidas e ao mesmo tempo, com um difícil “hairpin”, retas longas, são bastante largas, então as corridas podem ser atraentes.

Após tanto sucesso na categoria, o que te motiva a continuar?
Rossi: Eu gosto desta vida.  Especialmente desenvolver uma moto, tentar levar uma Moto GP ao limite, o trabalho com a equipe, com a Yamaha, com a fábrica, para melhorar a moto.  Estou em boa forma, e especialmente com uma boa motivação.  Por estas razões eu quero continuar.

Desde o momento que você chegou a São Paulo, não deve ter tido muito tempo, mas o que você tem achado desta sua visita ao Brasil?
Rossi: É a primeira vez que venho a São Paulo.  Todas as outras vezes que vim ao Brasil foi sempre para o Rio de Janeiro.  Infelizmente não pude ver nada porque tenho estado muito ocupado.  Talvez esta noite tenhamos mais tempo para dar uma volta.  Estar no Brasil é sempre bom porque as pessoas em geral são alegres e gentis. Acho que é um lugar legal.

Nós sabemos que você faz treinos de Motocross no intervalo da temporada.  Você já pensou em realizar o Backflip (manobra acrobática do Motocross)?
Rossi: Não, não.  Há uns 5 ou 6 anos eu quis tentar porque os pilotos caem no chão macio. (risos).  Mas agora não mais…

O que você diria para os novos pilotos brasileiros que estão começando na Motovelocidade?
Rossi: Os brasileiros em geral têm uma grande paixão pelo motociclismo mesmo sem ter um piloto de ponta, porque depois do Alex Barros a situação ficou um pouco pior.  Agora vocês têm um piloto na Moto 2 (Eric Granado). O que tenho a dizer é: TENTE!  Tente guiar a moto, e especialmente começar quando você ainda é muito jovem porque quando se é jovem sua cabeça é livre para entender a melhor maneira de ser rápido com a moto.  Espero ver novamente no futuro algum bom piloto do Brasil.

O piloto Piquet disse que a pior coisa para um vencedor é andar atrás do grid.  Como você encarou estes dois últimos anos?
Rossi: Nelson?  (risos…)  É verdade.  Quando você está acostumado a estar na primeira fila ou no máximo na segunda, e passa a estar no máximo na segunda e normalmente na terceira, é muito mais difícil.  Você descobre outro ponto de vista (literalmente).  Prefiro não descobrir mais nada! (risos…) Mas tudo isso é experiência.

O que você achou do trânsito de São Paulo?  Chegou a ver as motos na rua?  Qual a sua impressão?
Rossi:  Nos últimos dias, algumas pessoas aqui de São Paulo me falaram que é impossível andar de carro.  Então você tem que ir de helicóptero ou motocicleta.  Com o tráfego pesado é uma boa forma de economizar tempo, mas é importante ter atenção principalmente com as portas dos carros que podem ser abertas, e quando se anda pela lateral (no corredor) é preciso ir devagar porque alguém pode abrir a porta.

Sua volta à equipe também trará produtos da linha Valentino Rossi para a Yamaha?
Rossi: Sim, penso que sim e estamos trabalhando nesse sentido.  Estamos desenvolvendo  todo o novo equipamento com o logo e o diapasão da Yamaha.  Minha cor é o amarelo e a deles é o azul, e amarelo com azul dá uma boa combinação.

Quando você escuta falar do Brasil, qual a primeira coisa que vem à sua cabeça?
Rossi: O time de futebol, certamente!  E também as mulheres.

Nesta manhã você pode testar a nova Factor.  Gostaríamos de saber qual a sua impressão sobre o novo produto?
Rossi: Eu já havia testado antes.  Este tipo de produto é muito importante para a fábrica porque as motos pequenas são muito vendidas em todo o mundo.  Ela é muito leve para o tráfego.  Mas tem um pouco menos de potência ao que estou acostumado. (risos).