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O que achei do novo Chevrolet Sonic Hatch
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Suzane Carvalho

fotos: Suzane Carvalho

Experimentei por 53 quilômetros a versão LTZ Hatch, de cinco portas do mais novo lançamento da Chevrolet no Brasil.  Tem também o sedã, de quatro portas.

Gostei do design.  É moderno.  A maçaneta da porta traseira fica em um lugar diferenciado, na parte traseira do vidro.  Gostei do desenho das rodas também.

O espaço é bem aproveitado.  São dois porta-luvas, porta-copos, porta revistas nas portas, lugar para colocar celular, moedas.  A saída do ar-condicionado tem um design diferente também e é bastante eficiente.


O painel do motorista é bem moderno, com bastantes informações.  A velocidade é mostrada no display digital e o giro do motor, no analógico.  Tem computador de bordo e são 13 as luzes de alerta.  Mas só tem um odômetro parcial.  No volante, que tem excelente pegada, controles do som e do telefone.

Tem bom espaço para pernas e cabeça.  Mas alguém mais alto que eu (1.70 m) pode ficar com a perna esquerda dobrada.  Os bancos são confortáveis e o banco do motorista tem regulagem ampla de altura.  O volante também regula altura e profundidade e tem espelho no para-sol.  Ele dá impressão de robustez.

Para quem vai atrás, o espaço é bom também.  Andamos em 4 pessoas, mas se tivesse alguém mais, talvez ficasse apertado.  Tem cinto de segurança de três pontos para os passageiros das extremidades e de dois pontos para o do meio.  Só não tem porta-trecos nas portas nem bolsa atrás do banco do motorista.  Só do carona.

Tem controle elétrico das janelas traseiras, mas quando abri na estrada, a turbulência e o barulho dentro do carro ficaram muito grande.

Os retrovisores externos são excelentes.  O interno, nem tanto.  A amplitude da visão traseira fica prejudicada por causa do pequeno vidro traseiro e da imensa coluna.  O sensor de estacionamento ajuda nas manobras.

De primeira orelhada, achei o som dos autofalantes normal, mas foi só regular que melhorou bastante.  Tem entrada USB e bluetooth para falar no celular através dos autofalantes do carro.  Além da busca automática, o rádio tem também o dial para busca manual.

O motor é o Ecotec 1.6 DOHC de 16 válvulas, Flex.  Tem 120 cavalos a 6.000 rpm e torque de 16,3 kgf.m a 4.000 se usarmos etanol.  Com gasolina, são 116 cavalos e 15,8 kgf.m.  Ele corta a 6.500 rpm.  O que é interessante nele é que além do duplo comando de válvulas continuamente variável, o coletor de admissão também é variável.  Ele se torna mais curto quando em alta rotação, quando é exigido maior potência.  E mais longo em baixa, quando se necessita de mais torque.  Ou seja, a entrada de ar é controlada eletronicamente dependendo da rotação do motor.

O cabeçote e o cárter são de alumínio e as bielas, forjadas.  O cabeçote e o bloco têm mais galerias internas para aumentar a refrigeração.  Mantendo  a temperatura mais baixa é possível avançar mais a ignição.

Pode ter câmbio manual de 5 velocidades ou automático, com seis.  Eu testei o manual e as marchas são bem macias e precisas.  A transmissão é toda em alumínio e tem sincronizadores triplos.  Já a automática, tem conversor de torque e freio motor que entra em ação em descidas.


Na estrada, com 4 pessoas dentro do carro, se saiu bem.  Não senti falta de motor em nenhuma situação.

Ele pesa 1.186 Kg, tem 4,039 m de comprimento, 2,004 de largura, 1,517 de altura e entre eixos de 2,525.

Em um teste rápido, sozinha no carro, fez de 0 a 100 Km/h em 11.6 segundos.  Estava abastecido com gasolina.

A suspensão traseira é semi-independente.  Nas curvas da Via Lagos no Rio de Janeiro, o carro se manteve bastante estável, sem rolar.  Os pneus absorvem bem o barulho do atrito com o asfalto.  Eles são da marca Hancook, modelo Optimum, de medida 205 x 55 x 16.  O freio traseiro é a tambor, mas ele tem ABS com EBD.

No porta-malas cabem até 265 litros, mas pode ser aumentado se você abaixar o encosto do banco de trás, que é bipartido.  O tanque de combustível comporta 46.

O Sonic é um carro global da Chevrolet e definido como um “compacto premium”. Ele veio importado da Coréia do Sul, mas dependendo de seu sucesso, poderá passar a vir do México ou até mesmo ser fabricado aqui.  O acabamento de um modo geral é bom.

São seis cores: preto, branco, cinza, prata, vermelho e esse azul que andei.  Mas o azul é só para o hatch.

A Chevrolet visa vender 1.000 unidades por mês do Sonic e considera o Honda FIT e o Ford New Fiesta os maiores concorrentes.

Hoje andei 90 Km na versão sedã LTZ automática.  Era da cor prata e já tinha 2078 Km rodados. Éramos quatro adultos mais bagagens e o carro também estava abastecido com gasolina.

Na frente, o interior é igual.  Mas o carro tem piloto automático e bancos em couro.
A traseira dele me lembra o Corsa Classic, mas o porta-malas comporta 477 litros.

Em 6ª marcha a 100 km/h o motor fica a 2.350 rpm.  Fiz retomada de 60 a 100 Km ainda em 6ª marcha e deu 9.3 segundos (com o carro carregado).  Claro que ele reduz quando você acelera tudo, e é aí que ele perde, pois demora um pouco para reduzir.
A média de consumo de combustível segundo o computador de bordo ficou em 9,4 Km com um litro de gasolina.
Achei-o mais barulhento que o com câmbio manual.

Os concorrentes diretos são o Honda City e o  Ford New Fiesta.

Os preços:

LT Hatch manual

46.200,00

LT Sedã manual

49.100,00

LTZ Hatch manual

48.700,00

LTZ Sedã manual

51.500,00

LTZ Hatch automático

53.600,00

LTZ Sedã automático

56.100,00

 

 

 

 


1.500 Km com o Cruze, o carro mundial da Chevrolet
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Suzane Carvalho

Fotos: Suzane Carvalho

Como sempre, peguei o carro e fui direto para a estrada.  Peguei a Rodovia Presidente Dutra e ele já estava com 6.484 Km rodados.  Era a versão LTZ com câmbio automático.

De cara, achei que o carro estava pregando muito no chão, então parei em um posto de gasolina para conferir a calibragem.  Como imaginei, estava baixa, com 21/27 e coloquei as 32 libras recomendadas.  Ficou ótimo.  Os pneus são de medida  225/ 50 R 17”.  As rodas são de liga leve com 5 parafusos e dez raios largos.  Na versão LT a roda tem a mesma medida, mas é de alumínio Aliás, ambas vem com o mesmo motor, e a diferença são os equipamentos.

A potência do motor é boa,  de 144 cavalos, mas está em uma faixa de giro muito alta, a 6300 rpm, e ele corta a 6500.  Mas tem um  torquezinho bem legal, de 18,9 kgf.m  e logo nos 3800 rpm, se utilizar álcool como combustível.  Com gasolina, são 140 cavalos e perde um pouco mais de 1 quilo de torque, caindo para 17,8 kgf.m.  Mas ainda assim responde muito bem às retomadas.  Fez de 60 a 100 Km/h em 8,6 s e de 0 a 100 em 12,6 s.  Ele pesa 1.424 kgs.


O motor é o Ecotec6 e tem 1.796 cc em 4 cilindros, 16 válvulas, DOHC (Dual Over Head Command, ou seja, comando duplo no cabeçote) com coletor de admissão e válvulas continuamente variável (Dual CVVT).  A relação diâmetro x curso dos pistões é de 80,5 x 88,2.  Tem também bielas forjadas, cabeçote e cárter em alumínio.

O coletor de admissão variável torna o coletor mais curto em giro alto, quando se exige maior potência, e mais longo, quando em baixa rotação, aproveitando melhor o torque.

Passear com o carro da Chevrolet mais vendido no mundo foi algo bem agradável.  É, ele é comercializado em mais de 70 países.  Tem linhas bonitas, com vincos suaves, traseira curta com lanternas grandes e a tradicional grade dianteira da Chevrolet, deixando-o com a cara um pouco mais agressiva que a lateral.

O velocímetro vai até 220 Km/h e consegui chegar aos 200.  Tem bastante luzinhas de advertência no painel do motorista, mas só um odômetro parcial.  A luz é regulável e em um tom de azul é bem agradável.  Tem apoio central para o braço e dá para esticar a perna esquerda.

O console central multimídia é bonito e com design gráfico moderno,  tela de 7”, mas não é touch screen nem muito interativo.  Tem GPS mas é demorado para colocar os endereços para onde queremos ir.
Tem partida do motor através de botão,  regulagem de altura no banco do carona também e entrada de auxiliar para o som e espelhinho com luz no para-sol nos dois lados.

Para a fileira de trás, bom espaço para as pernas e cabeça,  carregador 12v, apoio central do braço com porta-copos, porta-trecos, e suporte para cadeirinha de bebê.  As janelas abrem 100%.
Tem airbags frontais, laterais e de cortina, Programa Eletrônico de Estabilidade (ESP), Controle de Tração.

O CRUZE PREVILEGIA O CONFORTO , NÃO A ESPORTIVIDADE
A versão com câmbio automático tem a relação de marchas mais longa que o manual.  Com isso o escalonamento das marchas tem um pouco de buraco, caindo muito o giro na troca e chegando a perder até 2.000 rpm mesmo sem ar-condicionado além de demorar muito para engatar entre uma e outra.  Ele vem com opção de troca manual das marchas, o que não quer dizer que seja também manual, pois se você não trocar  a marcha no giro que o programa acha ideal, ele trocará sozinho, mesmo em redução, no caso de você acelerar fundo.  Já a versão com câmbio manual, tem a relação toda mais curta.  É para te ajudar a não ter que trocar as marchas.
A direção é elétrica e o diâmetro de giro fica em 10,6 metros.  A suspensão é ótima para a cidade.

Mesmo sendo um carro relativamente baixo, pois tem 1 m 47 cm de altura e está a apenas 13 cm do chão, transfere muito peso em curvas mais arrojadas e freadas bruscas.  Então não é um carro voltado para desempenho nem para ser dirigido esportivamente, mas sim, com conforto na cidade.  Na dianteira é independente do tipo McPherson com molas helicoidais e na traseira semi-independente com tubo de torção e dois braços.

Os freios são a disco com 276 mm de diâmetro e 26 mm de espessura na dianteira e 268 x 12 na traseira com ABS/EBD e PBA (Panic Brake Assist).

O Consumo foi bem regular e ficou entre 8,9 e 9,1 Km/l  em todas as situações e o tanque tem capacidade para 60,3 litros de combustível.

A versão LT manual custa R$ 67.900,00, a automática, 69.900,00 e a versão LTZ, 78.900.
Tem 7 cores metálicas e mais o branco.

Mesmo tendo sido desenvolvido com a participação dos centros de desenvolvimento da General Motors espalhados pelo mundo, o  Cruze à venda no Brasil é fabricado na planta de São Caetano do Sul em São Paulo e a garantia é de 3 anos, independente da quilometragem.


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