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Quem subiu e quem desceu no mercado brasileiro de motocicletas
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Suzane Carvalho

Fábrica da Triumph em Manaus

Fábrica da Triumph em Manaus

Que o mercado de motocicletas caiu, em 2015, todos sabem.  Mas mesmo enfrentado a forte crise que se estende por todos os segmentos da economia, as montadoras instaladas no Polo Industrial de Manaus – PIM se organizaram e protagonizaram, ao longo dos últimos 12 meses, investimentos equilibrados e constantes, tanto em lançamentos como em segurança e inovações tecnológicas, mostrando que nosso Setor de Duas Rodas está amadurecido.  De acordo com levantamento da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares – Abraciclo, para o próximo ano, o setor espera o fim da queda do mercado de motocicletas.

Entre janeiro e novembro de 2015 foram produzidas 1.212.075 motocicletas, volume 15% inferior ao apresentado em igual período de 2014 (1.432.842). Na comparação mensal, a queda foi de 28,2%, passando de 104.388 em outubro para 74.972 unidades em novembro. A retração com relação ao mesmo mês de 2014 (121.719) foi de 38,4%.

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Fábrica da Honda em Manaus

As vendas no atacado – para as concessionárias – registraram um recuo de 14,9% no acumulado do ano em relação aos primeiros onze meses do ano passado: com 1.120.680 contra 1.316.289 motocicletas. Na comparação com outubro (91.205), foi registrada uma queda de 22,8% em novembro (70.398). Em relação ao mesmo mês de 2014 (119.803), o recuo de novembro chegou a 41,2%.

No varejo, foi observado um crescimento de 18,4% no volume de motocicletas, passando de 89.020 unidades, em outubro, para 105.371 em novembro. Todavia, como este dado é relativo aos emplacamentos, esta evolução leva em conta o crescente volume de ciclomotores licenciados desde a mudança na legislação, ocorrida neste semestre e que transferiu para os Estados a competência de efetuar o emplacamento destes veículos, anteriormente atribuída às prefeituras municipais.  As chamadas “cinquentinhas”, ou seja, veículos de duas rodas de até 50 cm³, deram um salto de 287% de outubro (4.691) para novembro (18.155), refletindo a nova determinação legal.

As exportações de motocicletas totalizaram 63.179 unidades de janeiro a novembro de 2015, o que representa um recuo de 23% frente a igual período de 2014, com 82.003 motos. Em relação a outubro (10.959), as vendas externas de motocicletas em novembro registraram recuo de 42,5%, com 6.298. Frente a novembro de 2014, com 3.555 unidades, houve um crescimento de 87,7%.

Veja quem subiu e quem desceu no mercado de motocicletas do Brasil, na comparação de 2014 com 2015.  Os dados são relativos aos 11 primeiros meses de cada ano:

Mercado brasileiro de motocicletas

Participação das fábricas no mercado brasileiro de motocicletas, de janeiro a novembro de cada ano

Fechamento de 2015 e Projeções para 2016
Com base nos números atuais, a Abraciclo estima o fechamento de 2015 com a produção total de 1.270.000 motocicletas e vendas no atacado em torno de 1.210.000 unidades. Para a entidade, as exportações deverão atingir 73.000 motos. No varejo, a estimativa de fechamento do ano envolve 1.255.000 motocicletas.

Em suas projeções para 2016, a Abraciclo considera que a produção totalizará 1.280.000 unidades, com 1.220.000 vendas no atacado e 75.000 para exportação. No varejo, é projetada a venda de 1.260.000 unidades. “A entidade considera que estes números – muito próximos dos observados em 2015 – podem representar o gradual fim da queda do mercado de motocicletas”, avalia Marcos Fermanian, presidente da entidade.

Os dados são fornecidos pelas fábricas à ABRACICLO.


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