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Venda de carros importados cai mais de 85% em 5 anos
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Suzane Carvalho

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O Lifan X60 é, há 3 anos, o carro chinês mais vendido do Brasil

Em 2011 foram vendidos no atacado, 249.689 carros importados.  A projeção para 2016 é vender algo próximo de 36.000. Uma queda de 85,59% em cinco anos.  A razão? O Inovar Auto que obriga as montadoras a nacionalizarem os componentes e os carros para não serem sobretaxadas no IPI, tornando-os tão caros que ficam totalmente fora da concorrência. Com isso, montadoras como Land Rover, BMW, Audim Mercedes-Benz, Cherry, Mini e Suzuki construíram suas fábricas brasileiras. Algumas, como a JAC Motors, estavam com a construção em andamento quando o mercado começou a cair e tiveram que abandonar o projeto. Os chineses abandonaram.  E quem ainda não tem fábrica, como a KIA, fica com a venda limitada por uma cota imposta pelo governo.  Quem tem fábrica e também importa, tem privilégio na sobretaxa. E com a crise que assola nosso país, as vendas dos “puro importados”, despencou.

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O que representava e o que representa o mercado de carros importados

“Com as consecutivas quedas nas vendas mensais dos importadores sem fábrica no País, não nos resta outra alternativa senão rever a projeção de fechamento do ano de 2016, infelizmente para baixo. Devemos comercializar este ano 36 mil unidades, contra as 39 mil unidades projetadas no início do ano. Isso indica claramente que precisamos de medidas emergenciais e de impacto, de modo a reestruturar e manter a rede de concessionárias e, por consequência, no atendimento aos clientes finais”, enfatiza José Luiz Gandini, presidente da Abeifa. Sim, pois o fechamento de concessionárias afeta diretamente aos consumidores que já adquiriram carros importados, pois o pós-venda fica dificultado.

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Em 5 meses, o Jaguar F-Pace vendeu 103 unidades, o que é considerado bom. Esta é a nova versão apresentada no Salão do Automóvel.

“Volto a insistir que os nossos pleitos pelo fim dos 30 pontos percentuais no IPI, para que possamos recuperar especificamente o setor de veículos importados, serão mantidos. Mas, por ora, solicitamos ao menos a liberação das cotas não utilizadas por outras marcas”, argumenta Gandini, para quem “sem alteração no Inovar-Auto, não teremos condições de manter os atuais concessionários e, consequentemente, os empregos por eles gerados. Como disse anteriormente, por meio de tratamento isonômico no sistema tributário do setor automotivo, após os 35% de imposto de importação, queremos contribuir com a geração de mais empregos diretos e indiretos, além de propiciar maior arrecadação aos cofres públicos, ao voltar à normalidade comercial de veículos importados, lembrando que a OMC – Organização Mundial do Comércio condenou, na última segunda-feira, o protecionismo do setor automotivo brasileiro.

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Gandini não abaixa a cabeça monta stand de 2.115 m² no Salão do Automóvel

José Luiz Gandini é também o importador da KIA no Brasil, uma das fábricas que mais sofreu com a alteração. Em 2011, A KIA vendeu no Brasil 80.492 carros. Limitada com a cota, de janeiro a setembro deste ano, vendeu apenas 7.853.

Produção local – Entre as associadas à Abeifa, que também têm produção nacional, BMW, Chery, Land Rover, Mini e Suzuki fecharam o mês de outubro com 1.033 unidades emplacadas, total que representou queda de 4,7% em relação ao mês anterior. Comparado a outubro de 2015, a queda é ainda maior: 85,7%, quando foram emplacadas 7.221 unidades nacionais. Enquanto, no acumulado, as cinco associadas à Abeifa totalizaram 9.702 unidades emplacadas, queda de 73,7% ante as 36.930
unidades (à época, ainda sem a produção da Jaguar Land Rover e também da Mini) dos primeiros dez meses do ano passado. A substancial queda se justifica porque, no ano passado, era contabilizada a produção do modelo Renegade, da Jeep, à época associada da Abeifa.

Participações – Ao considerar somente os veículos importados, a participação das associadas à Abeifa, no total do mercado interno, é de apenas 1,70% tanto no mês de outubro e, no acumulado do ano, 1,85%. Com os totais somados – importados e produção nacional -, a participação das filiadas à Abeifa no mercado interno é de 2,37% no mês de outubro e de 2,45% no acumulado do ano.

Assista a uma entrevista que fiz com o assessor de imprensa da ABEIFA, Koichiro Matsuo, durante o Salão do Automóvel:

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Venda de veículos importados tem queda de 36% em 2015
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Suzane Carvalho

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Jaguar vendeu 512 unidades e teve crescemento de mais de 34%

A queda de 36% nas vendas de automóveis e comerciais leves importados pelas marcas associadas da ABEIFA (Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores) em 2015 não foi uma surpresa e esse resultado negativo já estava previsto pela entidade, que mensalmente divulgou quedas constantes nas vendas.

Em 2015, de janeiro a dezembro, as associadas emplacaram 59.975 unidades importadas contrapondo as 93.685 do ano anterior. No resultado isolado do mês de dezembro, a queda das vendas dos veículos importados foi de 46,6%, com 4.918 emplacamentos, ante os 9.214 registrados em dezembro de 2014.

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A Audi, que tem fábrica no Brasil, emplacou 17.540 carros no país em 2015.

Em dezembro de 2015, as empresas associadas que já fabricam no Brasil emplacaram 1.471 unidades, queda de 6,2% na comparação com o mês de novembro de 2015, quando registraram 1.569 unidades. O comparativo é feito com o mês anterior, pois não há dado histórico para dezembro de 2014, pois as fábricas estavam em fase de implantação.

“2015 foi, sem dúvida, um dos anos mais difíceis para o setor, com forte impacto da queda da confiança do consumidor, retorno da inflação de dois dígitos, queda dos níveis de emprego e o aumento do dólar.  Em janeiro do ano passado, anunciamos que estávamos cautelosos e esperávamos que fossem feitos importantes ajustes na economia, para que o setor tivesse um desempenho próximo ao de 2014. Porém, o que vivenciamos em 2015 foi uma sucessão de eventos que impactaram negativamente o setor automotivo como um todo e não só o segmento de importados. Os índices do setor automotivo retornaram a patamares de 10 anos atrás e, agora, a recuperação em 2016 dependerá de ações firmes do governo para a recuperação da economia e o retorno da confiança do consumidor”, declara o presidente da entidade, Marcel Visconde.

“Todos os agentes envolvidos na cadeia, sejam as empresas importadoras, as fabricantes e a rede de revendedores já começaram a readequar suas operações para o novo patamar do mercado, que ficou abaixo das 2.5 milhões de unidades”, complementa Visconde.

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A Ferrari vendeu pouco mais de 10 carros no Brasil, em 2015.

No entando, o número total de emplacamentos, incluindo os veículos produzidos no Brasil pelas associadas que abriram fábricas, o resultado foi de crescimento de 3,5%.

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