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Robusta e com boa autonomia, a Ténéré 250 se dá bem em todo tipo de terreno
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Suzane Carvalho

O nome “Ténéré”, que quer dizer “deserto dos desertos” no dialeto Tuaregue, desperta paixão em uma legião grande de fãs de aventuras e viagens.  Diversas versões dessa moto já foram lançadas pela Yamaha, que lançou ano passado,  sua Ténéré 250 para um público urbano-aventureiro.

É uma moto para ser utilizada no transporte diário, em viagens ou lazer, que oferece autonomia, conforto e economia, preservando algumas características trail, porém com maior aptidão para o asfalto. Os mesmos conceitos das Yamaha Ténéré 660 e Super Ténéré 1200, foram utilizados na concepção da 250, mas a Yamaha criou este modelo  para ser utilizado em deslocamentos urbanos e rodovias, já que tem um comportamento mais dinâmico no asfalto, ficando a Lander mais para o terreno rural.

Seu design é todo desenhado para passar a impressão de força e robustez. O farol é duplo, com lente em policarbonato que abriga duas parábolas com lâmpadas halógenas de 55 Watts alojadas em uma semi-carenagem com para-brisa.

O chassi é do tipo semi-berço duplo em aço.  O tanque de combustível tem capacidade para 16 litros sendo 4,5 litros de reserva.  A autonomia bate os 400 Km.

O  guidão é elevado, com amortecedores,  os comandos estão em boa posição, e o painel de instrumentos é completo.  Para o garupa, assento em degrau e alças para se segurar.

O motor é o mesmo da linha XTZ 250 X e XTZ 250 Lander e também da YS 250 Fazer,  que faz uso do pistão forjado e cilindro com revestimento cerâmico para maior resistência e melhor dissipação do calor. Ele é monocilíndrico, quatro tempos, OHC (Over Head Camshaft) de exatos 249 cc e tem 21 cv a 8.000 RPM.  Tem um gerenciamento  eletrônico que controla um conjunto de dez diferentes leituras.  A Unidade de Controle Eletrônico (ECU) monitora e analisa as informações de cada sensor e transmite os comandos aos vários sistemas para atender às diferentes condições de pilotagem, como por exemplo, o sensor do ângulo de inclinação que é usado para interromper a injeção do combustível quando houver uma inclinação da motocicleta superior a 65 graus, sensores que avaliam a altitude, a temperatura do ar, admissão, etc..

A alimentação por injeção eletrônica foi a primeira no Brasil em motores de 250 cc há cinco anos, e está mais desenvolvida para dar a robustez e economia com desempenho coerente a sua proposta, dando satisfatórias respostas nas arrancadas e em retomadas.

A suspensão dianteira do tipo telescópica com curso de 220 mm, enquanto a traseira mono amortecida com 200 mm de curso é formada pelo braço oscilante e um amortecedor a óleo e gás, e a mola tem regulagem de pré-carga.  Não é difícil de mexer, e indico que sempre que você for mudar de tipo de terreno, ou peso, utilize-a.

A senti muito bem calibrada para os mais diversos pisos.  Minha carona de longa data, minha irmã Simone Carvalho, elogiou o banco. E eu achei que a suspensão trabalha bem mesmo com a moto carregada. Para o piloto, o banco é mais confortável e mais baixo que a maioria das trails. O que não gostei, foi dos espelhos dos retrovisores que têm espelhos com ângulo de curvatura pequeno, e por isso, com campo de visão também pequeno.

As rodas com aros em aço 80/90-21 M/C 48S e traseira 120/80-18 M/C 62S vem com pneus Pirelli Scorpion, com aplicação mais on que off-road.

O painel de instrumentos tem mostrador de Cristal liquido multifuncional com hodômetro total e dois parciais (TRIP-1 e TRIP-2), mais hodômetro do combustível (F-TRIP) que me deixa sempre desesperada achando que o combustível já terminou, enquanto ainda dá para andar mais de 100 quilômetros, pois o  indicador do nível de combustível começa a piscar quando entra na reserva.  Tem ainda relógio e tacômetro eletrônico analógico, além de leds indicadores do neutro, farol alto, luz de direção e alerta do motor.

O freio é a disco em ambas as rodas.  Na frente vem com disco com 245 mm de diâmetro e pinça com dois êmbolos,  foi  melhorado pela adoção de uma mangueira mais curta e com malha de cobre em sua extremidade junto ao cáliper.  Na traseira, um disco de 203 mm de diâmetro.

O modelo 2012 inclui a cor azul, o que completou a família Ténéré, com cilindradas de 250, 660 e 1200. Tanto a branca como a preta também são bonitas. Está custando R$ 12.900,00 e a garantia é de 1 ano sem limite de quilometragem.


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