Blog da Suzane Carvalho

Viagem-teste com a Honda CB 500F em Cambuquira – MG

Suzane Carvalho

Suzane Carvalho testa a Honda CB 500F

 

Em meio às montanhas de Minas Gerais, encontra-se uma pacata e pitoresca cidade, onde ainda não circulam ônibus nem existem edifícios. Suas ruas foram projetadas e são largas e arborizadas com acácias, quaresmeiras, ipês, amendoeiras, flamboyants, magnólias. Passaria despercebida se não fosse uma das mais importantes estâncias hidrominerais do Brasil, e detentora do título de ''Melhor Água Mineral do Mundo''!

No passado a área de Cambuquira pertenceu a três irmãs solteiras da família Silva Goulart que deixaram parte de suas terras como herança para os escravos que lá trabalhavam. Em pouco tempo, as propriedades terapêuticas das águas que lá brotavam, começaram a atrair visitantes. Até que, em 1861, a Câmara Municipal de Campanha (16 km distante) efetuou a desapropriação das terras, considerando-as de utilidade pública. O local foi liberado para visitação e o crescimento deu-se a partir daí. Aos escravos foi doada uma terra onde hoje ainda vivem Quilombolas e está localizada a Cascata do Congonhal.

Minha primeira ida a Cambuquira foi no Carnaval de 1969. No início dos anos 2.000 voltei algumas vezes, sempre para cantar em Encontro de Corais. Sempre desejei ir para lá de moto, para poder explorar a região e curtir as curvas da serra, o que finalmente pude fazer com a Honda CB 500F. Escolhi caminhos virtuosos e variados de forma que pudesse testar a moto em todos os tipos de estrada. Fiquei encantada com a leveza e manobrabilidade dela, e a apelidei de ''Hornetzinha'', mesmo com a diferença de dois cilindros a menos no motor.

Suzane Carvalho testa a Honda CB 500FS

 

TRANQUILIDADE

SA cidade de Cambuquira está às margens da Estrada Real e faz parte dos Circuito das Águas. Suas águas são naturalmente gasosas e ricamente mineralizadas. Desde 1834 são engarrafadas e recentemente ganhou o título de Melhor Água Mineral do Mundo, já que a fonte que era a detentora deste título, Ty Nant, no País de Gales, deixou de ser engarrafada, pois está secando. A pacata cidade vive, além da fama e da indústria de exportação de suas águas, de eventos e turismo. E a escola de Hipismo que lá existe colabora bastante para tal, já que o turismo é pequeno, pois muito próximo dali se encontram as famosas Caxambu, São Lourenço e Três Corações.

Suzane Carvalho testa a Honda CB 500F

Suzane Carvalho testa a Honda CB 500F

Dista 300 km de São Paulo, 340 do Rio de Janeiro e 350 de Belo Horizonte. Sua altitude é variada, já que está entre as montanhas, mas a média fica em 950 metros.

Durante muitos anos a população de Cambuquira foi decrescente. O último estudo do IBGE apontou 12.909 habitantes em uma área de 246 km². Segundo a prefeitura, a população atualmente cresce por conta dos emigrantes. Na cidade não tem ônibus circulando e tem apenas um edifício, que é residencial e de apenas 6 andares. Mas tem coleta seletiva e estação de tratamento de água e esgoto nas apenas pouco mais de 5.000 residências.

Suzane Carvalho testa a Honda CB 500FSuzane Carvalho testa a Honda CB 500F

 

Suzane Carvalho testa a Honda CB 500F

SETE FONTES
A principal atração não poderia deixar de ser o Parque das Águas, que fica bem no centro e onde se encontram 7 fontes de diferentes tipos de água Sulfurosa, Gasosa, Magnesiana, Férrea e Barracão, indicadas para as mais diversas terapias. O litro dessas águas é vendido a R$ 0,25. Tem ainda a Fonte do Marimbeiro que fica um pouco afastada do centro, cerca de seis quilômetros.

A produção de cachaça também tem seu espaço com uma fábrica aberta ao público, chamada Cachaça Paraíso. Outra parte da economia vem da cultura do café, além do excelente artesanato em crochê, arranjos com vegetais desidratados, doces caseiros, mel, rapaduras e queijos.

No Alto do Cruzeiro é onde estão as antenas e foi onde subi para ver o pôr do Sol, logo que cheguei. Fica a 1.114 metros de altitude, e dá para ver toda a cidade e as plantações de café. Tem também o Mirante Vale do Sol de onde se pode ver as “Duchas Pôr do Sol”, conforme chamam os locais. Outro lugar a ser visitado é a Reserva Biológica de Santa Clara.

No centro, a Igreja Matriz De São Sebastião que foi construída em 1920 (tem duas fotos quase iguais, uma em que estou sentada na moto) é a principal.

SSuzane Carvalho testa a Honda CB 500FESPORTES

Mas Cambuquira também é lugar para a prática de esportes. Os campeonatos brasileiros de Paraglider e Vôo Livre têm etapas realizadas na Serra do Piripau. Outro esporte muito praticado é o Ciclismo de Montanha, com diversos campeonatos locais ou simplesmente passeios que são organizados pelo clube local.S

Escolhi me hospedar no hotel familiar Fazenda dos Anjos. Além do aconchego, os chalés são isolados e o local tem muitas atrações, inclusive colônia de férias. Para se entreter durante todo um dia, nem é preciso sair do hotel, pois há uma imensa área para cavalgar, pedalar, caminhar. Para casal, tem chalé com lareira e hidromassagem, e para as crianças, além de divertido, é também um lugar educativo.

Temos que aproveitar as águas de Cambuquira, pois já não jorram com a mesma força que em 1969…

Suzane Carvalho testa a Honda CB 500F

A MOTO
Subi na CB 500F pela primeira vez, direto para sair para a estrada e… que delícia de moto! Já para manobrar, achei-a bem leve. Fiz um caminho bem virtuoso. Saindo de São Paulo, peguei a rodovia Raposo Tavares, então Rodoanel, Bandeirantes, Anhanguera até Itatiba, depois SP-063 até Bragança Paulista e Fernão Dias até a entrada para Cambuquira. Na volta fiz outro caminho, pela Serra da Mantiqueira , Dutra e Carvalho Pinto. O ronco do motor é delicioso, parece até um 4 cilindros. A CB 500F é uma moto para ser curtida. Dá para driblar bem o trânsito das cidades e para viajar, sem sentir falta de motor. Em terra batida, andei bem com ela, mas quando se transformou em areião, começou a escorregar, pois os pneus não são próprios para este tipo de piso.

Testei-a também na pista de testes da Honda onde a velocidade final atingiu 183 km/h. Ela tem motor bi-cilíndrico com 471 cm3, 50,4 cv a 8.500 rpm, torque máximo de 4,55 kgf.m a 7.000 rpm, freios a disco na frente e atrás, banco a apenas 78,5 cm do chão. Tem rodas aro 17” e pesa 178 kg.

É vendida nessa cor branca e também na vermelha metálica. O preço base São Paulo para a versão sem ABS é de R$ 22.000. Com ABS, R$ 23.500.

O tanque de combustível tem capacidade para 15.7 litros, o que dá uma autonomia média de 390 quilômetros de autonomia.

CONSUMO Andando na cidade e passeando, o consumo ficou em 30 km/l. Em alta velocidade e com o giro alto, deu 5,4 l a cada 100 km, ou seja, fez 18,51 km/l. A média ficou entre 22 e 25 km/l.

 
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Suzane Carvalho testa a Honda CB 500FS

 

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Suzane Carvalho testa a Honda CB 500F