Blog da Suzane Carvalho

Arquivo : janeiro 2013

Salão Bike Show cresceu em sua edição 2013
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Suzane Carvalho

Começa amanhã, no Rio de Janeiro, o maior evento da indústria das duas rodas realizado anualmente no estado do Rio de Janeiro.

Honda, Yamaha, Suzuki, Kasinski, Harley-Davidson, Kawasaki e BMW estarão representadas por suas concessionárias locais.

A fabricante inglesa de motocicletas premium Triumph, que inaugurou sua primeira loja no Brasil no final do ano passado, vai expor toda a sua linha vendida aqui, além de roupas e acessórios masculinos e femininos.
A segunda revenda da marca será inaugurada em abril no Rio de Janeiro e estarão aceitando reservas de compras.

A BRP, fabricante canadense de veículos recreativos como Can-Am e Sea-Doo também estará presente, além da Royal Enfield.

Petrobras e Ipiranga terão stands explicativos; outro estande mostrará as motos vencedoras do concurso “Moto do Ano”, realizado pela Revista Duas Rodas, do qual fui uma das juradas.

Como atração para as crianças, o Cidade Portinho, um projeto educacional da Porto Seguro,  estará montado, além do Globo da Morte que fará três apresentações por dia. A equipe de Jorge Negretti fará shows de Freestyle.

Shows musicias e duas palestras também fazem parte da programação: o jornalista André Garcia falará sobre segurança enquanto Fausto Macieira falará da história da motocicleta.

Veja os horários dos shows:

Dia 24 – 17:00, Taturama Blues Band e 19:30, Greg Wilson
Dia 25 – 17:30,  Creme Crakers e 19:30, Além do Rock
Dia 26 – 17:30, Drenna Rock / 19:30,  Ruanitas
18:00  a realização do 3º Encontro de Pilotos Veteranos do Motociclismo.
21:00 Show de Freestyle comandado por Jorge Negretti
Dia 27 – 16:30, The Old Boys e 18:00, Red Rox
19:00 Show de Freestyle comandado por Jorge Negretti

O Salão estará aberto a partir de amanhã, quinta-feira, até sábado das 14h às 22h; e no domingo, das 12h às 20h no pavilhão 4 do Riocentro, Rio de Janeiro (RJ).
O estacionamento será gratuito para motos e triciclos.
Ingressos: R$ 30 na bilheteria / Passaporte R$ 70 para os 4 dias
Crianças com menos de 5 anos ou adultos maiores de 65 anos não pagam entrada.

O Salão Bike Show tem patrocínio da Assim Saúde, Porto Seguro e da Petrobras e é uma realização da Indigo Brasil em parceria com a montadora Octaplan, apoio da FMCRJ – Federação de Moto clubes do Rio de Janeiro e da AMO-RJ – Associação dos Motociclistas do Estado do Rio de Janeiro.

* programação fornecida pela organização.


Motociclistas de São Paulo fazem “buzinaço” para pedir mais segurança
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Suzane Carvalho

Motociclistas passam pela Av. Paulista observados por um helicóptero da PM

Com o objetivo de chamar a atenção das autoridades para o elevado número de roubos e assaltos vitimando motociclistas, foi realizado no domingo passado, um “Buzinaço da Paz ” que reuniu cerca de 350 motocicletas e 400 pessoas.

A iniciativa foi do jornalista e instrutor de pilotagem de motos Geraldo Tite Simões, que  foi assaltado a mão armada pela terceira vez em 12 anos, sempre perto de sua casa.  Levaram moto, capacetes, mochila, documentos e telefone celular.  E ameaçaram abertamente atirar na vítima. Isso aconteceu aproximadamente 15 dias antes de um casal ser assassinado na Avenida dos Bandeirantes em uma tentativa de assalto.

Mas estas não são histórias isoladas.  Não há uma roda de bate-papo de motociclistas onde não tenham pelo menos dois com experiências semelhantes.  Não há quem não tenha um amigo que perdeu um amigo, vítima de assalto. “A insuportável condição de reféns de um grupo criminoso que age abertamente em São Paulo me levou a organizar esta manifestação pacífica para chamar a atenção das autoridades”, falou Tite.

O “Buzinaço da Paz” reuniu motociclistas de todas as classes

Abordagens nos sinais não é a única forma de roubar uma motocicleta.  Mesmo em movimento, e até em alta velocidade, os ladrões encostam na vítima, e se essa não parar, atiram.  Pior: atiram sem a vítima sequer saber que está sendo perseguida.  Mesmo quem, com medo de ser assaltado, leva a moto na caçamba de uma caminhonete, já foi assaltado, como é o caso do piloto César Barros, que carregava a única réplica de uma moto de competição que seu irmão Alex Barros utilizou no campeonato mundial, existente no país.

Da mesma forma, eu também já fui “batizada” em São Paulo.  Me levaram, além da moto e do capacete com os adesivos “suzane.com”, minha mochila com o protetor de coluna, notebook, duas câmeras de vídeo, duas câmeras fotográficas, celular e nada menos que 7 memórias SD cheias de arquivos, além do HD do note.  Os ladrões sabem tudo a meu respeito.  Talvez até sejam meus seguidores no Twitter e até mesmo estejam lendo esta matéria.

Mas… e aí?  Antes desse assalto, eu já havia sido assaltada outras 6 vezes, EM SÃO PAULO!  Mesmo não morando na cidade.  Em todas, por pessoas a pé.  Em uma roda de amigos, três disseram terem sido assaltados enquanto estavam dentro de seus carros, parados no trânsito.  E situação é gravíssima e é preciso uma ação emergencial para inibir os criminosos.  Existe uma guerra entre o bem e o mal em que quase sempre o mal ganha, pois sabe que não será penalizado.  Se for, a pena é branda, muito branda, perto da pena que eles impõem a nós: a morte.

É preciso um contingente maior de policiais e salários melhores para eles.  É preciso pena mais rígida para assaltantes e criminosos.  É preciso alterar a maioridade legal.  É preciso abaixar o salário dos políticos para investir em segurança pública.

A manifestação de Tite foi a primeira.  Não tivesse a data coincidido com uma competição de longa duração em Interlagos, teria tido ainda mais adeptos.

Mas porque precisamos fazer movimentos para chamar atenção?  Será que os governantes e os responsáveis pelo setor  não sabem da situação?


A motocicleta está cada vez mais feminina
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Suzane Carvalho

Babi Paz é advogada, piloto, chefe de equipe, dona de loja e mãe.

Que as linhas e curvas de uma mulher e de uma motocicleta se completam ninguém nunca duvidou.  Mas se antes essa ligação era apenas estética, tornou-se vital.   Tanto para as proprietárias dos veículos de duas rodas quanto para a indústria.

Priscila Santos na Av. Paulista. A personal trainer de 27 anos diz que não seria possível cumprir a agenda se não fosse a moto.

A agilidade e concorrência de nossos dias não permite que uma pessoa produtiva perca diversas horas por dia presa no tráfego.  Logo, a saída encontrada por muitas mulheres está no veículo de duas rodas.  Não apenas para ir à academia ou ao mercado, mas para pular de um trabalho ao outro a tempo de cumprir todas as tarefas diárias.

No mercado de trabalho ou no esporte, as mulheres se mostram cada vez mais competitivas.  Mas mais do que uma maneira de se impor ou de lazer, a motocicleta muitas vezes é o próprio trabalho.  Kelly Cris, 32, anda de moto desde os 13.  Tem uma empresa de serviços de motofrete com outros dois motociclistas.

Kelly Cris é motogirl e trabalha só para executivos.

Há seis anos nas ruas como motogirl, trabalha das 08 às 18 horas e nunca sofreu um acidente.  Tem uma moto para o trabalho e outra para o lazer.  “Passo o final de semana lavando moto, montando moto, minha vida é isso!”

Só que mesmo sujas de lama, com os cabelos ao vento, com o macacão suado e de botas, elas não deixam de ser femininas.  Beleza, cor, alegria, determinação, personalidade, liberdade estão estampadas em suas motos e vestimentas.  Sim, além de a mulher ser mais criativa que um homem, ela não tem vergonha de mostrar seu gosto, e o equipamento utilizado,  geralmente é customizado.

A candidata a vereadora por Guaratinguetá, Gabi Pedrosa, se utiliza da motocicleta para circular entre as cidades da região.

As fábricas, por sua vez, já descobriram este nicho.  E junto com a moto, uma vasta linha de acessórios é fabricada e vendida exclusivamente para elas.

Pensando nesse público feminino, a Honda lançou um tom de rosa para sua linha de motonetas Biz 125 e Biz 100.  Afinal, 60% dos compradores desse modelo são mulheres.  Em números, isso significa que, em 2012, pelo menos 133.534 mulheres compraram uma Biz!

50% dos alunos de Motoescolas da cidade de São Paulo já são do sexo feminino.

Também experta, a Dafra lançou uma versão dedicada do seu scooter com motor 125 cc, o Smart, que chamou de Joy .  Ele vem com um tom de “azul feminino” escolhido pelas próprias clientes, e diversos adesivos para customização.

A Harley-Davidson já organizou passeios exclusivos para sua clientela feminina. O “Ladies of Harley” é a porção feminina dos Harley Owners Groups ou, H.O.G®, e organiza eventos exclusivos.  Na mesma linha, a BMW já promoveu o “Girls Day Out”, um passeio com direito a massagem e salão de beleza durante a parada.

A Honda dedica ainda turmas exclusivas de seus cursos de aperfeiçoamento de pilotagem, e em seu quadro de instrutores, Jaqueline Poltronieri, que também foi piloto de Motocross, se destaca.

Da mesma forma, o investimento no esporte também está aumentando.  Nas pistas, elas chamam atenção.  Mas não apenas pelo macacão, obrigatoriamente justo, pois estão se impondo e ganhando corridas e campeonatos.  Na terra, já são diversos os títulos conquistados nas categorias de base.

Sabrina Paiuta corre desde os 7 anos e já tem diversos títulos de campeã.

Em 2005, Ana Lima, então com 25 anos, foi a primeira brasileira a conquistar um Campeonato no asfalto, ganhando o Brasileiro de Motovelocidade na categoria 125 cc.  Ano passado foi a vez de Sabrina Paiuta, 17, ganhar na Ninja 250 Light.  Sabrina já acumula outros títulos de campeã no Motocross e na SuperMoto.

Mas a participação das mulheres com motos de grande cilindrada é cada vez maior.  Mesmo sem nunca ter competido, algumas começam a correr diretamente nas principais categorias.  Babi Paz, por exemplo, aos 26 anos começou a correr direto com uma 1.000 cc.  Outras correm em campeonatos exclusivos para mulheres, que servem de porta de entrada para ganharem mais confiança.  Mas sempre com motos acima de 600 cc.  Com isso, já se tornaram, literalmente, um show à parte, que é o caso do Racing Girls Show, uma equipe feminina que faz shows em pistas de corridas.

Uma quantidade imensa de moto clubes femininos está se alastrando pelo país.  Como não poderia deixar de ser, os nomes são bastante criativos: “Felinas do Asfalto”, “Damas Aladas”, “Devassas Motoclube”, “Damas de Aço”, “Medusas”, “Divas Insanas”, “As Revoltadas”, e por aí vai…  Os encontros muitas vezes têm motivos sociais.  É o caso do MAV – Moto Ação Voluntária, uma associação que tem como finalidade, unir o entretenimento e a ação social dentro do meio motociclístico.

Eu, fazendo mais um teste/avaliação de produto.

Já eu, sempre fui fascinada pelo mundo das duas rodas.  Apostava corridas de bicicletas com os meninos nas ruas, mas só pude ter minha primeira bicicleta por volta dos 15 anos e passei a usá-la como meio de transporte para todas as atividades, inclusive colégio.  Minha mãe não me deixava comprar uma moto, por isso comprei a primeira somente aos 22 anos e nunca mais deixei de ter.  Seja para driblar o trânsito durante a semana, para passear final de semana, para viajar ou colocar adrenalina para fora em pistas, eu não me entendo sem uma motocicleta e tenho mais de 1 milhão e meio de quilômetros rodados sobre elas.   E o melhor: minha vasta experiência em pistas de corridas e em estradas, aliada à sensibilidade, ao gosto pela mecânica e pela velocidade, fizeram com que a motocicleta tivesse ainda mais uma função em minha vida, e fiz da arte de testar motos, uma profissão.

Aprecie as fotos abaixo.  Para ampliar, basta clicar sobre elas.

Aline Ferraz, 16, faz show de whelling na equipe Radical Moto Show com seu pai, há 4 anos.

Fotógrafa que virou piloto, Alynne Almeida é do Paraná e faz enduro.

Liz Córdova é uma das meninas do Racing Girls Show

 

Erika Cunha participa do Super Bike Series correndo na 600 cc.

Gabriella Bastos Campos de Vitória – ES, corre e faz shows em todo o Brasil.

 

Stefany Serrão é piloto oficial da Honda.

Monique de Camargo, 14, é piloto oficial da Kawasaki.

 

Moara Sacilotti, 45, foi campeã brasileira de Rally Cross Country em 2012

Campeã na terra e no asfalto, Paiuta é piloto oficial da Kawasaki

 

Amanda Notaro é integrante do Racing Girls Show.

Babi Paz, piloto oficial da BMW, em uma de suas corridas em Interlagos. Suas filhas de 7 e 9 anos já andam de moto.

 

Racing Girls Show se apresenta em todo o país.

Jaqueline Poltronieri é instrutora dos cursos da Honda.

 

Mulheres Motociclistas é um grupo organizado de Brasília

Mil Lopes participa de passeios

Integrantes do grupo Mulheres Motociclistas

Grupo de motociclistas de Santa Catarina

As meninas já brincam com bonecas de motonetas, como essa Barbie da foto.

Até mesmo figuras dengosas como a Betty Boop, aparecem não apenas posando ao lado da moto, mas como motociclistas.


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